Não é motivo para alarme após esta derrota do Guarani para o São Bernardo por 1 a 0, na tarde/noite deste sábado, em Campinas.
No futebol, quem conta com equipe mais organizada em campo, e coragem para propor o jogo, como o São Bernardo, teoricamente tem mais chances de levar vantagem.
Apenas a voluntariedade do Guarani é pouco para mudar a cara da equipe de uma hora para outra.
O jeito é dar tempo ao tempo para que o treinador Marcelo Fernandes busque ajustar as ‘peças’, e mais discernimento para que o seu atacante João Victor tenha lugar entre os titulares, considerando-se a nulidade ofensiva de companheiros dele.
BOTAFOGO (PR)
Teve torcedor bugrino que se entusiasmou com a vitória sobre o Botafogo da Paraíba por 2 a 1, na rodada anterior, mas antes mesmo daquele jogo, neste espaço, fiz a observação que o momento era pra aproveitar a deficiente defesa adversária e sair da lanterna.
Dito e feito.
Também foi citado aqui, no transcorrer desta semana, que agora a dificuldade seria bem maior, e quem acompanhou o comportamento do São Bernardo naquele empate com o Londrina, sem abertura de contagem, de certo teve a mesma linha de raciocínio.
OUTRA CARA
A radiografia do São Bernardo era de equipe que valoriza a saída de bola de seu campo defensivo, que troca passes com transição bem desenhada ao campo ofensivo, e cria chances.
Logo, a tendência natural seria que propusesse o jogo, mesmo na condição de visitante, porém consciente que após estabelecer a vantagem deveria abaixar as linhas a partir dos 20 minutos do primeiro tempo.
De que adianta o Guarani ter a posse de bola se carece da capacidade de criação?
Assim, fica rolando-a de um lado ao outro sem objetividade e, ao se aproximar da meta adversária, faz uso indevido do ‘chuveirinho’ contra zagueiros altos que se prevalecem no cabeceio.
JOÃO VICTOR
Foi assim até os 22 minutos do segundo tempo, quando teve mais presença nas proximidades da área do São Bernardo, basicamente em decorrência da boa performance do atacante João Victor.
Entretanto, isso não significou criação de oportunidades, exceto em um arremate do volante Nathan, que exigiu a única defesa na partida do goleiro Júnior Oliveira, aos 19 minutos.
Pois o mesmo Nathan provocou a expulsão em entrada violenta sobre o volante Emerson Santos, do São Bernardo, e com um homem a menos, a partir dos 22 minutos, o Guarani desapareceu em campo.
GOL DE PEDRO FELIPE
O São Bernardo foi melhor durante o primeiro tempo, pois além de chegar ao gol, através do meio-campista Pedro Felipe, ainda teve a chance de ampliar a vantagem em arremate do atacante Felipe Azevedo, que exigiu defesa difícil do goleiro bugrino Andrey, no canto esquerdo, aos 47 minutos.
A princípio, as duas equipes se dispuseram a propor o jogo, mas enquanto o Guarani não ameaçava a meta do goleiro Júnior Oliveira, nos primeiros 12 minutos o São Bernardo concluiu jogadas duas vezes.
Primeiro através do zagueiro Rafael Forster, que estava avançado, aos cinco minutos, e exigiu defesa no reflexo do goleiro Andrey.
Depois, quando o meio-campista Foguinho apareceu pelo lado esquerdo do ataque e fez um cruzamento que mais parecia arremate direito à meta bugrina, quando apareceu Pedro Felipe no acompanhamento da jogada e concluiu: 1 a 0 São Bernardo.
Se até os 20 minutos do primeiro tempo o clube visitante se dispôs a continuar atacando, depois disso optou por recuar as linhas, até porque o Guarani passou a ter mais presença ofensiva, mas isso não implicou em criar chances.
Pelo contrário, foi o São Bernardo quem teve a chance de ampliar a vantagem aos 47 minutos, quando, já dentro da área, Felipe Azevedo finalizou no canto esquerdo, ocasião que o goleiro Andrey apareceu mais uma vez para praticar defesa difícil.
FLORESTA
Na sexta rodada da competição, o Guarani vai ao Nordeste para enfrentar o Floresta, sábado que vem, a partir das 17h, na cidade de Horizonte, no Ceará, localizada a 40 quilômetros de Fortaleza.