O inconformismo dos torcedores do Guarani manifestado no Estádio Brinco de Ouro, sexta-feira passada, após a derrota para a Chapecoense por 1 a 0, somado às críticas ácidas aqui na seção de comentários do blog e nas redes sociais, deixaram os cartolas do clube encurralados, e a reação foi demitir o treinador Claudinei Oliveira.
Cá pra nós: que ele tem culpa no cartório, de certo não haja uma voz discordante sequer. Mas só ele?
E dirigentes como o presidente André Marconatto e Ricardo Moisés, membro do Conselho de Administração?
Um erro atrás do outro desta dupla nada afeita às coisas do futebol.
Ao buscarem Claudinei Oliveira, com retrospecto nada recomendável na Chapecoense, esse foi mais um dos tantos desacertos.
Eles já haviam cometido o absurdo de buscar o executivo de futebol Juliano Camargo, desconsiderando que na passagem dele pelo Ceará, ano passado, com o maior orçamento financeiro dos elencos da Série B do Brasileiro, o time cearense terminou a competição na 11ª colocação.
E erros se sucederam dos citados dirigentes, como a renovação do contrato milionário do meia Régis, para depois procederem o repasse ao Goiás.
Simplesmente ignoraram o quadro clínico do meia-atacante Chay, quando o contrataram.
Pois o atleta, em recente entrevista, justificou que nos últimos dois anos passou por sucessivas lesões.
Oras, o departamento médico do Guarani desconhecia o real diagnóstico do quadro clínico do atleta, quando o avaliou na chegada ao clube?
ERROS DE CONTRATAÇÕES
Como os citados cartolas não são da bola, transferem para executivos do futebol, empresários palpiteiros e membros da comissão técnica indicações de jogadores a serem contratados.
Tivessem o mínimo domínio do assunto, teriam observado que o lateral-esquerdo Welder é fraco, como citado aqui antes da contratação, mas pagaram para ver e viram.
Tivessem humildade e pedissem opiniões de terceiros sobre o citado atleta, provavelmente se convenceriam e evitariam o erro de ‘bola cantada’.
CARPINI
Livre na praça está o treinador Thiago Carpini, recentemente demitido pelo São Paulo.
Em litígio com ex-dirigente influente no clube, haveria possibilidade de reconciliação?
Carpini, profissional de patamar financeiro bem acima daquilo que hoje oferece o Guarani, toparia redução salarial?
E toparia procurar ‘dar liga’ em um elenco mal montado?
Claro que não cometeria a aberração de jogar aberto na estreia contra o Vila Nova.
Se houve erro conceitual do departamento de futebol ao montar um trio de atacantes com jogadores no limite de 1,78m de altura, excepcionalmente neste jogo contra a Chapecoense, com o adversário reduzido a dez homens, a partir dos cinco minutos de partida, Carpini e qualquer treinador com sensatez deslocaria um dos zagueiros – sem função no jogo -, para que fosse pelo menos uma referência no jogo aéreo ofensivo, das incontáveis bolas chuveiradas contra a área adversária.
Como dirigentes legitimamente eleitos devem prosseguir nos respectivos cargos, que pelo menos esses citados reconheçam que ainda são aprendizes em matéria bola rolando e humildemente recorram a bugrinos raízes, aqueles que ‘conhecem a mortadela’.
Aí, se pedirem opiniões, de certo vão aprender sobre os passos a seguir.