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Adeus ao atacante Manfrini, cuja história foi iniciada na Ponte Preta

  • 11/12/2025

Muita gente conta os dias para atingir a aposentadoria, imaginando vida fácil e a chance de desfrutá-la, principalmente através de viagens.

Calma!

Na velhice são comuns os problemas de saúde. É o tal de uma dor aqui, outra dor ali, e por aí vai.

Como jornalista esportivo ‘veião’, o mais antigo da mídia campineira, vi coisas da década de 60 do século passado que apenas aquele pontepretano ‘antigão’ também viu.

COMEÇO DE MANFRINI

Quando anunciaram a morte do atacante Manfrini, aos 75 anos de idade, nesta quarta-feira, lembrei que ele teve um período de indefinição na chegada à Ponte Preta em 1968, na condição de centroavante abastecido pelos meias Roberto Pinto e Dicá.

Com a chegada dos ‘medalhões’ para incorporar o elenco pontepretano, Manfrini perdeu espaço na equipe para o saudoso centroavante Paulo Leão, e quase não foi usado naquele ano, na antiga divisão de acesso ao Paulistão.

Na temporada seguinte, com a lesão de Dicá, o então treinador da Ponte Preta Zé Duarte – já falecido – o recuou para a função de meia-direita, exatamente pela característica de não se fixar na área adversária.

Manfrini também perderia a posição de centroavante, visto que a Ponte Preta havia contratado o experiente Djair para a posição.

REVOLTA DO PAI DELE

A história que relato abaixo ninguém me contou. Eu estava no Estádio Moisés Lucarelli e vi tudo com esses olhos que ‘um dia a terra há de comer’.

Como Manfrini abusava da individualidade até perder a bola, aquela situação provocava revolta de torcedores, principalmente aqueles situados nas vitalícias.

Como o pai de Manfrini vinha de São Paulo para assistir todos os jogos dele em Campinas, se revoltava com as críticas e discutia asperamente com torcedores.

Em algumas ocasiões a turma do ‘deixa disso’ foi obrigada a intervir, para acalmar aquela situação.

Com a divisão de acesso em andamento durante 1969, e a recuperação física de Dicá, Manfrini perdeu lugar na equipe, só recuperando-a na temporada seguinte.

CILINHO CORRIGIU

Com o desligamento de Djair da Ponte Preta, Manfrini retomou à função de centroavante e, orientado pelo saudoso treinador Cilinho, já usava a habilidade para prender a bola exatamente quando necessário, sem firulas, sem o abuso de dribles desnecessários.

E por ter se destacado, o Palmeiras o contratou. Todavia, a melhor fase na carreira dele foi a partir de 1973, no Fluminense.

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Comentário

  • dezembro 11, 2025
    ANTONIO CARLOS

    Pergunta que não quer calar: naquele tempo a Ponte jogava por uma bola, ou jogava futebol?

    PS: meu pai falava muito bem do Manfrini.

  • dezembro 11, 2025
    Herald

    É uma pena, mas essa viagem, todos nós iremos fazer. Só posso dizer que foi um ótimo jogador de futebol, principalmente na função de meia-atacante.

  • dezembro 11, 2025
    João da Teixeira

    Hoje tem Vasco x Fluminense, na outra semi final da Copa do Brasil, com leve favoritismo do time pó de arroz das Laranjeiras. Vamos ver se será um jogo bom de se ver ou será um jogo varzeano como o de ontem no Mineirão.

  • dezembro 11, 2025
    João da Teixeira

    Ontem o Cúrinthians se deu bem contra um Cruzeiro que jogou mal. O zagueiro do Cruzeiro Fabrício Bruno, que teve falhas cruciais em um amistoso contra o Japão em outubro p.p., que resultou no 1° gol japonês, após um erro de passe seu e depois marcando um gol contra no 2°, levando a uma 1° derrota brasileira contra o time oriental, que até admitiu o erro, mas que pediu respeito à sua carreira, vem apresentando um futebol longe do que vinha mostrando e que até justificou sua convocação, me parece meio nervoso e displicente depois daquele ocorrido no selecionado. Ontem andou se perdendo e até falhou na marcação do Memphis no lance do gol, arrumando confusão e tomando cartão. Será que se aprumar de novo?

    • dezembro 11, 2025
      Ariovaldo Izaq

      Acrescente que o goleiro Cássio também falhou. Escorregou, caiu e deixou o gol todo aberto. Mas os catedráticos da Globo não citaram isso.

