E que título hein dona Ponte Preta! Nada de definição através de cobranças de pênaltis; nada de um a zero ‘chorado’, na bacia das almas.
O placar de 2 a 0 sobre o Londrina, neste epílogo da Série C do Brasileiro, é o mais puro retrato de que o título ficou em boas mãos, de quem fez por merecer.
E que festança dos torcedores, com invasão do gramado e gente cortando um pedacinho da rede para guardar de lembrança.
Então, vamos ao jogo.
Se durante o primeiro tempo prevaleceu o equilíbrio, com duas chances para a Ponte Preta e três ao Londrina, na sequência a mandante se impôs ao chegar ao gol logo aos três minutos e meio.
A vantagem lhe permitiu abaixar as linhas e forçar o Londrina a se soltar ao atacar, para que ela usasse o expediente de contra-atacar em velocidade.
DIOGO SILVA
A rigor, durante o segundo tempo, curiosamente a Ponte só correu risco um minuto antes de chegar ao seu gol.
Em descuido de marcação do zagueiro Saimon, o centroavante Quirino, do Londrina, acertou cabeçada certeira na bola, ocasião que exigiu defesa no puro reflexo do goleiro pontepretano Diogo Silva, no canto direito.
TORÓ
Se na partida em Londrina o atacante Toró, da Ponte Preta, foi totalmente anulado, desta vez ele foi decisivo.
Tá certo que contou com um ‘frangaço’ do goleiro Luiz Daniel, naquele arremate sem a devida força e defensável, com bola entrando mansamente no canto direito da meta do clube paranaense.
Na ocasião, Toró recebeu passe do meia Serginho, que ocupava o corredor do lado esquerdo, justamente ele que vinha de atuação apagada durante o primeiro tempo, quando substituiu o lesionado atacante Bruno Lopes logo aos 13 minutos.
Ao sofrer o gol, a constatação foi de desarrumação tática do Londrina, que adiantou as linhas, mas sem encontrar espaço para penetração na malha de marcação pontepretana, principalmente o hábil atacante Iago Telles.
PÊNALTI
Além disso, a equipe visitante passou a deixar espaços no meio de campo, permitindo que a Ponte Preta passasse a articular jogadas.
E, em uma delas, aos 24 minutos, numa investida individual de Toró, ao se infiltrar na área, mesmo marcado por dois contrários, foi calçado pelo zagueiro Wallace.
Como o árbitro mineiro Felipe Fernandes de Lima mandou a jogada prosseguir, foi orientado pelo VAR para revisão do lance e marcou a penalidade, convertida quatro minutos depois pelo meia Élvis, com chute forte no alto, canto direito: Ponte Preta 2 a 0.
BRIGAIADA
Após o lance, registro para a ‘brigaiada’ entre reservas de ambos os clubes e participação do treinador Roger Silva na ‘encrenca’, o que resultou na expulsão dele, ocasião que o reserva Wanderlei, do Londrina, também recebeu cartão vermelho.
ATÉ JEH
Depois disso, o treinador Marcelo Fernandes, da Ponte Preta, prudentemente trocou os volantes com cartões amarelos – Luiz Felipe e Rodrigo Souza – para revitalizar o setor com as entradas de Léo Oliveira e Lucas Cândido.
Até o atacante Jeh entrou aos 39 minutos do segundo tempo, no lugar de Diego Tavares, mas totalmente fora de forma.
PRIMEIRO TEMPO
Quem esperava o Londrina com excesso de cautela defensiva observou que ele também se dispôs a atacar.
E ao sair pro jogo, teve, nos pés de seu meia Cristiano, jogadas que poderiam ter resultado em gols.
Primeiro aos sete minutos, quando finalizou e a bola passou bem perto do poste direito do goleiro pontepretano Diogo Silva.
Depois, aos 31 minutos, ele cruzou a bola na cabeça do volante Lucas Marques que, livre de marcação, não colocou força no cabeceio, facilitando a defesa.
Em outro vacilo do miolo de zaga pontepretana, após cobrança de escanteio, o zagueiro Wallace apareceu livre para testar e a bola passou sobre o travessão.
Na prática, a Ponte Preta teve apenas duas chances naquele período.
Primeiro logo aos cinco minutos, em bate e rebate na área do Londrina, mas a finalização de Bruno Lopes foi fraca, para defesa sem problema do goleiro Luiz Daniel.
Depois, apenas aos 40 minutos, quando, em cobrança de escanteio do meia Élvis, a bola se ofereceu ao volante Luiz Felipe que errou a cabeçada e desperdiçou a chance.