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Que volta por cima do treinador Marcelo Fernandes!

  • 28/09/2025

Por vezes críticas são feitas ao rendimento de Guarani e Ponte Preta, mas na maioria das vezes não se observa aquilo que treinadores adversários fazem para neutralizar os pontos fortes do clubes campineiros.

É isso que abordo na produção de áudio, que pode ser acessada no link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/.

Para o pontepretano, bendita foi a hora que o treinador Alberto Valentim abandonou a sua missão na Ponte Preta, e optou pela etapa seguinte no América Mineiro.

Aí é preciso ressaltar os méritos do coordenador de futebol do clube pontepretano, João Brigatti, na seleta escolha do substituto.

Indicou o profissional Marcelo Fernandes para a incumbência, e a Ponte Preta só ganhou com a mudança.

A rigor, Marcelo Fernandes tinha motivos de sobra para aceitar o desafio e colocar em prática a sua capacidade.

Era a oportunidade para mostrar à cartolada do Guarani o quão precipitada e inadmissível foi aquela demissão, quando integrava o clube.

Quando chegou ao Estádio Brinco de Ouro, a missão inicial dele era tirar o Guarani do buraco colocado, e na sua empreitada havia conquistado 16 pontos.

Na chegada à Ponte Preta, a atribuição foi usar a varinha mágica para solução de problemas.

SALÁRIOS ATRASADOS

Primeiro passo seria convencer a boleirada descontente com atrasos de salários para não jogar a toalha, pois soaria como gol contra na projeção natural da carreira de cada um.

E o discurso de fazer o futebol da Ponte Preta prosperar seria um investimento na continuidade da carreira de cada um, em demonstrativo que mostrou a capacidade dele de persuasão.

O ponto seguinte foi colocar em prática aquilo que os olhos do antecessor Valentim não enxergavam, que era arrumação da equipe, com estratégias táticas variadas.

Fernandes ensinou para Valentim a validade da escalação de um trio ofensivo, com escolha de dois atacantes de beiradas.

PACHECO

Convenhamos que foi uma ‘benção’ à Ponte Preta Valentim ter levado ao América Mineiro o lateral-direito Maguinho – de alto salário e baixa produtividade.

O ‘remédio adequado para reposição foi valorizar o então marcador Pacheco, para que adicionasse algumas investidas ao ataque.

E como deu certo!

Se havia lamentação pela perda do zagueiro Emerson, suspeitando-se que seria um desfalque incorrigível, eis que Marcelo Fernandes apostou que o então relegado Saimon seria a solução, e foi.

Se não foi possível reativar o rendimento aceitável do lateral-esquerdo Artur, pelo menos passou a errar menos comparativamente aos tempos de Valentim.

OUTROS VOLANTES

E como melhorar a consistência da cabeça da área?

Simples. Usar a vitalidade física do polivalente Luiz Felipe e a ‘descoberta’ que o então reserva Léo Oliveira tinha mais a oferecer à equipe do que o botinudo Dudu, que voltou ao Vitória e continua com a ‘folha de serviço’ com expulsões.

TORÓ

Marcelo Fernandes detectou que a fixação de Jonas Toró no lugar do desmotivado Jean Dias seria alternativa recomendável.

E Toró foi além do esperado. Além da eficiência tática para duplicidade de funções – com adequada recomposição para marcar -, transformou-se em homem gol decisivo.

Assim, Marcelo Fernandes escancarou para Valentim que é possível conseguir eficiência defensiva mesmo escalando dois atacantes de beirada.

Basta que sejam incumbidos para o trabalho de vaivém, e isso tem sido feito por Toró e Bruno Lopes.

A vantagem é que a equipe ganhou mobilidade ofensiva, oferecendo mais alternativa para o meia Élvis ser o construtor de jogadas, com melhor repertório.

GAROTOS DA BASE

Evidente que as peças para reposição ainda estão aquém do esperado, mas o balanceamento com a inclusão de garotos da base implica em ganho de força física, para ajudar na ‘pegada’.

Se a cartolada abusou em contratações de atacantes que provocaram raiva de torcedores, Marcelo Fernandes bateu o olho nas categorias de base e detectou que o garoto Miguel seria opção valiosa no ataque.

A resposta está aí em jogos deste quadrangular da Série B, quando sofreu o pênalti que resultou no gol da vitória sobre o Brusque, e o gol do acesso diante do Náutico, no sábado.

BRIGATTI

Trocado em miúdos, acertou em cheio João Brigatti ao apostar no antigo amigo Marcelo Fernandes, para ajustar um time cheio de desconfiança dos torcedores.

Marcelo Fernandes teve percepção que a vinda à Ponte Preta seria a divina oportunidade para que desse um tapa com luva de pelica em incautos cartolas do Guarani, que se precipitaram redondamente quando da inesperada demissão, após aquela derrota para o Náutico, em Campinas, em jogo que ele sequer ficou no banco de reservas, pois cumpria suspensão.

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Comentário

  • setembro 30, 2025
    Tony

    Pra cima delas, meu Timbú querido!

  • setembro 30, 2025
    Antonio

    Eu torço para a Ponte perder do Brusque. E claro, para o Náutico enterrar o bugre! Seria um ano fantástico, apesar do amadorismo do tocador de bumbo. E sua trupe!

