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Campinas de ontem foi ótima; hoje, nem tanto

  • 13/07/2024

Décadas passadas a gente podia parafrasear o radialista Mário Celso Samy e esgoelar aquele ‘alô Campinas, meu amor’.

Pena que a Campinas de hoje, que sopra velinha nos seus 250 anos de existência, já não é aquela bem amada.

Por descuido, permitiram que a área central da cidade fosse invadida por mendigos e pilantras que aterrorizam populares e emporcalham portas de lojas através de necessidades fisiológicas.

Vê-se um centro de Campinas desfigurado e comerciantes fixando as placas de ‘aluga-se’, frustrados com prejuízos em suas atividades.

ANDAR A PÉ

Quão bom era aquela Campinas de décadas passadas que andar a pé, do centro a bairros, de madrugada, não representava perigo.

Podia-se frequentar bailinhos nas madrugadas de domingo e perambular pelas ruas com carteiras no bolso.

Na era da ‘Campinas meu amor’, a molecadinha não se importava com calos nas mãos ao pegar enxada pra ‘carpir’ terrenos e transformá-los em campinhos.

E naquele piso esburacado eles aprendiam como se faz para a bola ficar ‘grudada’ aos pés e assim aplicarem dribles desconcertantes sobre marcadores;

VARZEANO

Tempos em que raramente Campinas era povoada além da divisa da Rodovia Anhanguera e jogávamos em aconchegantes campos como do Santalucense e São João, do proprietário Louvatto, na região do antigo Campos Elíseos!

Foi a Campinas do aplaudido varzeano, com campos de terra de jogos de onze contra onze.

No bairro Castelo, perto da Igreja do Rosário, aquele raspadão do mandante ABC tem muitas histórias para contar.

Impossível enumerar todos campos de terra batida, mas como esquecer dos bairros Santa Odila, Nova Europa, Vila Nova, Bonfim, Cruzeiro (bairro Ponte Preta) e no Taquaral com mando de jogos do extinto Colúmbia?

Por sinal, difícil imaginar qual bairro não dispunha de um campo com trave de madeira e sem vestiário, o que obrigava a boleirada trocar de roupa no mato ou em perua Komki.

Aí, quer empoeirados, quer enlameados, os atletas voltaram sujos pra casa, exceto aqueles que invadiam casas de vizinhos para lavar pés e pernas.

Havia, também, aquele gramado ‘meia boca’ que beirava o córrego Proença, já no Taquaral, que o Grêmio dos irmãos Zé Carlos e Eduardo mandava jogos.

Foi a Campinas em que os vestiários de campos eram precários, mas que sobrevivessem mesmo daquele jeito.

Infelizmente sucumbiram para que espaços fossem abertos às edificações.

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Comentário

  • julho 14, 2024
    João da Teixeira

    No passado presumo que o Ari esteja falando, mas mesmo o São João e o Santalucense do Amador da cidade eram recheados de jogadores enxertados, pois eram times do dinheiro, como eram Gazeta, Flamengo do Cambuí, Primavera etc. Algumas regiões como a minha Vila Teixeira e Bonfim eram jogadores nativos, oriundos do bairro e que times das décadas de 1960/70, como do IAPI, Juventude, Vila Teixeira e a 1° leva de jogadores do União Comercial eram todos jogadores do bairro ou nascidos no bairro, por exemplo, o que foi campeão amador de 1972 da LCF. Saudades, mesmo, Ari, melancolia, mesmo! Tristeza é o que virou a cidade, lamentável. Sempre aparecem grupos de entusiastas querendo revigorar a cidade em todos os setores, mas sempre são traídos por novos políticos, que qdo entram na política são contaminados por quem já estão na militância. Do tipo “vc entrou aqui, e aqui o buraco é mais embaixo, vai fazer o quê nós queremos e não o que o povo quer!” Tem disso, Ari! O povo é traído pelos seus representantes, pois dinheiro seduz a todos sem muita distinção. Campinas não fica fora disso, infelzmente…

  • julho 14, 2024
    João da Teixeira

    Parabéns Campinas e seu ¼ de milênio de vida, criativa, evolutiva, laborativa que como a Fênix grega mostrada em seu brasão, que renasceu das cinzas e seu lema “Labore Virtute Civitas Floret”, que significa: “No trabalho e na virtude a cidade floresce”…

  • julho 14, 2024
    João da Teixeira

    Ari, se a intenção era falar sobre Campinas 250. Campinas evoluiu em tecnologias e pesquisas com ajuda de profissionais de fora, estrangeiros. Vejam o CNPqD, LNLS e Sírius etc. Qto aos espaços públicos conservados e preservação da memória, regredímos muito. Em Segurança estamos vivendo os piores dias no geral da cidade. O Centro totalmente abandonado, com pichações e vandalismo genéricos. Os bairros perféricos a mercê da bandidagem e tráfico de drogas. A revitalização de áreas centrais e bem vinda, mas tem que manter segurança nesses locais. Nossos times sucateados. E finalizando, nossa educação básica está uma lástima. Parabéns Campinas pelos seus 250 anos, mas não temos quase nada a comemorar.

  • julho 13, 2024
    João da Teixeira

    Parece que o Pastana tem o fiofó virado pra Lua, não fez nada e já ganhou um pontinho de um pretendente do G4. Os bugrinos vão falar, mas é só um pontinho, mas tem que pensar na expectativa dos futuros jogos. Tem que matar um leão de cada vez, hoje quase foi um tigre…, não matou, mas alejou.

  • julho 13, 2024
    João da Teixeira

    Bugre dando um pouco de esperança no jogo em Novo Horizonte, apesar do Tigre ter um retrospecto desfavorável nos jogos do campeonato jogando em casa. Foi o 5° ou 6° empate jogando no Jorjão. Deixou escapar 2 pontos e o Bugre levou 1, merecidamente.

  • julho 13, 2024
    João da Teixeira

    Melancólico Ari, que deu em vc? Nosso futebol sendo exterminado por tanta coisa errada, celulares, ocupando erradamente as cabeças das crianças, violência, onde crianças ficam presas dentro de casa pelos pais, um mundo diferente do passado. Alguma coisa deve ser feita pelos órgãos públicos. Futebol está acabando muito vertiginosamente…

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