MEMÓRIAS DO FUTEBOL
CADÊ VOCÊ?
INFORMACÃO

Atletas sondados de clubes do Paulista da A2 carecem de lapidação na base

  • 25/03/2025

Exceto Corinthians e Palmeiras, que decidem o título paulista na quinta-feira, demais clubes do Estado se preparam às competições nacionais das diferentes divisões, e por isso a maioria mira nos protagonistas desta semifinal do Paulista da Série A2, que buscam vagas de acesso ao Paulistão de 2026.

Logo, vários clubes estão de olho em eventuais atletas que possam reforçá-los, mas cabe uma observação indispensável: parte significativa deles não teve participação em categorias de base qualificadas, e observa-se que alguns – embora tenham chamado atenção – ainda precisam ser lapidados no profissional.

Nos tempos que o saudoso lateral-esquerdo Santos e o atacante Tuta comandavam juvenil e juniores da Ponte Preta, o atleta chegava quase pronto ao profissional.

O mesmo se aplicava ao Guarani quando Adaílton Ladeira treinava os juniores, e o ex-zagueiro Cidinho o juvenil, na década de 70.

MARINHO

Um exemplo típico de jogador sem o devido acabamento na base é o chamado segundo volante Marinho, do Taubaté.

Em termos de ocupação de espaço no campo, corre tanto como corria Toninho Cerezo, mas em condições técnicas infinitamente inferiores.

E por que isso?

Tivesse Marinho professores na base como os citados, evitaria tentativa de condução e perda de bola, ao tentar se livrar de mais que um adversário.

Com Cidinho, aprenderia que após o desarme – fundamento que Marinho bem aplica – a cabeça já deveria estar erguida para o passe, incontinenti.

Sobre passe, o atleta também comete erros que poderiam ser corrigidos se tivesse treinamento específico para cálculo da força a ser colocada na bola, de acordo com a distância.

Como o atleta é magro, 1,68m de altura, exploraria melhor a invejável intensidade física.

Um jogador como o volante Marinho, coordenado pelo saudoso treinador Zé Duarte, teria ganho considerável no condicionamento técnico, pois ele tinha uma especialidade ímpar para trabalhar com jogadores que precisavam ser lapidados.

Zé Duarte melhorava o reflexo do atleta para, após o desarme, já vislumbrar colocações de companheiros, coisa que hoje a maioria dos treinadores ignora.

Quando dos recuos exagerados e desnecessários de bola, como ocorrem atualmente, Zé Duarte gritava ‘bola pra frente’.

ÂNGELO LUIZ

Com citações feitas sobre treinadores, comecem a observar o trabalho de Ângelo Luiz, que comanda o Anápolis.

Além da experiência como atleta, quando atuava como centroavante, foi preparador físico, o que facilita perfeita radiografia do condicionamento dos atletas neste quesito.

Assim, sem badalação, Ângelo Luiz levou o Anápolis à disputa do título goiano, após eliminar Atlético Goianiense na semifinal, e abrir vantagem de dois gols contra o Vila Nova na grande final.

Mais postagens

Berico, uma história do Guarani ao Flamengo

Essa história de paralisação de um campeonato como a Série C do Brasileiro, em respeito à data FIFA, não casa bem em competição que nada

Saiba mais

Qual Diogo Torres está chegando ao Guarani? Aquele do CRB ou do Vila Nova?

Parte significativa da torcida bugrina está soltando rojões com a contratação do meia Diego Torres, um argentino canhoto que em novembro próximo vai completar 35

Saiba mais

Brasil soube se defender e fez por merecer o empate contra o Equador

Quem diria que chegasse o dia de a Seleção Brasileira comemorar o empate sem gols contra o Equador, em Guayaquil, pelas Eliminatórias da Copa do

Saiba mais

Cadê a caixinha dos atletas? Elas previam multas pesadas

Na entrevista coletiva de segunda-feira, o treinador Alberto Valentim foi perguntado qual o procedimento da comissão técnica em relação a terceira expulsão do volante Dudu

Saiba mais
Page1 Page2

Comentário

  • março 25, 2025
    Léo - PR

    Ari Angelo Luiz já treinava o time do Anápolis campeão da série D ano passado contra o Maringá.

