Foi uma noite de sofrimento para o torcedor pontepretano, que viu a classificação às quartas-de-final do Paulistão escapar pelos ‘vãos dos dedos’.
A derrota por 2 a 0 para o Bragantino e vitória do Palmeiras por 3 a 2 diante do Mirassol transformaram em balde de água fria, pois o clube dependia exclusivamente de si para atingir o objetivo, e se juntar ao São Bernardo, já classificado.
GOL RELÂMPAGO
Aí, por capricho do destino, justamente quem adotou rigoroso esquema defensivo ao longo da competição – caso da Ponte Preta – sofreu gol com um minuto de jogo, na segunda jogada ofensiva do Bragantino, ocasião em que o meia Jhon Jhon finalizou, a bola resvalou no pontepretano Emerson e traiu o goleiro Diogo Silva, em direção ao canto esquerdo.
Foi o bastante para que a Ponte Preta, empurrada por seu torcedor em Campinas, na noite deste domingo, mudasse a sua característica e optasse pelo ataque.
Problema é que a equipe está condicionada ao modelo único de se defender e contra-atacar.
Tendo que tomar iniciativa – na busca para reverter o quadro -, o time pontepretano não soube usar os corredores do gramado em velocidade, assim como não dispõe de meio-campistas qualificados para colocar atacantes em condições de definir jogadas.
Como o Bragantino recuou as suas linhas e fechou bem os espaços, ora jogadores da Ponte Preta erravam passes na tentativa de infiltração, ora tocavam a bola lentamente à procura de atalhos, que não encontravam.
E os visitantes ainda se articulavam rapidamente nos contra-ataques, um deles em lance duvidoso, ocasião que o árbitro Flávio Rodrigues de Souza interpretou como pênalti a disputa de bola do zagueiro Saimon, da Ponte Preta, com o atacante Vinicinho.
Lucas Evangelista foi o encarregado da cobrança e ampliou a vantagem do Bragantino para 2 a 0, aos 30 minutos, com chute rasteiro no canto direito do goleiro Diogo Silva.
De prático à Ponte Preta, durante o primeiro tempo, apenas duas finalizações de fora da área do volante Lucas Cândido, com defesas do goleiro Cleiton.
OUVIDO NO PALMEIRAS
Como a Ponte Preta não dava mostras de reação, apesar de maior intensidade ofensiva, já com o centroavante Bruno Lopes em campo, coube ao seu torcedor se preocupar com informações sobre o jogo em que o Mirassol começou perdendo para o Palmeiras, mas se entusiasmou quando chegou ao empate.
Em seguida o desânimo com o ‘Verdão’ passando à frente do placar, mas o gol de empate de cabeça, através do centroavante Léo Gamalho, aos 35 minutos do segundo tempo, encorajou o magoado pontepretano a se manifestar, na expectativa que a vaga pudesse ser obtida, mesmo com a derrota em Campinas.
Todavia, aquela alegria durou pouco.
Mesmo com dois jogadores do Mirassol caídos no gramado, a árbitra Edina Alves Batista não paralisou a partida e, na continuidade da jogada ofensiva do Palmeiras e cruzamento, Allan converteu o gol da vitória: 3 a 2,
COPA DO BRASIL
Não fosse a participação na Copa do Brasil, com estreia já na próxima quarta-feira, no interior catarinense, contra o Concórdia, a Ponte Preta teria que aguardar 48 dias para voltar a jogar partida oficial, e já pela Série C do Campeonato Brasileiro.
MEMÓRIAS DO FUTEBOL
Nos anos 60 e 70 do século passado, com prevalecimento de volantes de qualidade técnica, lá estava Badeco, que ganhou ênfase na carreira atuando pela Portuguesa.
E quando parou de jogar, já formado em Direito, passou em concurso para delegado da Polícia Federal.
Ele é o personagem da semana do quadro de áudio Memórias do Futebol, que pode ser acessado neste link: https://blogdoari.futebolinterior.com.br/.