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Cinco anos sem o treinador Cilinho

  • 29/11/2024

O 28 de novembro de 2019 marcou a morte do treinador Otacílio Pires de Camargo, o Cilinho, aos 80 anos de idade.

Uma semana antes do Carnaval de 2018 telefonei para Cilinho propondo que colocássemos a resenha em dia sobre esse inesgotável assunto chamado futebol, mas ele estava de malas prontas para o Rio de Janeiro, com missão de também ultimar preparativos da Escola de Samba Acadêmicos de Salgueiro, a convite dos diretores.

AVC

Demorei pra retomar o contato, e neste hiato, já na primeira quinzena de abril daquele ano, ele sofreu AVC (acidente vascular cerebral) e foi internado em estado grave no Hospital da PUC-Campinas.

De certo Cilinho teria muito a contar sobre o empobrecimento do futebol brasileiro, com essa europerização que burocratizou demais a boleirada. Não deu tempo.

PERDA DA FALA

Três meses depois de receber alta hospitalar, estava lúcido, mas com paralisação do lado esquerdo do corpo e perda da fala. Aí ocorreu preparo psicológico para que assimilasse aquela situação, com estágio lento de recuperação.

Depois fui informado que ele já balbuciava, o que dava esperança de retomar a comunicação verbal. Todavia o destino estava traçado. Amigos próximos informaram que o estado de saúde era irreversível, e dona Priscila, esposa dele, esteve sempre presente até o último momento, quando na varanda de sua residência, em condomínio no distrito de Sousas, em Campinas, morreu sentado em poltrona.

DOBRADINHA

Assim, além da convivência formal e informal com Cilinho desde a década de 70, a última vez que nos encontramos foi a convite dele, para que saboreasse uma dobradinha preparada exclusivamente por ele, o cozinheiro, ainda na década de 90 do século passado.

Da resenha, a sobremesa foi conceito de futebol, quando Cilinho disse que iria abolir terminantemente os chamados chuveirinhos.

SACOU NELSINHO BAPTISTA

Claro que o mestre discorria sobre diferentes temas, sem se vangloriar que em 1970 abdicou de um lateral-direito para que a Ponte Preta ganhasse mais um atacante, na troca, num dérbi campineiro, no Estádio Brinco de Ouro.

Na ocasião, sacou Nelsinho Baptista, lateral-direto de marcação, em transcorrer daquele jogo, para colocar o ponteiro-direito Vicente.

Lateral descoberta? Não. Zagueiro Samuel era incumbido de fazer a cobertura.

Quem, em sã consciência, àquela época, teria tamanha ousadia?

Coisa de Cilinho, capaz de deixar até o meio-campista Falcão na reserva nos tempos de treinador do São Paulo.

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Comentário

  • novembro 29, 2024
    .Léo/PR

    Ari o Guarani continua o mesmo com relação a montagem de elenco, aí as vésperas de iniciar o campeonato descarrega um busão cheio de perna de pau, aí tem jogador estreando depois da metade do campeonato, infelizmente o Guarani não anda mais com as próprias pernas pelos incompetentes que vão continuar lá dentro, não tem mais pra onde correr tem que arriscar numa SAF, pior do que está não vai ficar.

  • novembro 29, 2024
    João da Teixeira

    Ele gostava mais de ser carnavalesco do que treinador, apesar das coisas serem mais ou menos intrinsicamente ligadas. O carnaval o levou ao futebol e o futebol o levou a fama. O professor Pardal do futebol inventava, algumas invenções davam certo, outras nem tanto.

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