Arriscar no ataque, eis o modelo para o Guarani suplantar o Botafogo (PR)
Claro que a nova comissão técnica do Guarani – agora comandada pelo treinador Marcelo Fernandes -, acompanhou a vitória dos reservas do Flamengo sobre o Botafogo da Paraíba por 1 a 0, no Maranhão, na noite da última quinta-feira.
O que esperar desta ‘gente nova’ no Guarani, para enfrentar a equipe botafoguense do Nordeste, a partir das 19h deste domingo, em Campinas?
Cada qual pensa de um jeito, mas ficou muito claro que a peça ofensiva do adversário não coloca medo num sistema defensivo relativamente organizado.
AVANÇOS DE LATERAIS
Seria a defesa bugrina medianamente organizada para se expor, com seguidos avanços de laterais?
Eis aí a primeira questão para o mandante colocar em prática proposta equilibrada, porém com ganância ofensiva, visando a construção da primeira vitória nesta Série C do Brasileiro.
Claro que é plenamente compreensível não haver termos de comparação entre reservas do Flamengo e titulares do Guarani, mas o modelo que o treinador Felipe Luís colocou em prática para o ‘Mengão’, na quinta-feira, poderia perfeitamente ser repetido pelo estreante Marcelo Fernandes, até a construção da vantagem.
ESTRATÉGIA
O que fez Felipe Luís?
Deu uma ‘espaçada’ na distribuição de sua equipe, no campo ofensivo, de forma que as duas beiradas ficassem sempre preenchidas.
Como o Flamengo rodou a bola com reduzidos erros de passes, automaticamente exigiu concentração do adversário em marcação por dentro, por vezes deixando livre espaços pelo menos em uma das beiradas.
Assim o Flamengo criou as melhores chances de gols, através de bolas cruzadas e mal aproveitadas pelos seus atacantes, quer em erro de pontaria, quer não explorando rebotes de um goleiro ‘mão de alface’ como Michael Fracaro, exceto no lance que resultou no gol da vitória, anotado pelo garoto Joshua, aos 39 minutos do segundo tempo.
TÁ PREPARADO?
Diante do cenário, a questão que se coloca é se o Guarani estaria preparado para colocar em prática um plano de jogo mais ousado?
Desajustes defensivos do Botafogo da Paraíba ficaram claros, embora o clube ainda não tenha sofrido gols em três jogos da Série C.
Resta saber se de repente, num piscar de olhos, uma equipe com nulidade ofensiva – como a bugrina -, sai da estaca zero.