O torcedor palmeirense tem toda razão ao ficar indignado com a postura do treinador Abel Ferreira, ao ‘entregar a rapadura’ antes da hora neste Brasileirão, para priorizar a final da Libertadores, no sábado, contra o Flamengo.
Ora, se antes do jogo contra o Grêmio o Palmeiras estava quatro pontos atrás do Flamengo, o raciocínio lógico seria a possibilidade de encostar em caso de vitória.
Sabia-se perfeitamente da dificuldade do rubro-negro vencer o Atlético Mineiro, em Belo Horizonte.
Aí, Abel Ferreira escalou apenas Aníbal Moreno, Maurício e Sosa, entre os titulares, enquanto os zagueiros Gustavo Gomez e Murilo e atacantes Victor Roque e Fraco Lopez foram preservados.
COERÊNCIA DE LUÍS FELIPE
Raciocinou coerentemente o treinador do Flamengo, Luís Felipe, ao mesclar titulares e reservas para o início da partida contra o Atlético.
Do compartimento defensivo, só não foi escalado o lateral-esquerdo Alex Sandro.
A estratégia seria ao menos trazer o empate e assim preservar inicialmente titulares indispensáveis como Jorginho, Arrascaeta e Bruno Henrique, mas prudentemente levá-los ao jogo, como opções na reserva.
E quando o caldo engrossou, com a vitória parcial do adversário, sabiamente recorreu aos titulares, ocasião que a equipe aumentou a pressão ofensiva e o gol de empate ficou cotadíssimo.
Ora, por que Abel Ferreira, com maior rodagem no mundo da bola como treinador, deixou de fazer o óbvio?
OBRIGAÇÃO DE VENCER
Como agora o Palmeiras joga todas as cartas na decisão de sábado, no Peru, resta saber se o seu time estará mais preparado para o tal jogo do ano.
Bem fez o Flamengo que temperou as coisas direitinho, vai poder usar a força máxima neste jogo e encará-lo em condições de igualdade.