Está claro que o torcedor pontepretano não tem que se iludir com coisas melhores nesta Série B do Brasileiro, além do posicionamento no meio da tabela de classificação.
Contra um adversário apenas voluntarioso e aplicado, como o Amazonas, foi derrotada por 2 a 1 na noite desta terça-feira, em Manaus.
Sem criatividade no setor ofensivo, a Ponte Preta rondou, pra valer, apenas três vezes a meta adversária.
Primeiro logo aos seis minutos, quando entrou disposta a jogar em nível de igualdade.
Assim, em bola rebatida pelo adversário, após cobrança de falta pelo meia Dodô, o volante Émerson Santos finalizou rasteiro e a bola chocou-se contra a trave direita do goleiro Marcão, do Amazonas.
Depois, quando passou a ter mais volume ofensivo, a partir dos 25 minutos do primeiro tempo, e em desvio de bola da defensiva do Amazonas, na disputa de seu zagueiro Joílson com um adversário, faltou-lhe mais precisão para chegar rapidamente na bola, visando a conclusão, propiciando que o goleiro Marcão ‘abafasse’ a jogada, aos 44 minutos.
Por fim, o lance que determinou o seu gol de honra, num dos raros contra-ataques bem organizado, com a bola se oferecendo ao lateral-direito Igor Inocêncio, que acompanhava a jogada e chutou rasteiro, quase no centro da meta, com hesitação do goleiro Marcão, aos dez minutos do segundo tempo.
ATAQUE APAGADO
Convenhamos que esse histórico é muito aquém para quem almeja chegar no pelotão de cima na competição.
Embora em alguns períodos da partida a Ponte Preta chegou até ficar com mais posse de bola, isso não resultou em organização de jogadas com contundência de seu meia Dodô. Também faltaram transições mais rápidas dos laterais ao ataque. E desta vez o isolado Jeh se irritou, perdeu quase todas jogadas e voltou a receber cartão amarelo.
Persiste a má fase do atacante Matheus Régis e ofensivamente Everton Brito desapareceu.
Assim, sem ‘poder de fogo’ no ataque e com indecisões no compartimento defensivo, a Ponte Preta não pode reclamar de ter sido derrotada, e assim manter o jejum de vitórias enquanto visitante na competição.
Se a Ponte Preta levou a Manaus a proposta de fazer jogo propositivo, o Amazonas respondeu com intensidade no campo ofensivo, com ‘subidas’ de seus laterais Ezequiel e Fabiano.
Assim, uma das jogadas de fundo, pela direita, com cruzamento de Erick Varão, a bola percorreu quase toda extensão da área, com descuido do zagueiro Mateus Silva e o lateral-direito Igor Inocêncio atrasado na cobertura. Disso se aproveitou o centroavante Luan Silva, aos sete minutos, para desviar a bola fora do alcance do goleiro Pedro Rocha, da Ponte Preta.
IMPACTO
A Ponte Preta sentiu o impacto deste gol, ficou assustada com a desvantagem, permitindo que o Amazonas aproveitasse daquela situação para colocar mais volume ofensivo, sem que isso implicasse em criar outras chances.
Ela retomou participação mais ativa na partida só depois dos 25 minutos, quando passou a valorizar o toque de bola, porém com lentidão.
Apesar disso, exigiu que o Amazonas abaixasse as suas linhas e se preocupasse com o desafogo, optando em colocar a bola distante de sua área, o que implicava em presenteá-la. Entretanto, faltava-lhe criatividade nas jogadas.
OUTRO DESCUIDO
Como o Amazonas voltou para o segundo tempo disposto a colocar em prática a mesma pressão inicial, o seu segundo gol saiu logo aos dois minutos, quando o meia Diogo Torres lançou Matheus Serafim em profundidade, por dentro, e com agilidade ele conseguiu se livrar da marcação e assim a sua equipe chegou ao segundo gol.
Já que a Ponte Preta descontou aquela vantagem com gol aos dez minutos, através de Igor Inocêncio, o seu treinador Nelsinho Baptista mexeu em algumas peças em busca de mais eficiência, com as entradas dos atacantes Renato e Iago Dias, mas nada funcionou.
O Amazonas ainda chegou ao terceiro gol, através de Luan Silva, porém bem anulado com interferência do VAR, acusando impedimento na jogada, aos 28 minutos.