MEMÓRIAS DO FUTEBOL
CADÊ VOCÊ?
INFORMACÃO

Por que o treinador Maurício Souza abusou de postura ofensiva ao Guarani?

  • 21/02/2025

Se tem uma coisa que a rodagem no futebol me ensinou foi não acompanhar o sopro do vento.

Quando o Guarani aplicou aquela goleada por 4 a 0 sobre o Água Santa, em Campinas, reconheci méritos da equipe, mas não repassei ilusão ao torcedor bugrino.

Considerei as circunstâncias em que a goleada foi construída, com dois gols iniciais através de chutes de fora da área, tanto do volante Nathan como do atacante João Victor, que conduziram a bola sem marcação, e puderam mirar para aqueles chutes fatais.

Méritos!

Os outros dois gols – sem tirar o mérito da persistência de jogadores bugrinos -, verdade é que o fraco zagueiro Fábio Sanches entregou o ‘ouro’, tanto que depois daquela rodada já não foi visto no time do Água Santa.

Uma coisa foi atribuir mérito ao Guarani que soube construir aquele placar elástico, outra coisa equivocada foi achar que o time estava aprumado e que ‘nadaria de braçada’ rumo à vaga.

MAURÍCIO SOUZA

Então vamos aos fatos que a maioria não conseguiu distinguir sobre a participação do Guarani neste Paulistão.

Se é voz corrente as claras limitações do elenco, por que o treinador Maurício Souza ignorou isso ao adotar um esquema ofensivo?

Embora a média de idade da boleirada bugrina seja baixa, convenhamos que não há pulmão que aguente um time optar por marcação alta na saída de bola do adversário e ter ‘pernas’ para, incontinenti, fazer a recomposição defensiva, conforme proposta tática adotada pelo treinador.

Isso tem validade para equipes que valorizem a posse de bola e não exagerem em erros de passes, como o Guarani.

Ora, cada erro descabido em jogada, é natural companheiros de equipe se desgastarem correndo atrás de adversário que estiver de posse de bola.

VELO CLUBE

Observem que essa linha de raciocínio ‘casa’ bem com o rendimento do Guarani contra o fraco Velo Clube, no empate por 1 a 1 de quinta-feira.

Até a metade do primeiro tempo, a marcação alta do Guarani na saída de bola, deixava o visitante desorientado, e isso implicava em predomínio absoluto.

Aquela competitividade exagerada só ampliava o desgaste dos jogadores já acumulado ao longo da competição.

Assim, à medida que o time bugrino deu uma afrouxada na marcação, o Velo Clube pode reduzir o índice de passes errados, ficou mais tempo com a bola e equilibrou o jogo.

SEGUNDO TEMPO

Aí veio o segundo tempo e a constatação lógica da falta de melhor condicionamento físico para a boleirada do Guarani, a fim de acompanhar o ritmo forte do adversário.

É que ao retomar o controle da bola, e diante de marcação mais dura do adversário, erros dos limitados jogadores bugrinos são inevitáveis.

Deduz-se disso tudo que o treinador Maurício Souza cometeu erro de conceito ao soltar a sua equipe ao ataque, desconsiderando que o acúmulo de bolas perdidas e obediência tática dos jogadores, na busca para recuperá-las, implica em desgaste físico.

CONCEITO DEFENSIVO

Nesta circunstância, após natural avaliação do potencial do elenco, o correto seria o treinador Mauricio Souza adotar uma cópia daquilo que o seu rival Alberto Valentim, treinador da Ponte Preta, coloca em prática: primeiro se defender e depois criar opções para contra-atacar.

No futebol, treinador precisa de um rápido diagnóstico do elenco que conduz, para que possa colocar em prática aquilo que condiz com as condições de seus jogadores.

INFORMACÃO

A coluna Informacão está atualizada e com abordagem basicamente sem resposta concreta: por que cães correm atrás de veículos?

Defesa do território? Irritação com o barulho?

Nesta pauta prevalece o ‘chutômetro’.

Acesse o link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/ e confira.

