Cabe inicialmente esclarecer que jogos em sequência dos clubes de Campinas praticamente impedem o colunista no desdobramento de dupla cobertura.
Assim, foi priorizada análise da derrota do Guarani para o Operário e, na possibilidade de rever o vídeo do jogo Ponte Preta x América Mineiro, também será feito o registro.
Que jogo esquesito e com incríveis variações este que o Operário venceu o Guarani por 1 a 0, na noite desta terça-feira em Ponta Grossa, interior do Paraná.
O bugrino sentiu sensação estranha quando viu o seu clube ser dominado pelo Operário até 25 minutos do primeiro tempo, ocasião que já havia sofrido risco de gol em finalização do lateral-esquerdo Pará, porém em cima do goleiro Pegorari, que praticou defesa aos 12 minutos.
E quando o Guarani equilibrou a partida, passou a ter mais presença no campo ofensivo, também criou chance real de gol, nos pés do atacante João Victor.
Ao ser lançado pelo meia Luan Dias, ele ficou cara a cara com o goleiro Gabriel Mesquita, que fechou o ângulo e praticou a defesa, aos 30 minutos.
E aquele melhor momento do Guarani poderia ter sido refletido em gol em jogada pessoal de Luan Dias, com chute em curva e bola passando bem perto do poste direito de Gabriel Mesquita, aos 48 minutos.
PÊNALTI E GOL
Quando o Guarani dava continuidade no ritmo de jogo de toque de bola e incursões seguidas ao campo ofensivo, esbarrava no bom esquema de marcação do volante Índio e principalmente dos zagueiros Alan Godoy e Jeseph, que impediam penetrações dos jogadores bugrinos.
E quando o Operário estava encurralado em campo defensivo, numa das escapadas ao ataque a bola se ofereceu ao atacante Daniel Lima que arriscou chute forte à meta do goleiro Pegorari, com desvio no braço aberto do zagueiro Matheus Salustiano, em pênalti indiscutível e convertido pelo meia Boschilia aos 18 minutos, após quatro de paralisação.
O lance provocou muitas reclamações dos jogadores bugrinos, que depois da desvantagem no placar se desesperaram com seguidas reclamações.
MARCELINHO E HEITOR
Coube, então, ao treinador bugrino Allan Aal tentar incursões positivas de seu time com mexidas no corredor do lado direito.
Acertadamente sacou o apagado atacante Marlon Maranhão para entrada do estreante Marcelinho, que nada acrescentou.
A troca na lateral-direita de Pacheco por Heitor também não provocou resultado prático.
RAFAEL GUANAES
Pensou melhor o treinador do Operário, Rafael Guanaes, ao oxigenar o meio de campo, principalmente com a entrada de Jacy no lugar do já desgastado Índio.
A escolha do atacante Felipe Augusto no lugar de Boschilia também implicou em sua equipe segurar a bola mais tempo no campo ofensivo, o que mudou radicalmente a configuração da partida.
De dominado, o Operário voltou a dominar e criar chances.
Ronald perdeu gol feito, na cara do gol, ao chutar a bola para fora.
Depois, o atacante Daniel Lima exigiu defesa digna de registro de Pegorari, em cabeçada com endereço das redes.
Em cochilada do zagueiro Edell – que ocupou o lugar de Bacelar – com perda de bola para Felipe Augusto, eis que o Operário teve mais uma chance de ampliar a vantagem, mas o chute rasteiro foi em cima do goleiro, que praticou a defesa.
Por fim, já aos 42 minutos, em cabeçada do zagueiro Joseph, novamente apareceu Pegorari para praticar defesa.
REINALDO
Ora, se naquela altura o Operário mandava no jogo, como esperar qualquer tentativa de reação do Guarani com o seu atacante Reinaldo provocando expulsão ao ofender a bandeirinha?
Logo, o árbitro Paulo Henrique Schleich Vollkopf não titubeou em expulsá-lo, aos 44 minutos.
E o agravante, para o Guarani, foi logo em seguida ter ficado no gramado com dois jogadores a menos, com a lesão no tornozelo de Luan Dias.
Pelas falhas defensivas e Pegorari como o melhor jogador em campo do Guarani, para evitar placar mais elástico, está claro que o resultado do jogo não pode ser contestado, que o mantém na lanterna desta Série B do Brasileiro, com 24 pontos.