Como ocorre semanalmente, está atualizada a coluna de áudio Memórias do Futebol, com o adeus ao ex-treinador argentino Cesar Luis Menotti, dono da frase que ‘o drible é dispensável até que o atleta atinja a linha intermediária do campo adversário’.
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EMPATE DA PONTE
Partindo-se da premissa que ‘futebol é resultado’ e a Ponte Preta trouxe um ponto de Ponta Grossa, interior paranaense, no empate por 1 a 1 com o Operário, sábado passado, a campanha em si, na Série B do Brasileiro, até que está dentro dos conformes.
Problema foi a brutal queda de rendimento comparativamente à goleada imposta sobre o Amazonas por 3 a 0, e como a coisa deve ser dimensionada na sequência da competição.
Enquanto mandante de seus jogos e mostrando volume ofensivo, de forma até a encurralar adversários, é válida a estratégia com três atacantes e um meia que não seja combativo.
Fora de casa e sofrendo pressão, como ocorreu diante do Operário, a estratégia precisa ser repensada.
ÉLVIS
A competitividade da Série B exige mobilidade de todos os jogadores.
Se o comando técnico da Ponte Preta entende que o meia Élvis é imprescindível, pela capacidade de colocar parceiro de equipe na cara do gol, o jeito é abdicar de um atacante de beirada – caso Iago Dias – e preencher melhor a linha de combate no meio de campo, com mais um volante em jogos como visitante.
Entende-se a tentativa de o treinador Brigatti de compensar a falta de mobilidade de Élvis para ajudar na marcação, e optar por sucessivos recuos dos atacantes de beirada.
Entretanto, como não são atletas talhados ao desarme, procuram picotar o jogo com faltas, como alternativa de compensação.
Já que Brigatti quis repetir a estrutura tática do jogo contra o Amazonas, o desenho de sábado foi predomínio pleno do Operário, com bola rondando a defensiva pontepretana seguidamente.
A consequência desse volume ofensivo do Operário foi cabeçada de Lindoso com bola no travessão, até que, aos 26 minutos, o clube chegasse ao gol.
Em cruzamento pelo lado esquerdo, e testada do zagueiro Willian Machado, não atribuam culpa apenas ao goleiro Pedro Rocha, em bola defensável que entrou.
Dividam a responsabilidade com o zagueiro Sérgio Raphael, que participou do lance e perdeu a disputa pelo alto.
RONALD
Ainda no primeiro tempo, o Operário só não aumentou a vantagem porque o seu atacante Ronald perdeu gol incrível, quando, após cruzamento do atacante Maxwell, ele se antecipou ao lateral-esquerdo Gabriel Risso, cabeceou livre de marcação, visando o chão, ocasião que a bola quicou, ganhou efeito e foi para fora.
MELHORADA
Embora a Ponte Preta tenha melhorado um pouco de rendimento no segundo tempo, não chegou a incomodar o goleiro Rafael Santos, exceto no penúltimo minuto de partida, quando, nos acréscimos, brilhou a estrela do meia-atacante Dodô, que havia entrado em campo aos 30 minutos do segundo tempo.
Já dentro da área, ele finalizou de canhota e colocou a bola no ângulo superior esquerdo do goleiro Rafael Santos.
Dois minutos antes, o Operário perdeu o zagueiro Alemão, justamente expulso por entrada violenta sobre o atacante Matheus Régis.
PEDRO ROCHA E INOCÊNCIO
Afora isso, embora tenha praticado defesa digna de registro no transcorrer da partida, o goleiro pontepretano Pedro Rocha ainda incorreu em falha na saída da meta, fato que requer imediata correção.
Se o Operário concentrou a maioria das jogadas ofensivas pelo lado esquerdo de seu ataque, ocasião que Maxwell levou nítida vantagem sobre o lateral-direito Igor Inocêncio, caberia, sim, uma dobra de marcação no setor, encostando-se um dos volantes.