Com o saudoso professor de análise de futebol Brasil de Oliveira aprendi que avaliações jamais devem ser feitas ao sabor do vento, ou seja: o clube ganhou, massagear o ego do torcedor; perdeu, críticas duras.
Com treinadores da melhor ‘estirpe’, que passaram por Campinas, pude sugar o vaivém da bola.
Logo, colocações críticas que publico deveriam remeter à reflexão do citado, mas na maioria das vezes isso é ignorado.
O parceiro João da Teixeira, um dos fieis participantes da seção de comentários na plataforma https://blogdoari.futebolinterior.com.br/, lasca: “Ô Ari, o Brigatti vai ficar bravo com vc. Nada serviu na Ponte?”
Mais indignado ainda ficou o internauta Juliano, estreante nos comentários da página : “Não é possível. O que você tem contra o João Brigatti? Nada está bom para você !?”
REFORÇAR A PEGADA
Então cabe recorrermos à recapitulação de postagens.
Após o empate com o Operário, citei que a Ponte Preta, enquanto mandante de seus jogos e mostrando volume ofensivo, seria válida a estratégia com três atacantes e um meia que não seja combativo, como Élvis.
Fora de casa e sofrendo pressão, como ocorreu diante do Operário, a estratégia precisa ser repensada.
Meu equívoco foi não ter incluído jogos em casa contra equipes do G4 como o Santos, com exigência de rigorosa estratégia defensiva.
Onde está o erro na linha de raciocínio?
Aí joga-se com três atacantes, justifica-se que aqueles de beirada são incumbidos de recomposição, mas na prática eles não têm a capacidade de desarme como suposta inclusão de mais um volante, abdicando-se de um atacante.
Considerando-se a qualidade de um adversário como o Santos, capaz de explorar falhas de uma defesa aberta, como foi o caso da Ponte, presumível que ela correria risco.
GUILHERME
Providência cobrada de Brigatti era que revisse a escalação do lateral-direito Igor Inocêncio, que sequer deu conta de marcar o inconstante atacante Maxwell, contra o Operário, o que dirá em confronto com Guilherme?
Logo, a jogada do primeiro gol do Santos começou a ser desenhada pela facilidade de Guilherme parar a bola, erguer a cabeça e calcular a distância para que chegasse na cabeça do zagueiro Gil.
O que poderia ter sido feito na lateral?
Simples. Com Luiz Felipe lesionado e, se várias vezes na carreira Dudu Vieira foi improvisado na lateral-direita, por que não defini-lo por ali?
Quem ocupar o posto de Dudu Vieira, para preencher a ‘meiúca’? Brigatti conta com Ramon Carvalho e Emerson, como opções.
E se Guilherme não sofresse lesão muscular quando estava na cara do gol, para marcar o terceiro do Santos, após ganhar a jogada de Igor Inocêncio?
LEITURA DE JOGO
São coisas óbvias que não podem passar despercebidas.
Treinador de futebol precisa ter leitura de jogo caso a caso, para definir as alternativas mais viáveis.
Brigatti tem o grande mérito da postura de líder no elenco pontepretano, que sabe cobrar transpiração de seus jogadores.
Logo, resta pleno discernimento para tomada de decisões mais compensatórias.