O que se depreende deste empate sem gols entre Londrina e Ponte Preta, na tarde/noite deste sábado no interior paranaense, na primeira partida da final da Série C do Brasileiro?
Claro que por se tratar de jogo decisivo, os atletas de ambos os lados truncaram as jogadas com faltas, houve exagero de chutões, e sem a bola foi cumprido à risca a determinação para todos fecharem espaços dos respectivos adversários.
No caso da Ponte Preta, exceto o forte cinturão de marcação de seus jogadores, nada mais de positivo a acrescentar.
ACEITÁVEL
Teoricamente o resultado foi aceitável, pois a definição do título vai ocorrer no sábado que vem, em Campinas.
Tá certo que pela competitividade da partida, foi difícil a Ponte Preta chegar ao ataque com bola trabalhada, mas convenhamos que algumas ‘peças’ tiveram rendimento bem aquém do previsível.
Claro que um gramado duro e irregular prejudica mais o visitante. Apesar disso, cobra-se melhor produção ofensiva de seus atacantes e na organização.
Em decorrência disso, levanta-se a seguinte questão: se tecnicamente jogadores como Élvis, Toró e Bruno Lopes foram anulados pelos marcadores, teria o treinador Marcelo Fernandes demorado para substituí-los?
RECOMPOSIÇÃO
Evidente que Fernandes levou em consideração a disciplina tática de sua equipe, com a devida obediência do atacante de beirada Bruno Lopes no trabalho de recomposição, mas por que a demora para sacar o meia Élvis e atacante Toró, com função mais centralizada?
Com a dura marcação feita pelo Londrina, não dando o mínimo espaço para Élvis implementar jogadas ofensivas, convenhamos que Marcelo Fernandes se equivocou ao mantê-lo em campo até os 21 minutos do segundo tempo.
Quanto à Toró, tecnicamente teve atuação lamentável, pois conseguiu perder todas as jogadas.
Assim, pela lógica, deveria ter sido sacado bem antes dos 30 minutos do segundo tempo.
Não fosse a disciplina tática do atacante de beirada Bruno Lopes, de obediência para a recomposição, não deveria ter permanecido em campo até os 44 minutos do segundo tempo, dando lugar para o meio-campista Gustavo Telles.
LADO BOM
Sim, grande parcela dos pontepretanos dirá que a discussão deve ser encaminhada para o lado bom de evitar derrota em Londrina, e agora que prevaleça fatores campo e torcida para o time ser campeão.
Claro que a postura defensiva deve ser realçada, embora durante o segundo tempo o Londrina tenha pressionado mais e até criado chances para definir a vitória.
A mais clara foi quando o lateral-esquerdo Artur se atirou na bola, num carrinho dentro da área, quando o atacante Iago Telles estava livre e preparado para o arremate.
NENHUMA CHANCE
A questão que se coloca é sobre o time pontepretano não criar uma situação sequer de embaraço à meta adversária, tanto que o goleiro Luiz Daniel não foi obrigado a praticar defesa.
No sábado que vem, terá a Ponte Preta produção ofensiva bem melhor comparativamente a este?
Ao longo da semana o treinador Marcelo Fernandes vai discutir com o elenco todas as variantes deste decisivo confronto, e cabe aguardar sobre a postura da equipe.