Numa empreitada para reagir das últimas colocações desta Série B do Brasileiro, ficou claro que o Guarani desperdiçou a oportunidade de trazer ponto(s) de Belém do Pará diante do Paysandu, na tarde/noite deste sábado.
É que após sustentar vantagem por 1 a 0 durante o primeiro tempo, permitiu reação do adversário, que precisou de apenas oito minutos, depois do intervalo, a fim de virar o placar para 2 a 1.
O que se coloca em ‘xeque’ é se a postura tática inicial do Guarani, de se resguardar defensivamente, com opção de explorar contra-ataques, teria sido a mais adequada.
Se o uso deste expediente não resultou em efeito prático, pelo menos conseguiu chegar ao gol inaugural da partida de outra forma, aos 20 minutos.
E foi fruto de um cruzamento do lateral Pacheco, pela direita, para cabeçada do zagueiro Bacelar, que ganhou a disputa do centroavante Nicolas e colocou a bola no canto direito do goleiro Diogo Silva.
Considerando-se a instabilidade defensiva do Paysandu, fica a dúvida se o Guarani o enfrentasse na base do ‘mano a mano’, desde o início, não teria mais chances de consolidar a vantagem ainda no primeiro tempo.
DEFESA ‘ESPANA’
Por que a abertura desta discussão sobre postura tática do Guarani?
Quando se observa maior volume ofensivo do adversário, falhas comprometedoras têm se tornado rotineiras no compartimento defensivo bugrino, ‘espanando’ a bola, por vezes em rumo.
Se o goleiro Vladimir praticou duas defesas em finalizações do atacante Esly Garcia e outra em chute do lateral-esquerdo Kevyn, falhou por ocasião do gol de empate do Paysandu, ao rebater bola rasteira cruzada pelo lateral-direito Edílson, que se ofereceu à conclusão certeira de Jean Dias, no primeiro minuto do segundo tempo, paradoxalmente na primeira vez que o atleta tocou na bola.
E como o Paysandu havia persistido na pressão, em busca de virar o placar, eis que novo cruzamento de Edílson, agora pelo alto, o zagueiro bugrino Bacelar tentou a interceptação de cabeça, mas o lateral Kevyn, que acompanhou a trajetória da bola, a desviou para o gol, aos oito minutos.
Pronto!
CAIO DANTAS
A circunstância fez o Guarani tomar iniciativa ofensiva, quando até poderia ter chegado ao empate se no cruzamento do atacante Reinaldo o seu parceiro Caio Dantas não chegasse segundos atrasado para a conclusão, pois mesmo assim o arremate teve direção do poste direito do goleiro Diego Silva, aos 19 minutos.
Como naquela altura da partida o predomínio territorial era do Guarani, num chute de fora da área do volante Gabriel Bispo o goleiro Diogo Silva se esticou para difícil defesa.
E a pressão bugrina continuou através de jogadas individuais dos seus atacantes de beirada Reinaldo e Marlon Maranhense, que haviam entrado no transcorrer do segundo tempo, mas as jogadas basicamente terminavam com ‘chuveirinhos’ rechaçados por defensores adversários, sem que houvesse registro de novas chances criadas.
NICOLAS
Se o Paysandu respira mais aliviado ao chegar aos 30 pontos, quebrando sequência negativa de resultados, que resultou na demissão do treinador Hélio dos Anjos, ficou claro que Márcio Fernandes, que o substituiu, cometeu o despropósito ao escalar o centroavante Nicolas, mais uma vez apagadíssimo na jornada.
BRUSQUE E ITUANO
Já o Guarani, não bastasse ter voltado de ‘mãos vazias’ de Belém do Pará e continuar na lanterna da competição, com 21 pontos, ainda viu o Brusque se distanciar cinco dele, após vencer o Vila Nova, em Santa Catarina, por 3 a 1.
Além disso, o Ituano fez um estrago na Ponte Preta, ao goleá-la por 4 a 1, na sexta-feira, em Campinas.
Logo, nas 12 rodadas restantes do segundo turno, que o Guarani trate de cravar oito vitórias ou mais 24 pontos, para não correr risco de rebaixamento.
E o próximo desafio será na terça-feira, quando vai recepcionar o Mirassol.