Parte significativa da torcida bugrina está soltando rojões com a contratação do meia Diego Torres, um argentino canhoto que em novembro próximo vai completar 35 anos de idade.
Por prudência, deixo no ar a interrogação sobre qual Diogo Torres está chegando ao Guarani: aquele meia com privilegiada visão de jogo para lançamentos e homem da bola parada dos tempo de CRB, no triênio a partir de 2020, ou o Diogo Torres reserva do Vila Nova nas últimas partidas do clube na Série B do Brasileiro?
RESERVA
Quem se dispuser mapear as quatro rodadas derradeiras do clube goiano na competição vai constatar que ele não entrou na derrota para o Remo por 2 a 0, no Pará, o mesmo ocorrendo quando o seu então clube recebeu e venceu o Athletico Paranaense por 2 a 1.
Na penúltima partida do clube na competição, na derrota por 1 a 0 para o Cuiabá, no Mato Grosso, ele esteve no banco e substituiu o meia Miticov, no transcorrer da partida.
Já na última apresentação do Vila Nova, na derrota em casa para o Novorizontino por 1 a 0, o nome dele não foi citado na ficha técnica do jogo.
Aí fica a inevitável pergunta: por que não tinha vaga entre os titulares do Vila Nova?
CONTRATO
E se o clube goiano ocupa a oitava colocação na Série B do Brasileiro e tem objetivo de acesso ao Brasileirão, por que concordou com o rompimento do contrato?
Seria por questão salarial, visto que lá ganhava cerca de R$ 100 mil mensais?
Conseguirá, no Guarani, repetir aquelas performances aceitáveis dos tempos de CRB?
Oxalá consiga, pois se não convencer será criado duplo problema: a inevitável ‘ciumeira’ de parceiros do elenco e a longevidade do contrato até o final da próxima temporada.
Logo, tem-se que convencionar o Guarani se recuperando na pontuação desta Série C e até garantir classificação à segunda fase, pois do contrário o clube e empresários – na parceria para trazê-lo – terão que arcar com salários sem usá-lo a partir do final de agosto.