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Saudoso zagueiro Waldir Vicente, da Ponte Preta, sabia fazer ‘passe’ de cabeça

  • 20/09/2024

O próximo 31 de outubro marca o terceiro ano da morte do ex-quarto zagueiro Waldir Vicente, mineiro de Araxá que passou pela Ponte Preta de 1971 a1973, estreando em dérbi campineiro na vitória por 1 a 0, gol do ex-meia Dicá, no Estádio Moisés Lucarelli.

Na ocasião, a equipe era dirigida pelo saudoso treinador Cilinho e contava com essa formação: Wilson Quiqueto; Nelsinho Baptista, Samuel, Waldir Vicente e Santos; Teodoro e Mosca; Alan (Manfrini), Dicá, Pedro Paulo (Ditinho) e Adílson.

Waldir Vicente morreu em São Paulo, aos 78 anos de idade, cidade que iniciou a carreira no futebol através do Nacional Atlético Clube, a partir de 1958, nas categorias de base.

SELEÇÃO JUVENIL

Em 1963, na iminência de se profissionalizar, foi recompensado com o chamado para integrar seleção do Brasil da categoria juvenil, para disputar os Jogos Pan-Americanos de 1963, na capital paulista, resultando na conquista de título.

Entre parceiros de equipe estavam o saudoso lateral-direito Carlos Alberto Torres e ponteiro-direito Jairzinho.

No Nacional, como profissional, ficou nos três anos seguinte, e lá retornou em 1976, para os três últimos anos como atleta.

Ah, você que não é da velha guarda de certo está perguntando: quem foi esse ‘boleiro’?

Veio bem recomendado à Ponte Preta pela passagem no Paulista de Jundiaí, principalmente no ano de acesso do clube ao Paulistão em 1968, quando fazia dupla de área com Jurandir, naquela campanha invicta do clube jundiaiense, culminando com conquista do título da divisão de acesso.

PASSE DE CABEÇA

À época, Waldir Vicente se diferenciava da ‘becaiada’ por aí por ser um especialista em interceptar bola pelo alto já fazendo o ‘passe’ a companheiro de equipe nas beiradas de campo.

Se hoje zagueiros do elenco da Ponte como Mateus Silva, Sérgio Raphael e Joílson rebatem de cabeça para o lado que o nariz está virado, Waldir Vicente mostrava o diferencial ao usar o reflexo rápido para distinguir colocações de companheiros desmarcados, visando o passe.

Da Ponte Preta ele foi para o Saad Esporte Clube e, após encerrar a carreira de atleta, trabalhou na Rede Ferroviária Paulista como controlador de movimento, parte da RFFSA, de 1976 a 1993.

Depois daquele período decidiu voltar ao futebol e o Nacional reservou-lhe as funções de treinador – da base ao profissional – para posteriormente ocupar o cargo de supervisor até 2005, quando decidiu trabalhar como instrutor no Projeto Nosso Sonho, até 2012, uma parceria com a Federação Paulista de Futebol.

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Comentário

  • outubro 22, 2024
    Valdeci Ferrari dos Santos

    Um cara maravilhoso,me levou para fazer teste no nacional e me deu muitos conselhos.

  • outubro 21, 2024
    Marcos P Santos

    Parabéns pela matéria,
    Sr Waldir sempre será lembrado em nossas memórias.

  • outubro 21, 2024
    Regina Célia Vicente Nazareth

    Sou Regina Célia Vicente Nazareth . A filha mais velha do saudoso Waldir Vicente. Homem de caráter e um excelente pai e esposo. Gratidão Gratidão 🙏🏾🌹

  • outubro 17, 2024
    GUILHERME HENRIQUE LIMA VICENTE SILVA

    Meu querido e saudoso avô!
    Na época havia dois atletas com o mesmo nome. Waldir Peres era o goleiro da Ponte.

    Parabéns pelo trabalho, e por relembrar essa linda história.

  • outubro 17, 2024
    Letícia K. Vicente

    Que emoção. Sou a filha caçula do Waldir Vicente e quero agradecer de coração o artigo escrito em memória ao meu pai. Que alegria!!!!!
    Vocês são demais. Parabéns pelo trabalho!

  • outubro 2, 2024
    João da Teixeira

    Waldir Vicente e Vicente eram o mesmo jogador, né? Naquela época não tinha essa de 2 nomes pra jogador, era raro atleta ter 2 nomes. Qdo tinha, era para diferenciar de outro com o mesmo nome. Vicente jogava de 4° zagueiro e chegou jogar na lateral esquerda, ou estou enganado. Naquela época era mais difícil jogador dar xabú nas indicações para times, chegava e já ia jogando…

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