No linguajar popular, o CRB só precisou jogar um ‘tostãozinho’ para vencer o irregular Guarani por 1 a 0, na tarde/noite deste sábado, em Maceió (AL).
Que pobreza técnica deste jogo, embora o time alagoano tenha algumas individualidades, como os meio-campistas Falcão e Gegê, lateral-direito Hereda e atacante Léo Pereira.
Jogo marcado por alto índice de erros de passes, truncado e sem a devida intensidade cobrada na disputa desta Série B do Campeonato Brasileiro.
O Guarani, com o estreante treinador Pintado, entrou na partida com a clara proposta de se resguardar e, ao recuperar a posse de bola, tentar se organizar em contra-ataques.
Só que não conseguia se articular, quer através de meio-campistas, quer pelos laterais.
Os exagerados passes longos ‘presenteavam’ o CRB, que fez opção de não acelerar as jogadas ofensivas, com receio de perda de bola, e assim provocar buracos para o Guarani tentar ligar contra-ataques.
De prático favorável ao CRB, foi usar mais o lado direito do campo, com seguidos avanços de seu lateral-direito Hereda, e assim explorar a fragilidade de marcação no lado esquerdo defensivo do Guarani, através de Vinícius.
FALHA
Como a partida transcorria em ‘banho Maria’, como se a boleirada tivesse saboreado uma feijoada horas antes dela, mais uma falha da defensiva bugrina propiciou que o time alagoano chegasse ao gol.
Em bola cruzada pelo atacante Léo Pereira, pela esquerda, era natural se esperar interceptação do goleiro bugrino Vladimir, que apenas ficou olhando, transferindo responsabilidade para o zagueiro Léo Santos e lateral Vinícius, porém ambos permitiram que Gegê, livre de marcação, cabeceasse e marcasse o gol de sua equipe, aos 29 minutos.
Acreditem: naquele período, o desorganizado Guarani só rondou a área adversária quando Léo Santos, após cobrança de escanteio, tocou de coxa na bola, sem direção; e depois, em jogada individual de seu atacante Airton, quando, na finalização, a bola passou perto do poste direito do goleiro Matheus Albino.
CRB RECUA
Para sustentar a vantagem, o CRB optou por abaixar as suas linhas, e assim ofereceu campo para que o Guarani tivesse mais posse de bola, porém sem objetividade.
Assim, prevaleceu o sistema de marcação do mandante, reforçado com as alterações feitas pelo treinador Daniel Paulista.
Já pelos lados do Guarani, irremediavelmente o treinador Pintado fez as substituições possíveis, além da perda do lesionado lateral Heitor ainda no primeiro tempo, mas todas inúteis.
Em determinado momento, o Guarani ficou com quatro atacantes no gramado, sem que a bola chegasse qualificada no setor.
Aí, como o Guarani deixou a ‘meiúca’ desguarnecida – principalmente após a saída do volante Anderson Leite – o CRB soube aproveitar o espaço naquele setor do campo, voltou a controlar o jogo, sem que isso indicasse ameaçar a meta do goleiro Vladimir.