Que coisa, hein gente! A Ponte Preta conseguiu nivelar por baixo o jogo contra a Chapecoense, e ao mostrar pobreza técnica irritante ao seu torcedor, na derrota por 2 a 0 em Campinas, na noite desta segunda-feira, os seus jogadores foram vaiados antes mesmo do encerramento, com gritos de time de ‘sem vergonha’.
Se é que em circunstâncias excepcionais e bem escondidinho, o bugrino até quis dar um voto de confiança à sua rival Ponte Preta, para que a situação de sua concorrente direta Chapecoense se afundasse, na roda vida da bola os catarinenses voltaram a vencer depois do jejum de dez jogos.
JEH E ÉLVIS
Claro que sem o centroavante Jeh, lesionado, a Ponte Preta perdeu a referência em seu ataque, assim como a situação ficou agravada pela ausência do meia Élvis, que nos jogos em Campinas, com exigência menor de mobilidade, tem acrescentado à sua equipe pela inegável visão de jogo.
Não se pode ignorar, todavia, que a queda de rendimento deste time pontepretano vem se arrastando neste segundo turno da Série B do Brasileiro.
O lateral-esquerdo Gabriel Risso sequer faz por merecer vaga na equipe, tanto que o treinador Nelsinho Baptista o substituiu no intervalo, dando chance para o recém-chegado Heitor Roca que procurou correr, mas praticamente pouco acrescentou.
SEM CRIATIVIDADE
Com falta de organização de jogadas pelas beiradas, sem lucidez do meio de campo para criatividade e seguidos embaraços dos jogadores da peça ofensiva, a Ponte Preta foi abusando de erros de passes e permitindo que a também limitada Chapecoense se encorajasse e, na base da correria, fosse se aproximando de sua área.
Assim, ela chegou ao gol inaugural no desdobramento de cobrança de escanteio, aos 36 minutos.
Maílton, que retornou à função de lateral-direito, levantou a bola no primeiro pau, para o cabeceio do zagueiro João Paulo, em lance que o goleiro pontepretano Pedro Rocha ficou com a visão encoberta.
TRAVE
A rigor, a Ponte só havia ‘acordado’ ofensivamente na partida aos 29 minutos, quando Renato colocou a bola para o interior da área, e ficou torcendo para quem chegasse com intenção de conferir a jogada.
Aí, o meia Dodô deu uma ‘voadora’ na bola e a direcionou contra a trave direita do goleiro Léo Vieira.
E quatro minutos depois, ainda com participação mais efetiva da Ponte Preta no campo de ataque, Gabriel Novaes ajeitou a bola para chute rasteiro do volante Castro, com defesa de Léo Vieira, cedendo escanteio.
Convenhamos que esse histórico significou performance muito pobre dos pontepretanos, naquele período.
Coube ao volante Hudson, embora excessivamente recuado, a atribuição de alongar bola, na tentativa que os atacantes dessem continuidade nas jogadas, mas não souberam prosperar.
RAMON: CHOQUE DE CABEÇA
Foi válida a tentativa do treinador Nelsinho Baptista na busca de mobilidade no meio de campo com a entrada do volante Ramon, no intervalo, mas o atleta ficou em campo apenas seis minutos, ao sofrer choque de cabeça com defensor adversário.
Como a sequência da Ponte na partida foi apenas de correria e pouca criatividade, a Chapecoense havia tido a chance de ampliar aos 21 minutos do segundo tempo, quando o zagueiro Bruno Leonardo perdeu gol feito.
COICE DE SÉRGIO RAPHAEL
No desdobramento daquela jogada, a infantilidade do zagueiro Sérgio Raphael colocou tudo a perder à Ponte Preta.
É que se desentendeu com o também zagueiro João Paulo, da Chapecoense, e apelou ao aplicar-lhe um ‘coice’ dentro da área, em atitude alertada pelo VAR, revisada pelo árbitro Caio Max Augusto Vieira, que o expulsou dois minutos depois e ainda marcou pênalti.
Aí renasceu a esperança do torcedor pontepretano na partida, quando o seu goleiro Pedro Rocha praticou a defesa, em cobrança do meia Giovanni Augusto, no canto esquerdo.
Todavia, como o volante Castro foi recuado para recomposição do miolo de zaga e a Ponte Preta não conseguiu penetrar na defensiva adversária, ainda acabou surpreendida com o segundo gol, quando o atacante Mário Sérgio apareceu livre e concluiu com sucesso aos 42 minutos.