Se por aí o assunto é que fulano pode desfalcar ou voltar à equipe na próxima partida – seja Ponte Preta ou Guarani -, aqui esse ‘papo’ repetido e enjoativo é descartado.
Reflitamos, então, num tema que merece reflexão: por que o Amazonas F.C., que apenas nesta temporada assumiu vaga na Série B do Brasileiro, se programou para não correr risco de rebaixamento?
Ou melhor: os confortáveis 39 pontos já conquistados o tranquiliza para a necessidade de somar apenas mais duas vitórias nos 11 jogos ainda restantes, para se tranquilizar de vez sobre o assunto risco.
Como pode-se dizer que praticamente escapou do perigo, se quiser pode zombar daqueles clubes supostamente mais estruturados que estão se agonizando nas últimas posições.
CUSTO DE R$1,1 MILHÃO
É assunto para reflexão, porque o custo mensal para o Amazonas tocar o futebol é de R$ 1,1 milhão, já contabilizando salários pagos ao elenco, comissão técnica, funcionários ligados ao setor e departamento médico?
Conforme divulgado pela mídia amazonense, os centroavantes Sassá e Jô – este já desligado do elenco – foram contratos no teto salarial do clube, de R$ 50 mil.
Como o texto é especulativo de quanto ganha cada atleta, não cabe repetir outros valores citados, mas há jogadores na faixa de R$ 4 a R$ 10 mil mensais.
MATHEUS PEREIRA
Lá está o zagueiro Ivan Alvariño, titular absoluto, em faixa salarial considerada baixa comparativa a jogadores de mesma posição de outros clubes.
Sim, Alvariño, prescindido pelo Guarani, assim como houve erro de avaliação da base bugrina sobre o atacante de beirada Matheus Serafim, que passou pelo clube em 2018 e rodou por aí até que ano passado, no São José, atentos olheiros do Amazonas o distinguisse como reforço e contratação por custo bem abaixo daquele pago pelo Guarani em jogadores que não prosperam.
Enquanto por aqui ouve-se cartolas esperneando que o mercado está competitivo, e ainda indagam contratar quem e aonde, a melhor resposta prática foi dada pelo presidente do Amazonas, Francisco Weslley Couto, que promete colocar o clube em competição sul-americana organizada pela Conmebol dentro de cinco anos.
E mais: Couto ainda avisa os clubes do eixo Rio-São Paulo que dentro de dez anos vai passar a incomodá-los.
Será?
DINHEIRO PÚBLICO
Texto da revista Veja, de 16 de maio passado, cita que a deputada estadual por Amazonas, Joana Darc, por meio de emendas parlamentares individuais e da bancada do União Brasil, teria reivindicado R$ 15 milhões para o clube Amazonas FC, mas apenas cerca de R$ 3,5 milhões teriam sido liberados.
A postura de emendas parlamentares com verba destinada a clube de futebol provocou constrangimento naquela casa de lei, e a indicação é que a regra seja revista posteriormente.
MAIS FLAMENGUISTAS
Levantamento feito pelo Ipen (Instituto de Pesquisa do Norte), realizado no ano passado, mostrou que 79% da população de Manaus torce para oito grandes clubes do eixo Rio-São Paulo.
Flamenguistas lideram a pesquisa com 47,9%. Dos clubes amazonenses, os dados apontaram que cerca de 1,2% têm preferência exclusiva por clubes daquela capital.