Para desanuviar o carregado ambiente na Ponte Preta, a vitória sobre o CRB por 4 a 2 foi extremamente significativa, construída no segundo tempo da partida disputada na tarde deste domingo, em Campinas.
Que a Ponte Preta fez por merecer o resultado, isso ficou claro. Todavia, contou com um adversário que estava poupando vários titulares, visando à finalíssima da Copa do Nordeste contra o Fortaleza, a partir da próxima quarta-feira, na capital cearense, utilizando titulares como Hereda, Falcão, Gegê e Anselmo Ramon a partir dos 20 minutos do segundo tempo.
Foi um jogo com prevalecimento de erros nos cinco dos seis gols.
Exceto a jogada individual do atacante Matheus Régis e cruzamento na cabeça do centroavante Jeh, aos 40 segundos do segundo tempo, e testada indefensável para o goleiro Matheus Albino, os demais gols saíram em decorrência de falhas.
O CRB, que havia desperdiçado pênalti infantil cometido por Jeh, aos 48 minutos do primeiro tempo, com defesa do goleiro pontepretano Pedro Rocha, chegou ao empate após carrinho desnecessário do lateral-esquerdo Zé Mário, da Ponte Preta, que atingiu Raí, do time alagoano, dentro da área, em pênalti convertido por Anselmo Ramon, aos 18 minutos.
Como era jogo de ‘doações’ de pênaltis, o mesmo Raí se precipitou em calçar o atacante Gabriel Novaes dentro da área, e o meia Élvis, com chute rasteiro, converteu o pênalti aos 20 minutos: Ponte Preta 2 a 1.
Falhas aqui; falhas acolá. Zé Mário foi envolvido com facilidade em avanço do lateral-direito Hereda, do CRB, e no cruzamento registro para descuido do miolo de zaga da Ponte Preta, que deixou o meia Gegê livre de marcação. Aí foi só testar e empatar a partida, aos 30 minutos.
PRESENTÃO
Se o torcedor pontepretano já mostrava apreensão com o volume de jogo do CRB, em bola que sobrou para Élvis saiu um lançamento ao lado esquerdo, ocasião que o zagueiro Gustavo Henrique, na tentativa de interceptar a bola, presenteou Matheus Régis que, livre de marcação, marcou o terceiro gol da Ponte Preta, aos 33 minutos.
Prudentemente, o estreante treinador Nelsinho Baptista, da Ponte Preta, ‘oxigenou’ a equipe com as entradas do lateral-esquerdo Gabriel Risso, no lugar de Zé Mário, e Renato ocupando o posto do extenuado Matheus Régis.
Aí, aos 52 minutos, com a defesa alagoana desguarnecida, Élvis acionou Iago Dias pela esquerda, com sequência de passe para o atacante Renato, que em chute cruzado não deu chances de defesa para Albino: 4 a 2.
PRIMEIRO TEMPO
Sabiamente Nelsinho Baptista escalou a equipe pontepretana com três volantes, mas projetou força ofensiva com três atacantes.
Os primeiros 15 minutos foram de desajuste da Ponte Preta e maior posse de bola do CRB, que até poderia ter saído à frente do placar.
Aos seis minutos, após cobrança de escanteio e hesitação do goleiro Pedro Rocha para interceptação, a bola atingiu o travessão em cabeceio de João Neto.
Aos 20 minutos, não fosse o escorregão de Getúlio no momento de concluir, fatalmente a Ponte Preta sofreria o gol, com resposta dois minutos depois, em jogada individual de Zé Mário, mas Matheus Régis foi travado na finalização.
ENTRADA DE ÉLVIS
Nelsinho Baptista fez alteração ousada no intervalo, ao sacar o lateral-direito Igor Inocêncio – de fraco desempenho -, deslocar o volante Dudu Vieira para o setor, o que permitiu a entrada do meia Élvis que, em alguns lançamentos, ajudou na dinâmica da equipe.
Se teoricamente a Ponte Preta ganharia mais pegada com três volantes, na prática faltou marcação mais intensa.
O miolo de zaga, modificado com as entradas de Joílson e Mateus Silva, também andou vacilando, mas isso sujeito a correções na sequência.
MEMÓRIAS DO FUTEBOL
Se em edição passada do Blog do Ari já foi feito o registro da morte do ex-zagueiro Amaral, com abordagem mais doméstica, o áudio Memórias do Futebol se destina ao apanhado geral dele no futebol brasileiro.
O texto pode ser acessado na plataforma https://blogdoari.futebolinterior.com.br/.