  • setembro 30, 2025
    Antonio

    Dor de cotovelo dos bugrinos. O Marcelo os tirou da 4a divisão – e cuspiram no prato! Cadê os “ humildes “ de Campinas? Vistam com força a sandália da humildade e tomara que o Náutico os derrube, porque de dependerem do derby – série C mais um ano.

  • setembro 29, 2025
    Léo/ Pr

    Ari o relato do juiz que apitou Guarani e Brusque é até engraçado, dizendo da expulsão do Bruno Santos, jogada violenta desassociada a disputa da bola, e claro que não foi disputa de bola o tal Clinton foi em direção ao Bruno pra que ele não chegasse na bola antes de outro jogador do Brusque, o Clinton não estava correndo em direção a bola e sim foi só visando o Bruno Santos.

    • setembro 30, 2025
      João da Teixeira

      E o esquema “picotar o jogo”, o bugre abortou essa tática de jogo? Naútico vem aí, esquecem o Brusque, tanto porque se o Náutico ganhar de vcs, o Brusque novamente ressurge das cinzas…

  • setembro 29, 2025
    João da Teixeira

    No futebol vejo cada coisa, o Yuri Alberto dá a cavadinha na cobrança de pênalti e o Cúringão toma uma virada do Mengo, onde a mídia doméstica e tendenciosa de São Paulo pró Cúrinthians, vem dizer que o lateral era do Cúringão e que foi um erro grave do juiz por ter invertido o lateral e por isso tomou a virada. Não vi o lateral ser tão assim do Cúrinthians, pra mim uma decisão bem acertada pelo lance. São uns caras de pau…

  • setembro 29, 2025
    João da Teixeira

    Marcelo Fernandes critica o CA bugrino, pois foi contratado pra tirar o time de cair pra 4°divisão do brasileiro, que já era certa e conseguiu. Qdo o time começou a ter chance de se classificar entre o 8, resolveram o descartar igual a papel higiênico em latrina, indo pouco depois parar na Ponte, onde aconteceu tudo isso. Se foi isso que disse, o CA bugrino é o infeliz da história, caso o bugre não suba…

  • setembro 29, 2025
    Eric AAPP

    Bugrinos desdenhando do ex-técnico deles, Marcelo Fernandes. que os tirou das últimas colocações…típico deles. E já se esqueceram que perderam o último Dérbi pra ele rs rs

  • setembro 29, 2025
    ANTONIO CARLOS

    Sim, Marcelo Fernandes foi superior a Valentim, e tudo o que está escrito na matéria está correto.

    O Leo/PR está corretíssimo, também.

    Olhando o jogo de sábado, vejo com tristeza por um lado, como a Ponte desperdiça ao longo dos três anos da atual administração a força da sua torcida.

    Para quê ter jogado 75% do tempo com uma falta total de articulação ofensiva, pior até que a do Valentim, estando praticamente classificado?

    E nos últimos 25%, mesmo antes do gol, que show da torcida?

    A Ponte é grande, mas tentam colocá-la numa caixa muito pequena.

  • setembro 29, 2025
    Carlos Agostinis

    Ari , você acha jeito de elogiar um cara que só mudou o jeito de jogar e deu certo , se desse errado estaria crucificando o brigati..

  • setembro 29, 2025
    João da Teixeira

    Opa, agora deixei a bugrinaiada contente ao usar um dos versos de Guilherme de Almeida no mausoléu dos heróis de Campinas, tombados na Revolução Constitucionalista de 1932. Eita…

  • setembro 29, 2025
    João da Teixeira

    Digo mais, foi um dos muito injustiçado no bugre. Time que exige muito dos treinadores, pois vive sempre na fase do come chuchú e arrota perú, devido ao título de campeão brasileiro que lhe caiu no colo em 1978, por sinal, o ano que nunca acabou para os bugrinos. Foi difícil para o Marcelo Fernandes como para tantos outros que ousaram a levantar o moribundo time deitado em seu túmulo. Opa, “Não é túmulo, é berço, sementeira de ideais da terra campineira”…

  • setembro 29, 2025
    João da Teixeira

    Digamos que o Marcelo Fernandes foi o Abel Braga II pra Ponte. Além de salvar o ano, pois já tinha visto a viola em caco na fase final de classificação, qdo Valentim, Jean Dias e outros já tinham abandonado a Ponte. Chegou com uma missão impossível ou inglória, como tantas outras que a Ponte teve em um passado recente, até já na gestão atual de Eberlin e Brigatti. O quê vcs querem que eu diga aqui, foi uma missão dada, e missão cumprida.

  • setembro 29, 2025
    Léo/PR

    Ari Deus me livre que Marcelo Fernandes e Pacheco sejam felizes aí, pra mim não tenho saudades deles, o Guarani nas mãos do Marcelo Fernandes nunca fez um jogo convincente, somou alguns pontos importante mais nunca apresentou nada, se continuasse no Guarani já mais estaríamos disputando essa fase, eu prefiro Mateus Costa e Lucas Justin, prova disso ontem ele voltou o normal tirou o centroavante do time e entrou com volante, taí o resultado empatou na bacia das almas, agora fala pra mim se precisava disso com a Ponte praticamente classificada, pra mim esse e o verdadeiro Marcelo Fernandes.

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