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Três volantes, três atacantes, mas defesa da Ponte precisa de mexidas

  • 07/06/2024

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A vitória da Ponte Preta diante do desfalcado CRB abriu discussão sobre o formato mais adequado para se colocar em prática em partidas subsequentes, a começar pelo América Mineiro na noite do próximo domingo.

O parceiro João da Teixeira contestou o formato inicial com três volantes e três atacantes, com argumento que o segundo tempo da Ponte Preta teria sido de time mais assentado, ao abrir mão de um volante.

Então vamos ao debate.

A Ponte Preta marcou o seu primeiro gol aos 40 segundos do segundo tempo, o que obrigou o adversário a se soltar totalmente ao ataque, com espaçamento maior entre os seus jogadores, o que permitiu relativa liberdade para o meia Élvis se movimentar, com tendência que isso não se repita contra adversários mais competitivos.

E a atitude ofensiva do CRB simplesmente deixou claro a repetição de falhas do compartimento defensivo pontepretano, com o diferencial que no primeiro tempo elas não foram aproveitadas.

Ora, a incerteza defensiva da Ponte Preta automaticamente obrigou aquele reforço no cinturão de marcação na cabeça da área, com três volantes.

Logo, se a Ponte Preta precisava da vitória e tomar iniciativa, acertou o treinador Nelsinho Baptista ao optar por três atacantes, casos de Matheus Régis, Jeh e Gabriel Novais.

ÉLVIS

Naquela conjuntura, natural que se prescindisse do meia Élvis no início da partida, sabendo-se que suporta, se muito, apenas um tempo de jogo.

E por que não utilizá-lo no início, seria o natural contra-argumento?

Então vamos lá.

Contra a Chapecoense, no interior catarinense, o então treinador João Brigatti escalou a equipe com três volantes, Élvis e dois atacantes. E o que aconteceu?

Ponte Preta dominada durante dois terços da partida e correu risco de derrota, mas arrancou o empate sem gols.

E contra o Operário, em Ponta Grossa (PR)?

Time pontepretano escalado com três atacantes e Élvis.

Conclusão: foi envolvido a maior parte do jogo. E só chegou ao empate em lance ocasional, no final da partida, quando Dodô arrancou um empate em jogo que a derrota já se desenhava.

AMÉRICA

Quem pensa como o parceiro João da Teixeira, com formato com três atacantes e mais Élvis para enfrentar o América, saiba que a previsão lógica seria de ‘buracão’ na cabeça da área, com dois volantes.

Quem viu o América jogar sabe que pratica marcação alta na saída de bola do adversário até fora de casa, quanto mais em seus domínios.

E mesmo supondo que Nelsinho Baptista mantenha a postura de três volantes, a previsão natural é de a defesa pontepretana ‘quebrar’ a bola na saída de trás, e presenteando um adversário que tem mostrado incidência de desarme inigualável nesta Série B do Brasileiro.

Logo, do meio de campo para frente, que Nelsinho Baptista mantenha o formato do início do jogo contra o CRB, visando o confronto diante do América.

AJUSTAR A DEFESA

O que precisa ser repensado é o compartimento defensivo, pois o zagueiro Mateus Silva não é confiável.

Em situação normal, Nílson Júnior seria mais indicado para formar dupla com Joílson.

Está claro que o lateral-direito Igor Inocêncio não tem convencido, e seria pertinente nova chance do volante Dudu Vieira pelo setor, até porque o clube dispõe de outros volantes basicamente de mesmo nível.

Houve críticas, até com razão, ao lateral-esquerdo Zé Mário, principalmente no carrinho desproporcional que resultou no pênalti convertido pelo CRB.

Todavia, como trata-se de jogador experiente, a expectativa de correção de alguns defeitos é natural. E, com sequência de jogos, a tendência é de se encorajar ao ataque, visando construções de jogadas pelo corredor.

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Comentário

  • junho 8, 2024
    Antônio

    Basta entrar com a defesa certa. Luís Felipe, Joilson, Sérgio Rafael e Gabriel Risso. e mais 2 ótimos volantes – Emerson Santos e Emerson. Aí pode entrar com Elvis e os 3 atacantes que irão martelar o América.

  • junho 7, 2024
    Barba

    Ou o repórter do GE tá muito mal informado, ou o Nelsinho Batista já tá sendo ” pressionado” pelo pseudo presidente. Não dá mais pra sequer pensar em escalar Igor Inocêncio e Zé Mário.

  • junho 7, 2024
    Barba

    Fácil caro Ari – Basta escalar o time certo. Pedrão, Dudu (ou Luis Felipe), Joilson, Sérgio Rafael e Gabriel Risso; Emerson e Emerson Santos, juntos com Elvis; Matheus Regis, Jeh e Gabriel Novaes. Se necessário, no 2o tempo – Baléia, Dudu, Renato, Dodô.

  • junho 7, 2024
    João da Teixeira

    Quem disse que raio não cai no mesmo lugar. Vem aí Kauan, o novo garoto de 9 anos do Santos, dizem que é uma associação de vários talentos num só, dribla, explode, improvisa, bate falta e faz gols em profusão. O problema que tem 9 anos incompletos, o que não dá pra dizer nada sobre o seu futuro ainda, mas que tem uma legião de times brasileiros e mundial atrás do garoto, não há dúvida nenhuma. É muito raio caindo na Vila…

  • junho 7, 2024
    João da Teixeira

    Vc generalizou esse esquema, Ari, e eu não falei nada disso. Usar isso em partidas dentro de casa é incerto pra todos os times. A Ponte é uma em casa, e outra fora de casa. Os 3 volantes estáticos de somente contenção e proteção, em casa, eu critiquei, cutucando vc sobre esse seu posicionamento, fora é outros 500, ainda mais contra o América. O time do América é bom, mas tem muito preciosismo no desenvolvimento de suas jogadas e isso a Ponte tem que aproveitar com um contra ataque rápido ao roubar a bola. Na verdade a Ponte é uma incógnita e espero que o Nelsinho ache o posicionamento correto de toda a equipe. Ou vc acha que a vitória sobre o CRB, o Nelsinho descobriu a pólvora. Nem ele sabe como essa vitória veio…

  • junho 7, 2024
    Antonio Carlos

    O problema todo se resume não na proteção da zaga, mas na transição da defesa para o ataque e no ataque.
    Jogar com três volantes que nunca saem do lugar, não pisam na área adversária nem acionam os atacantes os deixa órfãos e improdutivos, e na prática o adversário domina o meio-campo e infiltra na nossa defesa.
    A solução então é, como posicionar os volantes para que participem das jogadas de ataque, se aproximem também da área adversária, o que não aconteceu no primeiro tempo contra o América.
    E esta também foi a falha no jogo da Chapecoense, três volantes muito atrás mal posicionados deixando um buraco no meio, contra o Operário o time embora com problemas foi salvo justamente por não adotar este esquema, como não foi salvo contra o Goiás, sendo ineficiente e dominado na maior parte do jogo do Coritiba.
    Portanto, três volantes mal posicionados, que jogam em linha, que não atacam e chegam sempre atrasados nas disputas, o problema é este, ou seja, é um problema mais de criação e ocupação dos espaços do que simplesmente “destruição e proteção” à zaga.

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