Mais uma coluna Cadê Você foi produzida e viaja 50 anos no tempo para contar a história do saudoso zagueiro Waldir Vicente, da Ponte Preta, que diferenciava-se dos atuais pelo reflexo rápido para distinguir colocações de companheiros desmarcados, visando passe de cabeça.
A história dele, morto há três anos, pode ser conferida neste link: https://blogdoari.futebolinterior.com.br/.
PROBLEMAS DA PONTE PRETA
A vitória da Ponte Preta diante do CRB, no apagar das luzes, não modifica o conceito que dela se extraiu neste segundo turno da Série B do Brasileiro.
Como futebol é resultado e muita gente acompanha o sopro do vento, fica a impressão que tudo mudou do dia para a noite, quando a situação não é bem essa.
Que a Ponte Preta foi mais competitiva, isso ficou claro. Daí a oferecer perspectiva de mudança de rumo, só o tempo dirá.
PARCEIROS
Mensagens dos parceiros pontepretanos Antonio Carlos e José Ricardo – assíduos frequentadores da seção de comentários do blog – retratam a real finalidade de interação dos internautas neste espaço, e por isso é reiterado o convite para que leitores apenas na homi do FI acessem a plataforma https://blogdoari.futebolinterior.com.br/, para entrarem no nosso time.
Antonio Carlos havia colocado motivos que podem ter determinado queda de rendimento de atletas, além de questionar parcela de culpa do treinador Nelsinho Baptista pela instabilidade do futebol da Ponte Preta neste segundo turno da competição.
É preciso ponderar que ele já fez mágica para que o clube pudesse alcançar alguma distância do pelotão da encrenca, porque esse elenco é bem limitado.
Ajustes como compactação da equipe, escolha do quarto homem do meio de campo com função de coadjuvante na marcação, mas também aparecendo no ataque, teve validade, e feita alternadamente por Dodô e Éwerton Brito.
Então, a fase de reação da Ponte Preta, com a chegada de Nelsinho Baptista, teve muito a ver com a competitividade, escolhas acertadas em escalações de jogadores e presença decisiva do centroavante Jeh.
ÉDSON
Claro que algumas escolhas dele também contribuíram para tropeços.
Ora, como fazer opção por um zagueiro claramente limitado, como Édson?
Aquelas triangulações pelos corredores, em que um meio-campista encosta no lateral, para que trocas de passes possam fluir em jogadas ofensivas, raramente são vistas na Ponte Preta.
Portanto, é um conjunto de situações que precisam ser consideradas, visando a retomada do prumo e navegação em águas calmas até o final da competição.
ÉLVIS
Que o meia Élvis é jogador de recursos técnicos para valiosos lançamentos, não se discute.
O porém, na história, é que o futebol de hoje difere-se dos tempos de meias estilo Dicá, que se prevaleciam da técnica.
Hoje, volantes ‘carrapatos’ encostam no meia, e aquele que não tem mobilidade, como Élvis, é engolido.
Como coloca o parceiro José Ricardo, Élvis é cabeça feita e até que se prove algo contrário, não se preocupa para perda de peso, a fim de se colocar minimamente em condições físicas, uma exigência do futebol moderno.
No jogo contra o CRB, questiona-se a falta de atitude do treinador para sacá-lo no intervalo, visto que a Ponte Preta estava visivelmente campo com dez homens em campo.
Influência da mídia e aplausos dos torcedores deixam o atleta em situação confortável para a desobediência do real condicionamento.
Pior é que isso ressoa no elenco, pois viu-se claramente que alguns jogadores também tiveram queda de rendimento físico, numa clara interpretação que ‘se ele pode eu também posso’.
GABRIEL RISSO
Acrescente que no plano físico até o lateral-esquerdo Gabriel Risso teve queda de rendimento e perda da titularidade.
Se reconhecidamente ele tem deficiências na marcação, compensava parcialmente pela capacidade de fazer o vaivém constantemente, e assim, através do corredor dele, a bola chegava rapidamente ao ataque.
E não foi só Risso que fisicamente ficou devendo. O certo é que Nelsinho Baptista enxergou e fez as modificações necessárias.
Sobre esse assunto, antigos diretores de futebol e supervisores sabiam detectar os reais motivos, dentro e fora de campo, e recorriam ao processo de correção.