  • dezembro 11, 2025
    Eric AAPP

    Manfrini jogava muita bola, desde cedo, e virou ídolo na Ponte e no Fluminense. No Palmeiras jogou só 4 jogos, fez 4 gols, e é lembrado pela velha guarda. Em 1970 fui ao meu primeiro jogo no Moisés Lucarelli, Ponte 2×2 São Paulo, e ele fez um gol. Encontrei ele em 2000, no coquetel do Centenário, e ele lembrou na hora de que fez o segundo gol. Gostava muito da Ponte. R.I.P.

  • dezembro 11, 2025
    Barba

    Mais um daqueles nossos heróis que se vai. Eu era menino e meu pai vendia sorvetes no estádio da Ponte, e eu estava sempre lá. Tinha 12-13 anos e já adorava a nossa macaca querida – Manfrini, Dicá, Roberto Pinto, Djair, Dito flecha, Alan, Odirlei, e tantos outros heróis da nossa infância. Depois íamos jogar bola no campo do Culto a Ciência, no Mogiana (que era super concorrido), no São Bernardo e outros. Que fase sensacional…. Nossos heróis indo embora…

  • dezembro 11, 2025
    João da Teixeira

    Manfrini foi fundamental no time da Ponte de 1969, qdo subiu a Macaca para a Divisão Especial e em 1970, qdo foi vice campeão Paulista. Não esqueço do governador Laudo Natel no banco de reservas do São Paulo, intimidando o juiz, nao lembro se era Armando Marques ou outro, naquele pênalti marcado em falta a mais de um metro fora da linha da grande área no Morumbi. Bom voltando ao assunto Manfrini, o ex-jogador protagonizou momentos inesquecíveis no Maracanã, como os dois gols no 4 a 2 sobre o Flamengo na decisão do Carioca de 1973, em um clássico disputado sob chuva intensa e campo encharcado. A atuação lhe rendeu o apelido de “Gene Kelly”, em alusão ao astro do filme “Cantando na Chuva”. Fez até chover nessa decisão…

    • dezembro 11, 2025
      Ariovaldo Izaq

      Recapitulando, em 1969 Manfrini não foi titular. O centroavante foi Djair. Sobre aquela derrota para o São Paulo por 2 a 0, no Morumbi, em cinco de setembro de 1970, Manfrini jogou. O árbitro foi Arnaldo Cesar Coelho. Eu estava lá e vi que o quarto-zagueiro Henrique cometeu falta no atacante Terto, fora da área. Toninho Guerreiro marcou os dois gols do São Paulo. Na sequência a Ponte Preta fez dois jogos fora de casa . Empatou com Ferroviária por 1 a 1 e venceu o Botafogo por 2 a 1.

      • dezembro 11, 2025
        João da Teixeira

        A ficha técnica foi essa: São Paulo 2 x 0 P. Preta

        Local: Estádio Cícero Pompeu de Toledo – Morumbi.

        Juiz: Arnaldo C. Coelho.

        Renda: Cr$ 261 771,00.

        Gols: Toninho (pênalti) 31′ do 1.° tempo; Toninho 6’30” do 2.°.

        São Paulo: Sergio; Forlan (Tenente), Jurandir, Dias e Gilberto; Edson, Gerson (Nenê) e P. Rocha, Terto, Toninho, Paraná.

        Ponte Preta: Wilson; Nelson, Samuel, Henrique (Araujo) e Santos; Teodoro e Roberto Pinto; Alan (Vicentinho) Dicá, Manfrini e Adilson.
        Dois times bons, não precisava o juiz ter arrombado a porteira para os craques saopaulinos passarem, dando aquele pênalti clamoroso. Porteira arrombada ficou tudo mais fácil… Aí ficamos vice…

  • dezembro 11, 2025
    João da Teixeira

    Ari, não me lembro de Manfrini jogando de centro avante. Lembro dele jogar de meia direita, meia esquerda e até meia ponta de lança, mas de centro avante, não! Infelizmente foi uma grande perda como pessoa de caráter que foi e um excelente jogador que foi, principalmente no Fluminense. Que Deus o tenha…

    • dezembro 11, 2025
      Ariovaldo Izaq

      João, como citei, a posição originária dele foi como centroavante. A estréia ocorreu no dia cinco de março de 1967, no empate da Ponte Preta com o Votuporanguense por 1 a 1, em amistoso realizado em Campinas. Depois ele perdeu a titularidade para Orlandinho.

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