Torcedor pontepretano ainda mantém clima de euforia pela conquista do título da Série C do Brasileiro, quebrando a escrita da falta de conquista relevante.
Evidente que não desconsidera a incerteza na sequência, com eventual debandada de jogadores, em decorrência de salários atrasados e sobre administração financeira do clube.
Seja como for, a Ponte Preta derruba dois bordões, um deles já citado aqui, sobre a ironia de bugrinos de ‘nunca serão’.
Aí, como não voltar à tona a chamada praga apregoada à mãe do ex-volante/zagueiro Pitico, da década de 50 do século passado, que o clube não conquistaria títulos, a começar pelo retorno à chamada Divisão Especial, hoje Paulistão.
Recorrendo-se à temporada de 1960, ano do rebaixamento da Ponte Preta à antiga Primeira Divisão – hoje Série A2 -, Pitico foi pouco aproveitado nos primeiros meses da competição.
E por que tudo isso?
DESDE 1955
Pitico teve trajetória na Ponte Preta a partir de 1955, segundo o historiador João Tidei Lima.
Já o historiador e saudoso pontepretano Sérgio Rossi, que fazia recapitulações de fichas técnicas dos jogos, nas edições de seus livros, mostrou a data de 25 de outubro de 1956, quando o então atleta atuou na vitória por 3 a 2 em Taquaritinga, em partida amistosa.
Eis a formação: Sidney; Bruninho e Dereu; Pitico, Carlinhos Roberto e Lindóia; Ivo, Ayrton, Paulinho, Gilson (Baltazar) e Adamastor.
GENTIL CARDOSO
Pitico perdeu espaço na equipe com a chegada de Gentil Cardoso como treinador, e a última vez que foi escalado ocorreu no empate por 1 a 1 com o Comercial de Ribeirão Preto, no dia 12 de junho de 1960.
Coincidência ou não, foi o ano do rebaixamento de divisão – antigamente chamada de Primeira Divisão, hoje A2.
O descenso foi decretado no dia 20 de dezembro daquela temporada, ao sofrer goleada por 5 a 0 para o São Paulo, no Estádio Pacaembu.
Na ocasião começou a circular a informação acusatória sobre praga da mãe de Pitico, da maldição que o clube não mais conquistaria títulos.
Como a Ponte Preta patinou nove anos na divisão de acesso, a tal lenda da mãe de Pitico foi ganhando propagação, com ênfase no melhor período do futebol do clube, de 1977 1981, quando decisões de títulos do Paulistão resultaram em lamentação pelos vice-campeonatos.
Com duas conquistas de títulos nos últimos três anos, mais uma lenda sobre a Ponte Preta é quebrada.
Agora, o que precisa ser quebrado, de fato, é esse tormentoso problema de atraso de salário de jogadores.
MEMÓRIAS DO FUTEBOL
A escolha do volante Richarlyson como personagem da semana, quer na coluna Memórias do Futebol, quer em Cadê Você, é uma mostra de irmãos que atuaram no meio.
Em Memórias, o relato é sobre a trajetória dele em grandes clubes, enquanto Cadê Você se baseia na passagem pelo Guarani, em 2017.
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