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Júnior Rocha tem culpa sim, mas o que esperar do elenco mal montado do Guarani?

  • 08/06/2024

Quando o Guarani perdeu para a Chapecoense por 1 a 0, em Campinas, na segunda partida desta Série B do Brasileiro, o então treinador Claudinei Oliveira sequer foi para a entrevista coletiva pós-jogo, ocasião que o presidente do clube, André Marconatto, ocupou o espaço para fazer apenas um pronunciamento.

Após a derrota para o Operário por 1 a 0, na tarde/noite deste sábado, no Estádio Brinco de Ouro, a Rádio Bandeirantes Campinas cravou informação vazada da demissão do treinador Júnior Rocha, mas o profissional foi para a entrevista coletiva alegando desconhecer a citada informação. “Se soubesse nem estaria aqui”, foi a resposta na primeira pergunta.

Esse assunto terá desdobramento e aguarda-se pronunciamento da atual diretoria, quer para sustentá-lo no cargo, quer para confirmar a saída dele do clube.

POUCO MUDOU

Se é que se pode admitir alguma melhora de rendimento do Guarani, a partir dos 15 minutos do segundo tempo, quando teve mais posse de bola, isso se deve, em parte, ao ‘sonolento’ treinador do Operário Rafael Guanaes, que em vez de revigorar a marcação no meio de campo, foi trocar um centroavante por outro, com a saída de Daniel Lima para entrada de Ronaldo, aos 22 minutos.

O período de predomínio do Guarani ocorreu devido à desgastes físicos de jogadores do Operário, como o meia Pedro Lucas e atacante Maxwell, ocasião que passou a perder os rebotes e ficou sem transições de jogadas ao ataque.

Todavia, a inoperância do Guarani refletiu em não aproveitar maior posse de bola, pois faltou-lhe criatividade no setor ofensivo, exceto algumas individualidades do atacante Airton, como aos 53 minutos do segundo tempo, quando exigiu defesa difícil do goleiro Rafael Santos.

A rigor, além desse lance, o Guarani ameaçou em apenas mais dois: logo no início da partida, quando Marlon escapou pela esquerda, fez o cruzamento rasteiro, mas dois chutes consecutivos do centroavante Luccas Paraizo foram fracos, para defesas do goleiro Rafael Santos. Depois, aos 37 minutos do segundo tempo, em passe de um atacante para outro, quando Reinaldo colocou Caio Dantas na cara do gol, mas o chute foi torto.

Além disso, o torcedor bugrino até chegou a comemorar suposto gol de empate, em cruzamento de Reinaldo e complemento de Airton, mas o VAR flagrou posição de impedimento de Reinaldo e invalidou o lance, aos 49 minutos.

CHANCES DO OPERÁRIO

Afora esses citados lances do Guarani, por duas vezes, em arremates, o Operário colocou bola na trave adversária, com Maxwell e Joseph, uma em cada tempo.

O volume do Operário foi tão flagrante durante o primeiro tempo que, antes do belo gol de voleio de Maxwell, aos 40 minutos, o zagueiro bugrino Pedro Henrique já havia travado finalização bem direcionada de Daniel Lima.

ERROS DE JÚNIOR ROCHA

O primeiro erro do treinador bugrino Júnior Rocha foi falta de leitura do estilo de jogo do adversário.

Calculou que o Operário fosse concentrar vários jogadores no ataque, mas na prática apenas dois se fixaram no setor e, no processo natural de evolução, meio-campistas e laterais foram se aproximando.

Isso indicou que a formação da equipe bugrina com três zagueiros em linha recuada, durante o primeiro tempo, serviu para deixar espaços para o adversário trabalhar a bola a partir do meio de campo, com tarefa incumbida de marcação apenas aos volantes Anderson Leite e Matheus Bueno.

E mais: se Júnior Rocha imaginou liberdade para os seus laterais se transformarem em ala, se equivocou.

Na esquerda, Jefferson é fraco no apoio ao ataque. A improvisação de João Victor, como lateral-direito, também foi infrutífera.

Não bastasse isso, a linha alta de marcação do Operário na saída de bola do Guarani, o direcionava a erros: ora com zagueiros rifando a bola, ora com passes errados.

Isso resultou no predomínio do Operário, que levava a bola com facilidade até a chegada ao último terço do campo, faltando, entretanto, qualidade à sua postura ofensiva para definições nas jogadas.

SITUAÇÃO PERIGOSA

Na lanterna com quatro pontos, as perspectivas são pessimistas ao Guarani até a abertura da janela para contratações, a partir de dez de julho.

Isso provoca clima de revolta em seus torcedores, como constatado após o jogo deste sábado.

A tabela da competição lhe reserva como próximo desafio o Avaí, na próxima sexta-feira, em Florianópolis.

Considerando-se o retrospecto do clube catarinense, que antes do início desta rodada era de cinco vitórias consecutivas, a tarefa bugrina de recuperação será difícil.

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Comentário

  • junho 9, 2024
    Luiz Otto Heimpel

    Vão trocando de tecnico um após o outro. Todos fracos nas os verdadeiros culpados continuam. Quem contratou esses técnicos e montou esse elenco de restos dos restos?
    Esses continuam agarrados aos cargos. Ser um bom dirigente de time de futebol significa saber encontrar um equilíbrio entre um caixa minimamente saudável e um elenco bem balanceado e com condições de competir. Não é isso que o Bugre tem hoje, dentre todos,,pouquíssimos nos fazem ter a esperança de ver futebol. O resto é abaixo de qualquer expectativa.Ser dirigente de futebol deve ser uma profissão maravilhosa. Se for mal a culpa é de quem eu contratei. E o pior é que eles serão aqueles que continuarão contratando. Ta osso!!!!

