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Paris Saint Germain está avançado em conceitos táticos-técnicos

  • 19/12/2025

Aí você escuta comentarista de futebol, em análise sobre o jogo Flamengo e Paris Saint Germain, recomendando ao clube brasileiro explorar lado ‘x’ ou lado ‘y’ do ataque.

O primordial da discussão ficou debaixo do tapete, e aqui cabe sim uma discussão.

No futebol francês, excepcionalmente no Paris Saint Germain, o ordenamento tático difere-se de nossos clubes em vários aspectos.

Primeiro cabe a pergunta: você prestou bem atenção sobre a cara deste Paris Saint Germain?

Geralmente marca sobre pressão a saída de bola do adversário, e por vezes até individualmente, forçando que ela seja ‘quebrada’.

E mesmo considerando-se o potencial técnico do Flamengo para valorizar as jogadas de trás, atletas do PSG são talhados para ‘roubar a tal bola’, pois a marcação é feita com linha alta até de seus defensores.

CHUTES DE FORA DA ÁREA

Você se deu conta sobre quantas vezes o PSG arriscou finalizações de fora da área?

Sim, raramente isso ocorreu.

Ora, se a recomposição do Flamengo era feita rapidamente, jogadores da equipe francesa raciocinaram coerentemente que seria um desperdício chutar uma bola com probabilidade maior de resvalar em um adversário.

O lógico foi trabalhá-la na busca pelo espaço mais apropriado para a finalização.

Se havia orientação da comissão técnica para tal procedimento, ou teria sido coisa instintiva de atletas, o certo é que isso sirva de lição para essa boleirada que atua no Brasil.

Por aqui, em qualquer circunstância, arrisca-se chutes de fora da área, mesmo com probabilidade remota de aproveitamento.

CHUVEIRINHO É UMA RARIDADE

Se no futebol brasileiro a tal da bola aérea ofensiva prevalece em quaisquer dos clubes, dá pra contar nos dedos quantas vezes o PSG colocou isso em prática na quarta-feira.

Até em lances de escanteios raramente a bola foi levantada objetivando o cabeceio.

Nesta jogada, na maioria das vezes encostou um parceiro para receber o passe e, a partir disso, o objetivo foi a continuidade da posse de bola.

Claro que cada qual tem a sua realidade e o PSG optou por essa.

REFLEXO RÁPIDO

Nos principais clubes europeus, o reflexo rápido do atleta permite que defina a localização do passe antes mesmo de a bola chegar em seus pés.

Assim é possível progressões de jogadas desde o campo defensivo.

Como os jogadores são ‘antenados’ para virada de jogo, na busca de alternativas do lado ‘vazio’, isso ocorre sistematicamente.

Por fim, há consciência geral que atletas sem aptidão para o drible prudentemente o evitam.

Que bom seria se vários dos treinadores de clubes brasileiros buscassem esse padrão tático de compactação e melhor definição do que fazer em campo, visando supremacia durante as partidas.

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Comentário

  • dezembro 19, 2025
    ,João da Teixeira

    Já imaginava isso, o caixão sendo fechado com a reputação da Macaca dentro. Foi o que sobrou de tantos projetos que tentaram criar e não deu em nada. Uma cena macabra esse funeral orquestrado por um bando de incompetentes, que não largam o osso de jeito maneira. Deu nisso, fechando 2025 no fundo do buraco e ainda tem terra pra tirar e ficar mais no fundo…

  • dezembro 19, 2025
    Carlos Agostinis

    Mais um que se mandou , da da frente que atrás vem gente ….aonde passa um boi , passa uma boiada , falidona vai ter de jogar com o sub 20, eles não tem salário mesmo….

  • dezembro 19, 2025
    ,João da Teixeira

    O Paris FC um timinho chumbrega que estava na 3°divisão do futebol francês, resolveu pular etapas e pra isso se uniu a um time que se encontrava na 2° divisão, o Saint German-en-Laye. Com a fusão, só o Paris FC levou vantagem, talvez por ser da Capital. As cores do uniforme, a subida de divisão etc. O quê sobrou para o Saint German foi um minúsculo bercinho com a germinação de uma semente sobre esse berço no escudo do novo time, representando a germinação desse clube através da fusão. Hoje nem mais isso tem, com a modernização do escudo, o berço com a semente germinada, deu lugar a uma flor de lís. Ou seja, adeus ao Saint German. O poder subiu a cabeça, ou o dindim fez a diferença…

  • dezembro 19, 2025
    Barba

    Trocamos o ótimo Leo Oliveira por um volante Velho que caiu pra série C. Cada vez mais fundo esse buraco.

