Esta derrota do Guarani por 3 a 2 para o Brusque, no interior catarinense, na noite deste sábado, coloca uma interrogação sobre as suas possibilidades de acesso à Série B do Brasileiro.
Mantido com seis pontos, vê a Ponte Preta garantir matematicamente o acesso, com os dez pontos conquistados, e a segunda vaga está aberta para ele, Náutico e até o Brusque, que entrou no páreo.
O Guarani continua dependendo apenas dele.
Basta vencer os jogos contra Náutico e Ponte Preta que vai se classificar.
NÁUTICO E BRUSQUE
O Náutico precisa ganhar de Guarani e Brusque para chegar aos dez pontos, e igualmente não depender de ninguém.
Possibilidade menor é do Brusque, que precisa ganhar da Ponte Preta e Náutico, e ainda torcer para que ele vença o Guarani.
O confronto entre Guarani e Náutico ganhou caráter decisivo, e será realizado às 17h do próximo sábado, no Estádio Brinco de Ouro.
VITÓRIA DO BRUSQUE
Há quem questione a estratégia adotada pelo treinador bugrino Matheus Costa ao escalar três zagueiros, com a inclusão de Deivid Braz.
Todavia, já se previa que jogando em seus domínios e habituado a grama sintética, o Brusque fosse se soltar ao ataque, mesmo com qualidade duvidosa no setor.
Logo a postura do Guarani foi se precaver e optar pela organização de contra-ataques.
Ocorre que os seus meias Diego Torres e Isaque não conseguiram criar jogadas ofensivas e observou-se uma nulidade dos laterais Justen e Emerson na transição ao ataque.
RAPHAEL RODRIGUES
Assim, restou ao Guarani chegar ao primeiro gol em jogada de bola parada, na cobrança de falta de Diego Torres.
No levantamento no segundo pau e cabeceio do zagueiro Raphael Rodrigues, a bola teve endereço do canto direito do goleiro Matheus Nogueira, aos 32 minutos.
CASTIGO
Aquela catimba desnecessária provocada pelo goleiro Dalberson, do Guarani, ao se atirar no gramado sem que ocorresse choque, deixou o árbitro Jefferson Fernandes de Moraes atento.
Assim, aos 40 minutos, quando segurou a bola mais de dez segundos, fez o seu clube ser punido com escanteio ao adversário.
A intenção clara era tentar diminuir a pressão que o Brusque exercia naquele momento, mas três minutos depois o mandante chegou ao empate, quando o atacante Guilherme Pira serviu Alex Ruas, na corrida, com finalização certeira.
PÊNALTI E EXPULSÃO
O jogo prosseguia morno durante o segundo tempo, com jogadas ofensivas do Brusque controladas pelo sistema defensivo do Guarani, até a ocorrência de lance polêmico que determinou a marcação do pênalti favorável à equipe catarinense.
Na prática, houve uma disputa de bola normal do centroavante Bruno Santos com um adversário, e a princípio havia sido marcado falta fora da área.
Todavia, um chamado do VAR para que o juizão fosse rever o lance, eis que equivocadamente ele interpretou como pênalti, o que provocou paralisação da partida por mais de cinco minutos e cartão vermelho para Bruno Santos.
Aos 32 minuos, na cobrança de Diego Matias, nenhuma chance de defesa, pois a bola foi colocada no canto alto esquerdo: Brusque 2 a 1.
DEZ DE ACRÉSCIMO
Quando já não se previa reação do Guarani, naquela altura sem a mínima organização na partida, depois de cobrança de escanteio através de Caio Mello, pela direita, apareceu o zagueiro Allan Santos para testar sem chances de defesa ao goleiro Matheus Nogueira, empatando a partida.
Embora o Brusque tenha sido obstinado ofensivamente nos instantes derradeiros do jogo, ocorreu o imprevisível: chute forte, de fora da área do zagueiro Éverton Alemão, mas com endereço do canto esquerdo do goleiro Dalberson, aos 51 minutos.
Uma derrota jamais prevista para cerca de uma centena de bugrinos que se deslocaram até Brusque e agora esperam a reação diante do Náutico, para que não haja risco de perda da vaga de acesso justamente no tradicional dérbi campineiro.