JUL Ponte não pode incidir na morosidade do CRB pra buscar vitória sobre o Tombense
Se diante do oscilante CRB o Tombense optou por excessivos cuidados defensivos, com variação de contra-ataques geralmente em velocidade, a probabilidade lógica é que mantenha o esquema diante da Ponte Preta, no jogo da manhã/tarde deste domingo, em Campinas. E aí, como a Ponte Preta vai se virar para furar o esperado bloqueio defensivo? Se fizer o mesmo que o CRB, de tocar a bola morosamente até a chegada ao ataque, o Tombense vai se reorganizar defensivamente, fechar os espaços, e aí provavelmente haja repetição daquilo que fez o time alagoano, de ficar cruzando bola. Neste caso, meu caro, é dar milho pra bode. O Tombense conta com dois zagueiros altos e com eficiência por cima, casos de Roger Carvalho - 35 anos e 1,84m de altura - e Joseph, 1,86m de altura. E, de sobra, um goleiro com precisão na saída da meta, que é Felipe Garcia, que também sabe jogar com os pés. O CRB incidiu nesta postura e raramente ameaçou o time mineiro na quarta-feira. O indicado, no caso, seria a Ponte Preta optar por transição rápida ao ataque, principalmente se o adversário estiver desguarnecido, e aí usar um de seus raros dribladores, que é Fessin, para se infiltrar na defesa adversária. Apenas intensidade, como demonstrada pelo CRB, talvez seja insuficiente para se chegar à vitória. DAVID E EWETHON Apesar das claras limitações do time do Tombense, duas características ficaram claras diante do CRB. Se encontrar espaços para organizar contra-ataques, conta para isso com o rápido lateral-direito David e o meia Ewethon, condutores de bola. Problema é que os homens do ataque não ajudam, casos dos inoperantes Keké, Kleiton e Ciel. Tombense também é talhado para saída de bola da defesa. No caso específico, é providencial o recuo do volante Rodrigo, como se fosse um terceiro zagueiro - lembrando o estilo de Bruno Silva nos tempos de Guarani -, para valorização do passe. Em linhas gerais e de seu jeito, o Tombense reagiu bem na Série B do Campeonato Brasileiro, saindo da lanterna para chegar ao 21º ponto, com retrospecto de não conhecer derrota nos últimos cinco jogos. RESERVAS FRACOS Em obediência à proposta competitiva do treinador Bruno Pivetti, vê-se um natural desgaste físico do time mineiro a partir da metade do segundo tempo. Nem de longe o zagueiro Marcondes acompanha a regularidade de Roger Carvalho, assim como o lateral-esquerdo Reginaldo, com deficiência na marcação, não se equipara à regularidade do titular Manoel.
JUN Que Castán não daria certo no Guarani era bola cantava
Linha editorial da coluna é restrição de uma postagem/dia, mas excepcionalmente aqui está a segunda. Quem não leu a coluna anterior, cito que o Guarani precisa fazer muita força para perder do oscilante CRB, no sábado. Confira logo abaixo! Cabe esclarecer que diferentemente desses caras posudos da mídia, sou peão de pegar na enxada. Logo, trato as coisas de maneira natural, como elas são: é, é; não é, não é. Esses quase 50 anos enfiado no mundo da bola serviram para me ensinar muita coisa, e por isso não titubeio em opinar quando estou convicto. Vou recapitular opiniões contestadoras de mais tempo sobre jogadores que não deveriam ser contratados pelos clubes de Campinas, mas faço questão de abrir parênteses para o quarto-zagueiro Leandro Castán. BOLA CANTADA Essa foi mais uma bola cantada que não daria certo. Fico perplexo com a constatação de o Guarani contar com um CA (Conselho de Administração) com gente sem percepção para fazer futebol. Logo, acaba persuadida com conversa daqui & conversa dali. O 'ceis' não assistiram jogos do Vasco na temporada passada? Claro que não. Do contrário teriam percebido que o Castán que você imaginavam dos tempos de Corinthians nada tinha a ver com aquele da última passagem pelo Vasco, tanto que ficou mais de três meses parado. Lento e facilmente batido, a projeção lógica é que não daria certo no Guarani. Pior é que isso foi citado aqui de forma arrojada quando ainda cogitavam contratá-lo. Se vocês não lêem a coluna, pressupõe-se que o assessor de imprensa do clube deve ter mostrado, sugerindo o mínimo de reflexão. Pois insistiram em contratá-lo e com isso provocaram a ira do torcedor bugrino, que o vaiou após a derrota para o Ituano, procedimento que o irritou a ponto de pedir desligamento do clube. Parafraseando antiga propaganda da empresa Freios Vargas, 'precisava de tudo isso?' Claro que não. NICOLAS CARECA No dia 24 de fevereiro escrevi coluna contestando a contratação do centroavante Nicolas Careca, após ter assistido cerca de meia dúzia de jogos do CRB na temporada passada, sem que convencesse em pelo menos uma, embora tenha reconhecido tratar-se de atleta esforçado. Logo, havia interpretado como erro de contratação, enquanto uns e outros esperaram pra conferir e agora criticam. LUIZÃO E PAULO SÉRGIO Ainda ano passado havia alertado a cartolada da Ponte Preta para não contratar o zagueiro Luizão e centroavante Paulo Sérgio, quando ainda eram sondados. Pagaram pra ver e viram. Saudoso Carlão Perna de Pau, conselheiro e olheiro da Ponte Preta décadas passadas, ensinou-me que basta bater o olho pra distinguir o jogador categorizado do fraco. “Difícil é aquele mais ou menos”, justificava. EBERLIN Nos tempos em que Marco Eberlin participava de resenhas no antigo estacionamento do então dirigente pontepretano Peri Chaib, ouvia com ponderação minhas observações. Assumiu a presidência da Ponte Preta foi escutar auxiliares diretos como Nenê Santana, Luís Fabiano e empresário do futebol sobre jogadores para contratar, até porque estava desatualizado do cenário. Aí, quando ainda especulavam a possibilidade das contratações do zagueiro Fabrício, volante Matheus Jesus e atacante Pedro Júnior, o recado foi direto e reto aqui: não tragam, pois vai haver arrependimento. Por que? Bastava ter assistido à jogos deste atletas na temporada passada por CSA, Náutico e Vila Nova, respectivamente, para chegar à lógica conclusão. Não é questão de querer adivinhar. É contastar. É esquentar a bunda no sofá assistindo jogos pela televisão.
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