MAI Contratações equivocadas, por vezes são associadas a ingerência de empresários
Quem se dispuser a abordar o pré-jogo Ponte Preta e Novorizontino, fique à vontade. Nosso debate, agora, prende-se a erros de baciada em contratações quer de Ponte Preta, quer de Guarani. Isso sugere discussão de parceiros na seção de comentários do blog. Como os clubes de Campinas não são Sociedade Anônima, erra-se bastante e não acontece absolutamente com os culpados, casos de executivos de futebol e coordenadores com direito às indicações. Tudo com participação dos coniventes cartolas. Parceiro bugrino Profeta da Tribo elencou erros em quantidade do executivo de futebol Michel Alves, do Guarani, sem que ele seja duramente cobrado. Falou dos zagueiros Ernando, Leandro Castan, Derlan; volante Madison e atacantes Yago, Ronald, Venuto. Contratação de Leandro Castán foi pedra cantada aqui. Desconsideram que ele teve atuações irregulares na temporada passada pelo Vasco. Pecou excessivamente pela lentidão, mas fizeram questão de contrariar a lógica e o trouxeram. Na Ponte Preta, o ex-presidente Sebastião Arcanjo entregou o futebol a um superintendente desconhecido, Alarcon Pacheco, que errou demais, com reflexo neste ano. EBERLIN Não bastasse isso, desatualizado do futebol, o atual presidente Marco Eberlin engoliu contratações equivocadas, que refletiram em elenco inchado e enorme prejuízo ao clube. Jogadores teoricamente disponíveis seriam os zagueiros Cleylton e Fabrício, volantes Moisés Ribeiro e Matheus Jesus, meias Fessin, Matheus Anjos e João Pedro; e atacantes Josiel, Luiz Fernando e Pedro Júnior. INTRUSO Essa seria uma análise racional se não tivesse intruso neste meio: empresário de futebol. Como faz o leva e trás de jogadores aos clubes, da mesma forma que ajuda no encaminhamento daqueles colocados em disponibilidade, também traz os 'meia boca', e cartolas engolem isso, contrariando antigos costumes nos bastidores. Pior é que tanto aqui como acolá, a ingerência do empresário vai além de empurrar jogadores a clubes. Por vezes ordenam escalações. A desconfiança é notória quando se constata que alguns atletas, reconhecidamente sem condições, ainda ganham vaga durante transcorrer de jogos. PARCEIROS Enquanto gente remunerada pra fazer o serviço bem feito em contratações escorrega, parceiros do blog acompanham jogos televisionados por esse Brasil afora e são testemunhas de jogadores que se destacam. Parceiro Léo Paraná descobriu que o Fluminense do Piauí conta com um centroavante chamado Mário Sérgio, segundo ele goleador. Conferir informações como essa seria coisa indispensável para os homens do futebol dos clubes campineiros, mesmo que o atleta já tenha empresário. E você acha que isso vai ocorrer? No início de fevereiro, quando vi o atacante Erick se destacar no Ypiranga de Erechin (RS), cravei aqui que seria jogador contratável para os clubes de Campinas. E a cartolada nem 'tium', expressão que os antigos usavam pra dizer 'nem aí' Pois o Ypiranga chegou à final do Gauchão dois meses depois, Erick ratificou boas performances e o Vasco o contratou. Também neste espaço alertei a cartolada pra ficar de olho no centroavante Erison, que conseguia se destacar mesmo atuando no fraco e rebaixado Brasil de Pelotas. E mais: com o XV de Piracicaba como detentor dos direitos econômicos do atleta. Adiantou? Absolutamente nada. Aí o Botafogo (RJ) buscou o atleta, que domingo passado marcou o gol na vitória por 1 a 0 sobre o Flamengo. CRICIÚMA Enquanto são raros zagueiros dos elencos de Guarani e Ponte Preta que se salvam, o Criciúma gasta menos pra montar dupla de zaga mais qualificada de que os clubes campineiros. Apesar dos 35 anos de idade, o central Rodrigo tem vitalidade física de dar inveja. Desarma e sabe sair jogando com rapidez. O parceiro da dupla, Zé Marcos, 24 anos, com passagem por Avaí, na Sérvia e Montenegro, tem velocidade e pauta-se pela regularidade. Diante dos fatos, é preciso séria reflexão sobre os homens que dão as cartas no futebol em Campinas. Se serve, serve; se não serve, um abraço.
MAI Guarani pode tirar proveito da instabilidade do Tombense?
De certo vai ecoar no Tombense - adversário do Guarani no sábado à tarde - as duras críticas feitas por integrantes da Rádio Tombos Sonora FM, da cidade de Tombos (MG), após a eliminação da equipe na Copa do Brasil, com a derrota para o Ceará por 2 a 0, em Fortaleza, na noite desta quarta-feira. Sobrou para o treinador Hemerson Maria, duramente criticado pelo comportamento da equipe nesta derrota e campanha sofrível no Campeonato Brasileiro da Série B. Teve radialista daquela emissora que citou o futebol do Tombense como 'uma várzea danada'. A rigor, até o Guarani não foi poupado pela campanha irregular na Série B, sem que fosse possível identificar os irritados radialistas. “Se o Tombense não vencer o Guarani, é brincadeira. Se não vencer esse jogo pode mandar o treinador (Hermerson Maria) embora”, disse um deles, enquanto outro, Marcos Araújo, promete não perdoar o treinador até na hipótese de vitória do Tombense no sábado. “Seria uma vitória pra maquiar tudo. Preocupa-me se o time ganhar e acharem que está tudo nos conformes. Não, não está”. GUARANI SE BENEFICIA? Pois é neste clima de efervescência no Tombense que o Guarani vai entrar em campo em Muriaé (MG). Saberá tirar proveito da instabilidade do adversário, ou será pior encontrá-lo mordido e ávido por reabilitação a qualquer custo? Tombense atingiu dez jogos sem vitória, seis deles pela Série B, ao acumular cinco empates e uma derrota por 2 a 0, ocorrida em sua última partida pela competição, contra o Sport, em Recife? BEN-HUR Teria Ben-Hur, treinador interino do Guarani, assistido à partida Ceará e Tombense? Se sim, conseguiu distinguir o adversário que terá pela frente? Hemerson Maria privilegia esquema mais fechado, mas neste jogo diante do Ceará ficou clara a deficiência na marcação de Reginaldo, atuando na lateral-esquerda. Ora, por que o treinador teria sacado o titular Manoel, da posição, para colocá-lo apenas em parte do segundo tempo no lugar de Diego, que estava na lateral-direita? Zagueiro Ednei - ex-Ponte Preta -, que desfalcou o Tombense contra o Ceará, por já ter atuado pela Copa do Brasil no Mirassol, de certo vai retornar ao time, e provavelmente vai corrigir a flagrante deficiência do miolo de zaga no jogo aéreo. O Ceará ganhou várias jogadas pelo alto em seu ataque, porém finalizando sem direção. SAI JOGANDO Embora o Ceará não tivesse feito marcação com linha alta em seu ataque, ficou claro que o Tombense prioriza valorização na saída de bola da defesa, em vez de chutões. Todavia, se ocorre transição natural ao ataque, aí falta criatividade para definição da melhor jogada. Nesta quarta-feira, por exemplo, o único atacante com lampejos de individualidade, Gabriel Henrique, estranhamente entrou apenas após o intervalo.
|