  • junho 9, 2024
    João da Teixeira

    Precisava todo esse sofrimento, Fortaleza? Tomar um gol aos 3 minutos do fim do jogo. É que o Deus dos Estádios agraciou o melhor time, poderia ter sido pior. O Galo Praiano pagou seu preço. Assim como a Ponte vem pagando o seu preço de time sem organização e categoria.

  • junho 9, 2024
    João da Teixeira

    Não chora não bugrinos, hoje o Criciúma pegou o lanterna da Série A no seu estádio e contrariando as previsões, tomou uma goleada acachapante, 2×5, mostrando que o futebol não é para amadores. Então bugrinos, não são só o Gfc que dão trabalho pra sua torcida…

  • junho 9, 2024
    João da Teixeira

    Fica Junior Rocha, vc não é culpado do bugre montar um time pra reabilitação de jogador estropiados. Agora todos acham mais fácil mandar o técnico embora do que dirigentes. Até 2° feira teremos novidades no “quartel de Abrantes”, ou se arrependeram de vazar o fato. Avaí será um prato de difícil digestão, mas depois pegam o Ituano pela reabilitação em casa. Descarrilhar o Ferroviário da cidade berço da República é uma missão possível e imaginável para o torcedor bugrino. “A cigana leu a minha mão…” Aí fica faltando aquele 3 pontos no “papo”…

  • junho 9, 2024
    João da Teixeira

    Até que a janela se abra, o bugre tem mais 5 jogos pela frente, Avaí fora, Ituano em casa, CRB fora, Ponte e Sport em casa, pra depois a janela se abrir para, quiçá, uma manhã ensolarada de inverno. Poderá a janela se abrir pra uma manhã carrancuda e fria, como os invernos são. São 5 jogos e 15 pontos em disputa. Segundos os bugrinos, desses 15 em disputas, 3 estão no “papo”. Diferente do que pensam, o papo não é a moela, são coisas distintas, não confundir essas coisas… pois é!

  • junho 9, 2024
    Carlos Agostinis

    Desanimo total , nenhum espectativa de melhora , infelizmente vamos voltar pra série C de novo ..não dá nem pra comentar o jogo .

    • junho 9, 2024
      José Eduardo Júlio

      Peço licença a todos, mas gostaria de publicar uma coisa que nada tem a ver com a situação do Guarani.
      O que o Renato técnico do Grêmio, espera? O povo brasileiro (independente dos clubes aos quais torçam)não é culpado pela situação a qual a travessa o pujante Estado do Rio grande do Sul.
      Sou do Estado de São Paulo, mas não vi nenhuma manifestação desse grupo, o equipe, quando houver um problema em outros estados.
      Então por favor, não esqueça que esconder os seus fracassos, não pode ser colocados, a culpa dos outros, sei pelo menos assumir os seus erros.
      Como disse anteriormente, peço desculpas por está citando esse assunto, mas assim como o Botafogo tenta justificar o seu fracasso, o mesmo senhor Renato, joga para o restante dos clubes as dificuldades do seu estado.

  • junho 8, 2024
    João da Teixeira

    E o insustentável não se sustentou, Junior Rocha foi demitido do bugre. O sensacional elenco ajudou na sua demissão nessa tarde noite. Alguém assume interinamente o time, fecha o caixão e segue o enterro…

  • junho 8, 2024
    João da Teixeira

    No 2°tempo o Fantasma deixou de fazer outro gol com outra bola no poste. Aí o bugre que perdido por um, perdido por 10, foi para tudo ou nada e sufocou em parte o Operário, mas que não se deixou se assustar. Enfim, o Fantasma não foI camarada e nem o VAR, que achou um impedimento do ataque bugrino no nascedouro da jogada do gol de empate bugrino, que foi anulado…0x1

  • junho 8, 2024
    Luiz Otto Heimpel

    Não tem nenhum jogador com pelo menos nivel de serie B. Defesa delivery, meio de campo nulo e ataque de riso.
    Perdemos de um time com nossos conhecidos Maxxwell e Ronald , isso é dose para mamute!!!
    O fim do caminho esta sendo desenhado, quem serão os culpados? Elementar meu caro Watson.

  • junho 8, 2024
    Luiz Otto Heimpel

    O maior desanimo é saber que na abertura da janela quem vai escolher os “ reforços “ é o mesmo grupo que montou Isso que temos hoje.

  • junho 8, 2024
    João da Teixeira

    A Lei do Ex começou, Maxuell faz um gol de voleio, a La Bebeto no bugre é a torcida sente que o time bugrino está dominado. “Tá dominado, está tudo dominado!”, pelo menos no 1°tempo, está…

  • junho 8, 2024
    Luiz Otto Heimpel

    Hoje a torcida do Bugre é como uma ilha cercada de incompetência por todos os lados.Tomar gol do ridículo Naxxwell já não é nem ruindade, beira a sacanagem.
    Com esse elenco qualquer melhora é uma missão impossivel

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