Com duas rodadas de antecipação, a Ponte Preta está de volta a Série B do Brasileiro.
Após ter empatado com o Náutico por 1 a 1, no Estádio Moisés Lucarelli, na tarde/noite deste sábado, a sua coletividade ficou na expectativa daquilo que supostamente perecia impossível: vitória do Brusque sobre o Guarani.
Como o futebol é feito de imprevisibilidade, o Brusque venceu por 3 a 2, com seu último gol aos 51 minutos do segundo tempo, e assim cabe ao pontepretano festejar.
Como a Ponte Preta chegou a dez pontos, Guarani ou Náutico não conseguirá superá-la.
O Guarani se manteve com seis pontos e o Náutico subiu para quatro.
Logo, no confronto entre ambos, no próximo sábado, se o Guarani perder, seu limite de pontuação será de nove pontos.
Se o Náutico empatar, completará a fase com oito pontos, caso vença o Brusque.
EMPATE DA PONTE
Como o Náutico contou com poucas de dezenas de torcedores, a maioria dos 13.124 presentes empurrou a Ponte Preta, na expectativa de retorno antecipado à Série B do Brasileiro.
REBAIXAMENTO
Logo, com acesso garantido, muitos pontepretanos recordam aquele doloroso 17 de novembro do ano passado, naquele que foi caracterizado como o jogo do rebaixamento à Série C.
E foi com acachapante goleada sofrida por 4 a 0 para o Sport Recife, em Campinas, ainda pela penúltima rodada, pois sabia-se que a situação seria irreversível no encerramento da competição, diante do Avaí.
Vergonhosamente a Ponte Preta sequer teve que esperar a última rodada da Série B para 'cavar a sepultura'.
Naquele jogo, em Florianópolis, apenas um milagre permitiria que ela se salvasse, e o mais otimista torcedor já havia jogado a toalha, e com razão.
Na prática, o clube amargou a última derrota do ano, por 2 a 1.
NELSINHO BAPTISTA
Como não recapitular quando o então treinador Nelsinho Baptista - que comandava o futebol do clube - teve a percepção que a situação havia fugido do controle, e que a 'bomba' estouraria em suas mãos!
Estrategicamente caiu fora.
A bem da verdade, ele havia conseguido extrair muito mais do que aquele elenco poderia oferecer, antes que a situação descambasse totalmente, e o seu sucessor, João Brigatti, não conseguiu evitar o naufrágio nas rodadas derradeiras.
COMEÇO FRACO
Neste sábado foi um primeiro tempo fraco, bem aquém do esperado por ambas equipes.
Cabe recapitular que o primeiro chute a gol - e do Náutico - ocorreu apenas aos 19 minutos, através do volante Wenderson, com defesa fácil do goleiro Diogo Silva.
A resposta em finalização da equipe pontepretana foi através do volante Léo Oliveira e defesa sem problema do goleiro Muriel.
RODRIGO SOUZA
Por que aconteceu só isso durante o primeiro tempo?
Desfalcada do lesionado centroavante Jeh, a Ponte Preta tratou de se precaver com a inclusão de mais um volante, caso de Rodrigo Souza e assim optou pelo contra-ataque.
É que o seu treinador Marcelo Fernandes já previa que o Náutico - pela extrema necessidade de vitória - tomaria iniciativa, porém sem usar a devida velocidade pelos lados do campo, o que facilitou a malha de marcação pontepretana.
PÊNALTI
No segundo tempo, enquanto a Ponte Preta 'cozinhava o galo' para administrar o empate sem gol, o Náutico tomou iniciativa, apesar da falta de qualidade de sua peça ofensiva.
Todavia, em lance casual de finalização de fora da área, do atacante Hélio Borges, a bola tocou no braço do volante Léo Oliveira, da Ponte Preta, dentro da área, e após indicação do VAR, o árbitro Alex Gomes Stefano confirmou a marcação do pênalti.
Foi quando o centroavante Bruno Mezenga bateu forte e rasteiro na bola, no canto esquerdo, com o goleiro Diogo Silva caindo no lado direito, aos 24 minutos, com quatro de paralisação.
MIGUEL
Restava ao Náutico recuar para administrar a vantagem, enquanto a Ponte Preta se lançou ao ataque.
Aí, mais uma vez o treinador Marcelo Fernandes acreditou em garotos da base, como Miguel e Gustavo Telles.
E sem que a Ponte Preta criasse chances reais no ataque, aos 48 minutos do segundo tempo, em bola cruzada da esquerda, através do meia Serginho, o garoto Miguel marcou o gol de empate.
Ele apereceu livre de marcação, em descuido do zagueiro Rayan - que havia substituído o lesionado Índio -, para testar a bola que seguiu mansamente ao canto esquerdo.
Esse é o lance típico que o saudoso preparador de goleiros Dimas alertada os seus comandados para correrem na bola, e não saltarem.