ABR Daniel Paulista precisa enxerga o óbvio
Quando vejo o treinador Daniel Paulista, do Guarani, de braços cruzados, olhando toda hora no relógio com aquela baita pose, balanço a cabeça e digo: coitado! Pensa que saca bastante futebol, mas na prática vai ter que comer muito feijão pra chegar lá. Quando são mexidas as peças do tabuleiro ele fica a Deus dará, como no jogo contra o Criciúma, de quarta-feira. Primeiro acabou surpreendido pela atitude do adversário que tomou iniciava ofensiva e propôs o jogo em busca da vitória. BRUNO JOSÉ E quando se viu naquela situação, Daniel Paulista não sabia o que fazer. Não sabia porque sequer havia treinado o óbvio, ou seja: preparação de jogadas usando a velocidade de seu atacante de beirada Bruno José. Como o Criciúma foi pra cima e o seu lateral-esquerdo Marcelo Hermes sequer tomou conhecimento de Bruno José, com avanços contínuos, qual seria a reação natural de um treinador com plena leitura de jogo? Posicionamento de Bruno José nas costas de Hermes, preferencialmente para ser lançado e forçar o chamado 'um contra um' contra o quarto-zagueiro Zé Marcos, teoricamente encarregado da cobertura. Cá pra nós: seria exigir muito de Daniel Paulista que tivesse essa racional leitura de jogo? Por ordem do banco ou reação instintiva, Bruno José recuava seguidamente para acompanhar avanços de Marcelo Hermes, em tremenda inversão de papéis. E quando o Guarani conseguia recuperar a posse de bola, Bruno José estava no campo defensivo, com distância longa a percorrer. Aí, ora dava um drible aqui e outro acolá até perder a bola, ora optava por passá-la a um companheiro. E mais: meia Marcinho, que deveria ter sido treinado pelo lado direito para enfiar a bola para Bruno José, ficou centralizado e sumido. YAGO E RONALD Aí, durante o segundo tempo, quando substituições tornam-se imprescindíveis na equipe bugrina, independentemente das circunstâncias os atacantes de beirada Yago e Ronald são chamados para o aquecimento. Claro que Daniel Paulista jamais se preocupa com críticas da mídia em relação ao uso de quaisquer jogadores. De certo não escuta rádio, tapa os olhos para publicações digitais e impressas, e nem dá ouvido se algum conselheiro de plantão tocar no assunto. Não bastasse a falta de visão apurada de jogo, Daniel Paulista é prepotente e teimoso. É assim que a diretoria bugrina vai conviver com ele durante esta Série B do Campeonato Brasileiro.
ABR Valorizaram demais aquela vitória da Ponte sobre o CRB
No acumulado de tempo, deu pra acompanhar 45 minutos do jogo em São Januário, quando a Ponte Preta perdeu para o Vasco por 1 a 0, gol de Raniel ainda no primeiro período, na noite desta quarta-feira, pela Série B do Brasileiro. Como a prioridade da coluna foi focar no jogo Guarani e Criciúma, que começou meia hora mais cedo em Campinas, durante o intervalo deu pra espiar 15 minutos de bola rolando no Estádio São Januário. Quando a bola parou de rolar no Estádio Brinco de Ouro, Ponte e Vasco haviam jogado apenas 20 minutos do segundo tempo e o cronômetro se estendeu até os 50 minutos. OUVI DIZER Se é desaconselhável emitir opinião na base do 'ouvi dizer', faço questão de quebrar o protocolo porque o coerente analista Pedrinho - ex-craque de futebol - ratificou aquilo que tenho citado depois da vitória da Ponte Preta sobre o CRB: transpiração, intensidade, volume de jogo ofensivo, mas carecendo de construções de jogadas e consequentemente oportunidades de gols. A supervalorização que pretenderam dar àquela vitória sobre o CRB serviu sim para massagear o ego do carente torcedor pontepretano, mas aí desconsideraram que o adversário não havia mostrado a mínima resistência, prova está que nesta quarta-feira perdeu em seus domínios para o time reserva do Náutico por 2 a 1, visto que os titulares foram poupados para a finalíssima do Campeonato Pernambucano no próximo sábado, contra o Retrô, quando um empate já será suficiente para a conquista do título. VASCO MAL Daquilo que vi do Vasco nada mudou em relação ao mostrado contra a Chapecoense: despadronização tática, bola rifada da defesa sem rumo, e seja lá o que Deus quiser. Depreende-se que esse Vasco é um time mal treinado, que mais parece um amontoado de jogadores correndo sem a devida coordenação. Logo, nesta circunstância, teoricamente seria um adversário batível, mesmo atuando em seus domínios, se a Ponte Preta de fato estivesse com crescimento de produtividade. Se falarem que o time pontepretano se desdobra, que coloca o coração na ponta da chuteira, não discorde. Daí a uma organização tática e construções de jogadas, ainda falta muito. Pior é que o seu treinador Hélio dos Anjos ainda insiste com reservas que não vão acrescentar, como o lateral-esquerdo Jean Carlos, meia Matheus Anjos e atacante Pedro Júnior.
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