No futebol, quem não for rápido no gatilho, dança.
Quem acompanhou a partida em que a Portuguesa venceu o Votuporanguense por 1 a 0, pela Copa Paulista, na tarde de sábado passado, de certo observou que o atacante Maceió da Lusa, 21 anos de idade, é diferenciado.
Como clubes de Campinas sempre chegam atrasados nos negócios, por falta de bons observadores, os antenados olheiros do Santos se apressaram em indicá-lo ao clube, com a consequente contratação, só não liberado antes porque a Lusa tem pretensão da conquista do título nesta Copa Paulista, em que o atleta já marcou sete gols.
Aí, naquela revisitada ao amigo ‘Google’, vejo que até o portal da casa – o Futebol Interior – publicou entrevista com o jogador, em agosto passado, que, no estilo, faz lembrar João Victor, do Guarani.
ERICK PULGA
Como de praxe, quando observo atleta supostamente no anonimato e em condições de vestir as camisas dos clubes de Campinas, cravo aqui para ver se a campainha dispara e possa acordar sonolentos cartolas de Ponte Preta e Guarani.
Foi assim quando vi o atacante de beirada Érick Pulga, então desconhecido e jogando pelo Ferroviário (CE).
O tempo passou, por aqui não se mexeram, e o Ceará buscou o atleta, um dos artilheiros desta Série B do Brasileiro, além das assistências a parceiros de equipe, para lances de gols.
MAIS ALGUÉM?
Além de Maceió, teria um outro jogador contratável destes dois adversários semifinalistas da Copa Paulista?
De pronto não dá pra cravar com certeza mais alguém, mas entendidos do futebol sabem fazer projeção da possibilidade de supostos ganhos em condição técnica de atletas.
É uma missão difícil de avaliar, coisa típica dos visionários, mas de repente pode-se projetar que um ou outro ainda possa acrescentar algo mais daquilo visto.
O jogo da volta de Votuporanguense e Lusa, programado para as 18h deste sábado, em Votuporanga, é mais uma possibilidade de avaliação.
Meu amigo Pedro Guerra, gráfico em Campinas nos bons tempos do jornalismo, está radicado em Votuporanga e avisa que o zagueiro Amorim, 1,90m de altura, deva ser observado.
Problema é que o Votuporanguense é montado com três zagueiros, com atribuição de Amorim marcar pelo lado esquerdo e sobrecarregado por contínuos avanços do lateral-esquerdo Frank, de sua equipe, que mais parece um ponteiro.
Quero observar mais um pouco sobre este jogador de 22 anos, que passou por Fluminense e Operário (PR), para emitir conceito preciso.
O jogo será transmitido pela Internet, e quem tiver um tempinho deve conferir se alguns dos jogadores cabem no futebol de Campinas, mesmo para composição de elenco.
OLHEIROS
Que falta fazem olheiros antenados, principalmente nas categorias de bases, para observação das chamadas ‘promessas’.
No passado, o futebol de Campinas já contou com esses homens chaves para indicações, como o ex-zagueiro Cidinho, pelo Guarani, e o saudoso Carlão Perna de Pau, pela Ponte Preta.
À época, contratava-se ‘promessas’ que vingavam, e assim os cartolas nem precisavam recorrer ao repetido e enjoativo bordão de ‘contratar quem, aonde, num mercado inflacionado’.