  • dezembro 19, 2025
    Antonio

    Uma pena a Ponte Preta perder o Léo Oliveira. Craque, joga de fraque. Cadencia o meio de campo. Mas esperar o que do analfabeto e agora empresário travestido de VP??? Caminhamos para o buraco com essa diretoria

  • dezembro 19, 2025
    ANTONIO CARLOS

    Meu caro Ari, descendo do Olimpo para a planície, quando voce fala “que bom seria se vários dos treinadores de clubes brasileiros buscassem esse padrão tático de compactação e melhor definição do que fazer em campo, visando supremacia durante as partidas”, esse conceito (compactação, progressão de jogadas, transição rápida), não poderia ser adaptado em um conceito para os clubes de Campinas?

    Parece-me que, em alguns dos escritos seus, você concorda com a forma geral com que a Ponte é orientada a jogar, desde as categorias de base; antes do Marcelo Fernandes, era o toque de bola lento e improdutivo entre os zagueiros e os volantes, sem progressão; o Marcelo Fernandes, pelo que vi, mudou isso um tanto, optando por lançamentos longos dando mais velocidade, mesmo assim ainda cauteloso e chegando sempre com poucos jogadores no ataque. Uma excessão notável foi o dérbi da fase final no estádio do Guarani, onde a Ponte fez seu melhor jogo a meu ver, adiantando mais e chegando com mais gente no ataque.

    Apesar da inferioridade tática dos brasileiros, me parece que a da Ponte, pela orientação geral dada – só pode ser isso, pois todas as categorias jogam assim, é ainda mais pobre.

    Voce concorda com isso? Acha, como alguns bugrinos já escreveram neste espaço, que a Ponte é fadada a jogar atrás, por uma bola, este é o DNA da equipe?

    Acho que esta contribuição é fundamental, pois muito se critica o futebol campineiro, sempre ressaltando as limitações e nossa inferioridade, mas quem discute profissionalmente as escolhas, digo táticas, que mantêm essa situação, ou a possa mudar?

  • dezembro 19, 2025
    João da Teixeira

    E a Ponte, como vai estrear no Paulista? Perdendo todos os seus jogadores principais, ficando só com os “meia-bocas”. O trabalho do Marcelo Fernandes jogado na lata do lixo. Pra quê ter inimigo, se tem “fogo amigo” de dentro do Majestoso. Uma versão de “Guantanamera” já foi criada no Majestoso, “Quanta lameira, ô povo rústico, olha aí quanta lameira, com os pobres da terra, quero eu minha sorte achar…

  • dezembro 19, 2025
    João da Teixeira

    Quem pratica o futebol mais parecido com os europeus no Brasil é o Flamengo, outros chegam próximos, mas não se compara. O futebol europeu da atualidade exige condicionamento físico, o que até pouco tempo, os jogadores brasileiros tinham ojeriza a isso. Gostavam de treinamentos com bola, coletivo apronto, mas o treinamento físico ninguém gostava de fazer. Antes se compensava isso com habilidade e técnica, hoje já não se tem isso, acaba num time sem qualidade e sem força física pra aguentar o esquema tático imposto pelos adversários, principalmente europeus.

  • dezembro 19, 2025
    João da Teixeira

    O futebol espanhol foi o pioneiro nessa tática atual “de a bola não está mais comigo”. A coisa começou nos idos 1970 a 1974 com Rinus, o futebol total do Ajax, depois no carrossel holandês de 1974 a 1978. Bem depois veio o Barcelona, onde o Cruyff, novamente um holandês, já como treinador implantou o atual sistema de 2006 pra cá, virando febre na Europa e posteriormente Ásia. A partir de 2006 o Brasil perdeu a supremacia futebolística no mundo. Já não inspirava mais ninguém. As variações táticas existe, mas são baseadas no futebol tático espanhol.

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