Nas últimas edições, parceiros que acessam a seção de comentários do Blog do Ari, localizado no link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/, elencaram diversos culpados pela melancolia do futebol profissional de Campinas, e, irados, ‘esbofetearam’ até a imprensa, com justificativa de passividade com a situação, tolerância aos desmandos de dirigentes.
Epa! Incluem-me fora dessa. Passividade vírgula. Respeitosamente tenho escancarado a incompetência dessa cartolada, e isso vem se arrastando há algum tempo.
Tudo começa pela falta de reflexão de associados e conselheiros dos clubes, que colocam no comando pessoas inaptas e ficam testemunhando seguidos desmandos, sem que sejam adotadas medidas corretivas dentro dos respectivos estatutos, naturalmente sem violência.
BASE
A incompetência começa nas categorias de base, quando revelar jogador é uma exceção.
Na Ponte Preta, depois dos volantes Léo Naldi e Felipe Amaral, acrescente também o goleiro Pedro Rocha, vindo do Itapirense e lapidado na base pontepretana antes de assumir a equipe principal.
Feliphinho, outro volante, agora no Athetico Paranaense, veio do São Raimundo, de Roraima.
E parece que está tudo normal no departamento amador do clube, pois o treinador Édson Abobrão, dos juniores, continua prestigiado.
No Guarani, até que a Copa São Paulo de Juniores serviu para mostrar algumas ‘promessas’, mas o processo de lapidação não prosperou.
A citação que essa cartolada do Guarani conhece bola porque comeu almôndega quando criança, roubada do saudoso amigo Zé Bertazolli, o Zé do Pito, reflete pura realidade.
1,78M DE ALTURA
Ora, o Guarani iniciou a Série B com um grupo de atacantes cuja estatura máxima não passava de 1,78m de altura. Esqueceram totalmente que atacante também vive da bola área, e estatura precisa ser considerada.
Agora chegou Lohan, centroavante de 1,91m de altura, até porque os últimos gols de cabeça da equipe foram assinalados pelo zagueiro Bacelar e volante Anderson Leite.
A bagunça é generalizada. Uma leva dos contratados, meses atrás, já foi dispensada.
ÉLVIS
Na Ponte Preta, além da repetição de erros de contratações, ninguém consegue convencer o meia Élvis sobre a necessidade de controlar o peso, conforme exigências de competitividade do futebol atual.
A dura e necessária medida adotada pelo treinador Nelsinho Baptista, de tê-lo deixado entre os reservas, para se condicionar fisicamente na recuperação de peso, foi resumida em ‘nuvem passageira’.
Então, o futebol de Campinas carece, sobretudo, de uma escola de dirigentes, onde os professores deveriam ser Peri Chaib e Beto Zini, com passado aplaudido na Ponte Preta e Guarani, respectivamente.