De repente, a gente que convive com a pobreza técnica de uma Série C do Brasileiro acaba agraciado com o futebol refinado do Flamengo, na goleada por 8 a 0 sobre o Vitória, na noite de segunda-feira.
E olhem que oito foi pouco.
Há se um ‘becão’ do time baiano não salvasse uma bola em cima da linha fatal!
E se a bola daquele ‘tirambaço’ de Luiz Araújo, do Flamengo, não fosse ‘devolvida’ pelo travessão?.
Foi uma noite de gols de rara beleza técnica.
Tabelas na base de um toque na bola e sair para a comemoração.
Na cara do gol, cavadinha clássica do centroavante Pedro, desnorteando goleiro adversário, diferentemente dos ‘cabeçudos’ por aí que optam por pancadas na bola sem direção.
Lamentavelmente esses caras não herdaram o talento da boleirada de outrora.
REVIVER O PASSADO
Como discordar de comentário de um torcedor ao citar que nem a Seleção Brasileira suportaria aquele futebol esplendoroso do Flamengo, de segunda-feira.
Alô velharada sexagenária e setuagenária, da qual me incluo: como nos deliciamos daquele futebol de encher os olhos das décadas de 60, 70 e até 80 do século passado!
O quão gratificante era aplaudir talentos que anteviam as jogadas e penetravam nas áreas adversárias com tabelinhas impressionantes.
Pelé e Coutinho, um inesquecível exemplo dos tempos áureos do Santos.
Calcanhar de Sócrates visando parceiro de equipe era coisa inimaginável.
O ‘estrago’ que Zico, Adílio e Nunes faziam contra defensivas adversárias – nos tempos de ouro do Flamengo – pode ser revivido nesta goleada sobre o Vitória.
É extremamente gratificante conferir uma aula de futebol, como esta mostrada pelo Flamengo, na segunda-feira passada.