Mais postagens

Mais uma expulsão de Dudu e nova derrota da Ponte Preta em casa

Inadmissível mais uma expulsão do volante pontepretano Dudu, aos 31 minutos do primeiro tempo, que colocou tudo a perder aquilo que já não era bom.

Saiba mais

Confiança devolve ao Brusque a goleada aplicada na Ponte Preta

A imprevisibilidade desta Série C do Brasileiro é algo surpreendente. Se a comunidade pontepretana se irritou bastante com aquela goleada por 4 a 1 sofrida

Saiba mais

Guarani explora falhas defensivas do Retrô para sair do zona de rebaixamento

Vitória incontestável do Guarani sobre o Retrô por 2 a 0, placar construído ainda no primeiro tempo, na tarde/noite deste sábado, em Pernambuco. A importância

Saiba mais

Guarani pode ganhar quatro posições, provisoriamente, se vencer o Retrô

Pela quinta vez consecutiva a opção de pauta do blog recaiu sobre o Guarani, até porque pouco tem-se a dizer sobre a Ponte Preta, favorita

Saiba mais
Page1 Page2

Comentário

  • fevereiro 23, 2025
    João da Teixeira

    Se fosse pra apostar, diria que Inter-SP e Água Santa cairão, mas o futebol no Brasil está tão sem pé e nem cabeça, há algum tempo, que não ponho a minha mão no fogo…

  • fevereiro 22, 2025
    O Moita

    Ari, avisa aí ao seu colega do Futebol Interior que o Bugre, caso aconteça o milagre de vencer o Timão, só iria precisar que o Braga não vença a Ponte. O resultado do Santos não importa, ao contrário do que ele escreveu.

  • fevereiro 22, 2025
    João da Teixeira

    Que tal falarmos dos que classificam. Mirassol, para melhorar o seu futuro no campeonato, teria que derrubar o Palmeiras agora, porque depois ficará difícil. O Cúrinthians não tem mais jeito, vai ter que pegar na unha, mesmo. Mesma coisa o Cúrinthians, tem que dar mole para o bugre, pois o bugre classificando, talvez no futuro seja melhor pegá-lo do que RBB ou Lusa no futuro. Bernô e Palmeiras são os fora da curva, um que deveria estar classificzdo e não está e o outro classificado, mas que talvez não deveria ainda estar. Palpites, Cúrinthians x Mirassol, Santos x RBB, São Paulo x Novorizontino e Palmeiras x Bernô. A Estatística é ramo da Matemática, por isso poderemos ter pontos fora da curva…

  • fevereiro 22, 2025
    Barba

    Ari – parece que o pupilo não aprendeu nada com o mestre. Perfeita análise sobre táticas do futebol.

  • fevereiro 22, 2025
    Carlos Agostinis

    O Ari tem hora que você chove no molhado , repete várias vezes a mesma coisa , todos já sabemos dessa falha de diagnóstico do Maurício , agora copiar o Valentim que até outro dia você escrava já é fora da curva . Esse time da ponte está bem treinado , os jogadores são experientes , mas escreve aí , no campeonato paulista é tudo surpresa . Quer ver se vai fazer a mesma coisa na série C. Se conseguir você vai ter de dar o braço a torcer e retirar tudo que você falou do cara .

  • fevereiro 22, 2025
    João da Teixeira

    No seu Grupo mesmo, de muito equilíbrio, tem grandes chances de virar o Lanterna, apesar de ter passado grande tempo como líder do seu grupo, enganando parte de seu torcedor.

  • fevereiro 22, 2025
    João da Teixeira

    Alguém aqui e bugrino, disse ter gostado desse autor do futebol de Revista em Quadrinhos, ao ter descoberto o DNA de time atacante e por em prática o que vez por outra aconteceu nos times bugrinos do passado. Nem muito a Deus e nem muito ao diabo, o equilíbrio deve ser estudado como forma de sobrevivência. Ainda acho que bugre sobreviveu pela ruindade de alguns times dos outros grupos, em que duelou e levou vantagem…

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Facebook-f Twitter Tumblr Instagram

© 2024 FUTEBOL INTERIOR