Eu entendo a dureza da ‘reportaiada’ de Campinas enfrentando semana longa sem jogos, e basicamente repetição do noticiário.
Já passei por isso e o tempo me ensinou a busca de pautas alternativas, sem que perca ligação direta com Guarani e Ponte Preta.
Você sabia que o Guarani teve prejuízo financeiro no jogo contra o Botafogo da Paraíba, no Estádio Brinco de Ouro?
Esse é o risco de se reduzir substancialmente o preço do ingresso.
Em vez dos R$ 60 de praxe, a redução drástica para R$ 20 e R$ 10 à chamada meia-entrada, como preço padrão, principalmente para cabeceiras, resultou em prejuízo de R$ 11.286,83.
Mesmo abaixo do Tobogã os ingressos foram diferenciados de R$ 20 a R$ 40.
Assim, o público pagante foi de apenas 3.006, proporcionando a renda de R$ 47.840.
Como as despesas atingiram R$ 59.126,83, ‘deu ruim’, hein Guarani?
Só o pagamento para deslocamento de ambulância ao estádio teve custo de R$ 4 mil.
Conforme informação do site oficial do Guarani, os preços dos ingressos serão mantidos para o jogo do próximo sábado, diante do São Bernardo, sem que seja disponibilizado o Tobogã.
PONTE PRETA
Diretoria da Ponte Preta adotou a mesma postura de ingresso barato quando recepcionou o Anápolis, sábado passado.
Bilhete de arquibancada custou R$ 20 a inteira e R$ 10 a meia.
Embora surpreendentemente o público atingiu 5.442 pagantes, a renda bruta atingiu R$ 83,660.
Aí, quem se atentar para as despesas obrigatórias vai constatar que entre arbitragem, assistentes e delegado foi desembolsada a importância de R$ 8.242,19. E mais: delegado do jogo levou R$ 931.
Todas as despesas totalizaram R$ 75.864,54.
Logo, conclui-se que a renda líquida da Ponte Preta foi de R$ 7.795,46.
Então, como fazer futebol com uma ‘merreca’ dessa?
Sim, dirão que o clube não vive de bilheteria, que é compensado por publicidades e verba da CBF, mas convenhamos que uma boa arrecadação ajuda.
Não é o caso de se rever preço de ingresso pouco superior a dois chopes?