Na entrevista pós-jogo contra o Botafogo, visivelmente nervoso, o treinador Allan Aal, do Guarani, desabafou contra jogadores que cometeram falhas nos gols sofridos e não poupou até quem perdeu gol que selaria a vitória bugrina.
Neste caso, embora evitasse citar nome, o indicado para vestir a carapuça foi o atacante Caio Dantas.
Isso sugeriu que fizesse repercussão sobre a entrevista, ocasião que contesto o antigo discurso de comandante na linha de ‘eu ganhei, nós empatamos e eles perderam’.
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NOVE DE DIFERENÇA
Tocar futebol não é coisa tão simplista para curiosos no meio, como o presidente do Guarani André Marconatto, ao se licenciar de um cargo que sequer deveria ter assumido, justificando problema de saúde.
O Conselho de Administração também informa o desligamento do então homem forte do clube Ricardo Moisés.
Por sinal, os senhores custaram pra detectar o óbvio: além dele não ser da bola, sequer tem humildade para avaliar a validade de contratação de jogador questionável.
Neste espaço reproduzi informações da mídia goiana que a torcida do Atlético Goianiense não queria a volta do lateral-esquerdo Jefferson, por deficiência técnica.
Moisés sequer quis confirmar a procedência daquela informação, trouxe o atleta, e agora constata o custo de tanta prepotência.
Fica a lição para conselheiros do Guarani avaliarem com critério a procedência de chapas que se habilitam a gerir os destinos do clube.
DESCRENÇA
Basta interagir com torcedores bugrinos para constatar a descrença geral sobre salvação do rebaixamento desta Série B do Brasileiro.
Afinal, agora subiu para nove pontos a diferença do Guarani para o primeiro clube fora do Z4, caso da Chapecoense, que soma 34 pontos.
Embora a equipe bugrina não tenha mostrado motivos para que o seu torcedor ainda tenha crença, futebol é imprevisível e não nos esqueçamos que o Guarani de 1997 estava virtualmente rebaixado naquele Brasileirão, com 99% de possibilidade, mas conseguiu sobreviver após a contratação do saudoso treinador Oswaldo Alvarez, o Vadão.
Na ocasião, ele sequer poderia empatar um dos três jogos de complemento e venceu todos.
À época, aplicou goleada por 4 a 1 sobre o Grêmio, no Estádio Olímpico. Depois venceu o União São João por 1 a 0, em Araras. Por fim, passou pelo Vasco por 3 a 2, em Campinas.
DUAS RODADAS
Agora, o termômetro para ainda manterem ligados os aparelhos de sobrevivência do Guarani na Série B tem data: o próximo dia 20, quando vai duelar contra a rival Ponte Preta, no Estádio Moisés Lucarelli.
As duas próximas rodadas da Série B do Brasileiro serão decisivas para se avaliar se o caso Guarani ainda tem salvação.
Seria ele capaz de somar seis pontos nos jogos contra CRB e Ponte Preta?
Talvez essa seja a única alternativa para que ainda se mantenha vivo na competição.
Nesta projeção chegaria aos 31 pontos, e ainda assim a classificação só ficaria embolada caso ocorram combinações de resultados.
TORCER CONTRA
Neste sábado, teria que torcer por tropeço da Ponte Preta para o Ceará, e que o Operário surpreenda o Botafogo, mesmo com a partida programada para Ribeirão Preto.
Na segunda-feira, um empate entre Brusque x Ituano serviria para segurar ambos, que pulariam para 31 e 32 anos, respectivamente.
E, na 32ª rodada, não bastaria apenas uma vitória sobre a Ponte Preta.
A torcida dos bugrinos, na quarta-feira que vem, seria para o Santos vencer a Chapecoense, mesmo na condição de adversário.
No confronto Brusque e CRB, sexta-feira da próxima semana, o melhor seria um empate.
Já no sábado subsequente, que o Ituano tropece ao recepcionar o Ceará e, no dia seguinte, o Botafogo escorregue ao enfrentar o Sport, em Recife.
Como a probabilidade é remota para que ocorra essa perfeita combinação de resultados, é possível que na 33ª rodada, quando viajar a Recife para enfrentar o Sport, o Guarani já esteja praticamente rebaixado.