A pergunta que não quer calar é como um jogador que já mostrou virtudes no cenário futebolístico de repente se ‘apaga’, por vezes não repetindo aquilo mostrado?
Peguemos dois exemplos ilustrativos e distintos.
Aquele Chay, meia-atacante do Botafogo (RJ) de 2021, 31 jogos e oito gols, foi disputado por grandes clubes brasileiros pela capacidade de arranque ao ataque, habilidade para se desvencilhar de adversários e visão de jogo privilegiada para colocar companheiros na cara do gol.
Lembram-se do centroavante Rafael Navarro, que se beneficiava dos passes dele, no Botafogo carioca?
Como empurrava a bola para as redes, o Palmeiras foi buscá-lo, mas, sem um Chay como parceiro de ataque, desapareceu.
Pois aquele Chay tão aplaudido desembarcou no Cruzeiro, no ano seguinte, e o que aconteceu?
Nada! Decepção.
Ano passado, o Ceará apostou que novos ares pudessem lhe fazer bem e nada, de novo.
GUARANI
Aquele histórico não desanimou a cartolada do Guarani a buscá-lo, sabe-se lá se influenciada por empresários, e torcedores desavisados se entusiasmaram, imaginando rever o Chay do Botafogo (RJ), e novamente nada.
A justificativa do atleta, à mídia de Campinas, foi que seguidas lesões atrapalharam sequência positiva no Guarani, e mesmo assim o CRB achou que por lá seria diferente e o levou.
Aí, a ausência do atleta no jogo contra o Avaí teria sido provocada por lesão na coxa, onde em Alagoas também continua devendo melhor performance.
AIRTON
Contrapondo esse histórico do Chay, aí está o atacante de beirada Airton, a principal atração no ataque do Guarani, atualmente.
Em 2020, belas partidas dele no Campeonato Paulista, pela Inter de Limeira, serviram para despertar interesses de vários clubes.
Pois o Cruzeiro chegou primeiro, o levou, e o que aconteceu?
Nada. Absolutamente nada.
O Atlético Goianiense acreditou na tese que em outro lugar poderia dar certo.
E o levou, com novas oscilações e perda da vaga de titular da equipe.
GUARANI
Quando se especulava o interesse do Guarani para trazê-lo, as evidentes oscilações não recomendavam a contratação, mas cartolas do clube apostaram na ressurreição daquele atacante da Inter de Limeira e nos calaram, para delírio do torcedor bugrino, pois ele tem entortado essa ‘becaiada’ por aí.
Como esse troço chamado futebol é misterioso!
Quando muito se espera, vem a frustração. Na projeção de desesperança, surpreendentemente reaparece a compensação.