Aquela luzinha no fim do túnel para o Guarani, que parecia prenúncio de escuridão, de repente é transformada em ‘clarão’ com a significativa vitória sobre a maior rival Ponte Preta, por 1 a 0, na noite deste domingo, no Estádio Moisés Lucarelli.
Se a intenção do Guarani era embolar o pelotão de baixo desta Série B do Brasileiro, a resposta não poderia ter sido melhor.
Evidente que esses três pontos ainda não foram suficientes para tirá-lo da lanterna, com 31 pontos, mas já se iguala ao Ituano na pontuação, reduz a distância de dois pontos para o Brusque, e coloca pressão na Ponte Preta, pois a distância entre ambos caiu para quatro pontos.
A rigor, agora os pontepretanos têm que se virar nos ‘trinta’, pois entraram de vez no Z4, foram ultrapassados por Chapecoense e Paysandu, que chegaram a 37.
VITÓRIA JUSTA
Se durante o primeiro tempo a Ponte Preta mostrou voluntariedade, determinação para ganhar bolas divididas e impedir que o Guarani tivesse presença ofensiva, na prática faltou-lhe organização no último terço do campo e houve prevalecimento do sistema defensivo bugrino, tanto que a Ponte Preta criou apenas uma chance de gol, quando o atacante Gabriel Novaes, na rara jogada de lucidez, serviu o meia Dodô, que chutou fraco e sem perigo.
PREDOMÍNIO DO GUARANI
Tudo se inverteu durante o segundo tempo, com domínio quase absoluto do Guarani.
Como a Ponte Preta correu demais até o intervalo, era previsível a queda de intensidade, sem se imaginar que fosse bem acima do previsível, e com o centroavante Jeh voltando ao time totalmente fora de forma.
Disso se aproveitou o Guarani para trabalhar melhor a bola, a partir de seu campo defensivo, já encontrando os espaços pretendidos na tentativa de organização de jogadas.
Assim, já poderia ter construído a vantagem aos 13 minutos se o goleiro Luan, providencialmente, não praticasse defesa em tentativa de ‘cavadinha’ do meia Luan Dias, após tabela com o centroavante Caio Dantas.
ÉLVIS
Incomodado com os desarranjos de seu time, o torcedor pontepretano ensaiou grito para entrada do meia Élvis, que estava na reserva.
Pois o treinador Nelsinho Baptista atendeu ao pedido, aos 19 minutos, colocando-o em campo, além do volante Hudson, para saídas de Gabriel Novaes e Emerson, lesionado.
Na prática, ambos erraram quase todas as jogadas, e aquilo que era ruim ficou ainda pior para a Ponte Preta.
Disso se aproveitou o Guarani, já estabilizado no gramado, para tocar a bola e se aproximar, de forma continuada, nas proximidades da área pontepretana, ocasião que os seus defensores passaram a dar chutões na tentativa de evitar lances de perigo.
Entretanto, numas das investidas pela meia direita, o volante Matheus Bueno fez jogada pessoal e nem precisou colocar força na bola, na finalização no canto esquerdo, pois em lance defensável falhou o goleiro Luan: Guarani 1 a 0, aos 23 minutos.
MATHEUS RÉGIS
A última cartada de Nelsinho Baptista, na tentativa de reverter aquela situação, foi colocar Matheus Régis, que entrou tão apagado quanto Élvis e Hudson.
Assim, o Guarani soube administrar a vantagem sem correr risco e, pela importância da vitória, o que se espera é o restabelecimento da confiança dos jogadores na reta de chegada da competição, embora saiba-se das dificuldades para a somatória dos pontos necessários para a salvação.