Sábado passado, no reencontro com o bugrino Luizinho do Proença, em festa de aniversário da ‘mana’ primogênita dos Izacs, ele argumentou: “Esses caras (dirigentes) do Guarani precisam aprender a tocar futebol. Estive na Paraíba e posso assegurar que nos clubes de lá é possível contratar, a preço de banana, uns três jogadores bem melhores do que esses do nosso plantel, que fazem a gente passar vergonha”.
Quem sugere que Luizinho falou bobagem, então dê uma espiada nas competições regionais por esse Brasil afora.
Ano passado, ao me atrever assistir à jogos por aí, através da Internet, conferi, perdido no Corissabá do Piauí, um centroavante de 24 anos de idade, estilo do futsal, de dribles curtos e bola colada aos pés, que é João Victor.
E daí?
Sim, eis aí uma lógica indagação. Como alguém que tenha mostrado qualidade continua sumido por lá, em vez de se transferir a clubes de porte médio e de centros mais desenvolvidos?
Com direito à réplica, cabe argumentar que são incontáveis os exemplos de atletas com jeito de ‘vingar’ no futebol, sem que prosperem de imediato.
Aí se desmotivam e caem no marasmo.
BRIGATTI
O filósofo já dizia que ‘futebol é momento’. E está aí o treinador João Brigatti, da Ponte Preta, para comprovar isso.
Ele viu, ainda como coordenador técnico do clube, na passagem do treinador Pintado, na temporada passada, uma defesa insegura e convite claro a ser explorado por atacantes adversários.
Ao assumir o comando técnico, em vez de ‘choramingar’ optou por participação ativa na remontagem do elenco e busca dos reforços
Reforço é diferente de jogador contratado.
DEFESA
Como melhorar a qualidade do elenco se o dinheiro anda escasso pelos lados da Ponte Preta?
Aí chegou o zagueiro central boliviano Luis Haquín, que se encaixou com Nilton Júnior e Castro, no formato com três zagueiros.
Algum olheiro, tipo daqueles do passado, trabalhou para ‘cair no colo’ da Ponte Preta o lateral-esquerdo argentino Gabriel Risso, que ocupou a vaga deixada por Artur com incontestável vantagem.
Vejam que mesmo com as perdas de volantes como Felipe Amaral e Feliphinho – em negócios vantajosos – o setor continuou ativo, principalmente com a chegada do combativo Emerson Santos.
GOLS
Por fim, de um time que raramente se aproximava da área adversária, aos poucos foi se ajustando às cirunstâncias das partidas e, quando chances foram criadas, várias delas foram convertidas.
Contribuíram para isso as chegadas dos atacantes Iago Dias e Gabriel Novais, além do centroavante Jeh, que mais abastecido tem feito gols.
Quanto a Ponte Preta gastou para tanta transformação?
Faça as suas contas e se surpreenda.