  • março 25, 2025
    Carlos Alberto Agostinis

    Achei os dois zagueiros do primavera muito bons , tanto por cima , como por baixo , não deram chances , só em um lance do primeiro tempo que o cara do Taubaté chegou pelas costas dele , tirando isso o Taubaté não fez nada …e ainda ganhou um pênalti que o goleiro pegou …

  • março 25, 2025
    João da Teixeira

    E falando em seleção, o Raphinha em entrevista à Romario TV do Baixinho tetra campeão concordou que o jogo terá que ser “porrada neles”, o que trouxe um certo mal estar aos argentinos que reagiram. Não precisava nada disso, ainda mais jogando na casa do adversário, tanto porquê o Brasil nem pra isso serve. Agora já entra dando armas para o inimigo vir com truculência na partida. Felipe Melo foi favorável ao comentário do Raphinha, o brucutu de outras épocas disse que se o Brasil quer ganhar o jogo, tem que ser bem por aí…

  • março 25, 2025
    Profeta da Tribo

    Concordo. Treinar times como Flamengo ou Palmeiras, que só contratam jogadores prontos, é uma coisa. Agora, em times como o Guarani, o buraco é mais embaixo. O treinador precisa saber aprimorar o jogador, para que ele dê retorno em campo e possa ser vendido depois.

  • março 25, 2025
    João da Teixeira

    Se na seleção tem jogadores crus no trato com a bola e na criação de jogadas, imaginem nas divisões de baixo do Paulista, que outrora era o berço do nascimento de craques. O Ari enaltece os treinadores da velha guarda, mas pudera, tinha craques aos borbotões na hora que queria e esse tal de Ladeira, era um que escolhia ao seu bel prazer quem jogava ou não, nem sempre fazendo a melhor escolha na qualidade, e sim os que batiam com o “seu santo”. Excluo esse dos melhores traineiros de base da velha guarda.

    • março 25, 2025
      Ariovaldo Izaq

      TÁ BOM, JOÃO. ENTÃO VAMOS LÁ. QUANDO O VOLANTE RÉGIS FOI PROMOVIDO AO PROFISSIONAL DA PONTE PRETA, JA ERA UM JOGADOR PRONTO? TREINADOR CARBONE FOI MELHORANDO A CONDIÇÃO DO ATLETA. E O MEU XARÁ ARIOVALDO, NO GUARANI? EMBORA LAPIDADO POR LADEIRA, ZE DUARTE TEVE QUE CORRIGIR DEFEITOS DO JOGADOR. NÃO QUEIRA ME CONTRAIAR SOBRE UM ASSUNTO QUE EU VIVI IN LOCO NOS ANOS 70 E 80. A BASE DAVA UMA PASSO SIGNIFICATIVO E O PROFISSIONAL COMPLEMENTAVA

      • março 25, 2025
        João da Teixeira

        Quero dizer que hoje o treinador tem que ensinar até jogar futebol, antes era corrigir defeitos de posicionamento e não ser fominha, qdo o jogador era bom, mas individualista. Hoje o treinador tem que ensinar até “matar” a bola, não dar de canela etc, tudo bem diferente o passado do presente, era bem mais fácil. Hoje o treinador recebe jogador que foi contratado através de uma fita de vídeo, põe ele em campo e não é nada daquilo. Toca o treinador dar um jeito de fazer jogar, ainda porque os piores é os de empresários que ajuda com dinheiro o time, aí tem que jogar na marra…

Deixe um comentário para João da Teixeira Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Facebook-f Twitter Tumblr Instagram

© 2024 FUTEBOL INTERIOR