A imprevisibilidade desta equipe do Amazonas leva a nocaute quem se atreva a prognosticar resultados de seus jogos.
A Ponte Preta, que vai enfrentá-lo a partir das 20h desta terça-feira, e já está na distante Manaus desde domingo, tem o desafio de quebrar esse jejum de vitórias, enquanto visitante, nesta Série B do Brasileiro.
A grosso modo, você dá uma olhada no miolo de zaga do Amazonas e observa que o dispensável zagueiro Alvariño, pelo Guarani, é titularíssimo por lá.
Aí o torcedor pontepretano imagina que basta o centroavante Jeh colocar em prática aquilo que sabe fazer que vai ‘deitar e rolar’.
Será?
De certo o centroavante Anselmo Ramon, do CRB, assim pensou, e de Manaus saiu ‘chupando o dedo’, lamentando a derrota de seu clube por 2 a 0.
ÊNIO
O Amazonas conta com dois atacantes também imprevisíveis.
Matheus Serafins, que joga mais do lado direito, ora cria embaraços para marcadores, ora acaba dominado. Nunca se sabe exatamente qual será o rendimento.
Ênio, que não guarda posição no ataque, é o típico jogador vaga-lume.
É indiscutível que tem qualidade técnica para arrancar com a bola e mostrar habilidade nos dribles, faltando-lhe mais aprimoramento nas finalizações e assistências.
Por que vaga-lume?
Por que acende e apaga inesperadamente. De repente cai bruscamente de rendimento por certo período, e não se sabe o real motivo.
OSCILAÇÕES
Seria leviano acusar esse ou aquele comportamento que tem provocado essa oscilação, mas tem-se testemunhado outros tantos jogadores com brutal queda de rendimentos, por motivos diversos.
Via de regra, se a cabeça do atleta não estiver 100% no devido lugar, o escorregão torna-se inevitável.
A mulherada continua partindo pra cima, rondando portões de estádios e centros de treinamentos.
A noite continua convidativa pra se tomar uns ‘drinks’ e jogar conversa fora com a ”companheirada’, ao som de aplaudidas melodias.
Tem aqueles viciados no ‘baralhinho’, um jogo que não tem hora para acabar, e o sono atrasado prejudica o atleta no trabalho do dia a dia.
É preciso compenetração do atleta para admitir a rotina de treinos, viagens, hotéis, concentrações e convivência em ambientes nem sempre salutares nos elencos.
Logo, a imprevisibilidade do Amazonas e as incertezas das performances da Ponte Preta enquanto visitante provocam dúvidas nos palpiteiros de plantão, em pré-jogo.
Então, sejamos ‘muretas’ nesta.
Melhor assim.