Neste empate por 1 a 1 entre Ponte Preta e Goiás, na noite desta sexta-feira, em Campinas, uma singularidade: o atacante de beirada Matheus Gonçalves, da equipe goiana, foi bem diferenciado dos demais. Até o flagrante cansaço dele, a partir da metade do segundo tempo, protagonizou as principais jogadas da partida, inclusive como autor do gol dos visitantes, aos 41 minutos do primeiro tempo.
O treinador Vágner Mancini, do Goiás, preferiu mantê-lo em campo até os 39 minutos, mesmo desgastado, já prevendo que a entrada do centroavante Edu, para substituí-lo, não resultaria em nada.
A rigor, a partir da metade do segundo tempo, o time do Goiás ‘morreu’ fisicamente em campo, e disso se aproveitou a Ponte Preta – ainda com gás – para encurralá-lo, criar volume ofensivo, mesmo sem consistência para criar reais oportunidades.
RILDO
Na prática, a Ponte Preta soube tirar proveito do destemperado atacante Rildo, do Goiás, que havia substituído Welliton, pois seguidas e desnecessárias faltas cometidas por ele, em bolas que rondaram a sua própria área, uma delas foi fatal.
Primeiro fez falta quase na entrada da grande área, porém o meia Élvis não conseguiu colocar precisão na bola.
E quando foi reincidente neste expediente, aos 42 minutos do segundo tempo, o meia-atacante Dodô, da Ponte Preta, se habilitou à cobrança e conseguiu belo efeito na bola, fora do alcance do goleiro Tadeu, determinando o empate por 1 a 1 naquela ocasião.
JEH FEZ FALTA
Desfalcada do centroavante Jeh, suspenso, a Ponte Preta havia perdido referência ofensiva para fazer a ‘parede’ e duelar com defensores adversários, na busca de finalizações.
Venícius Cascais, encarregado de substituí-lo, foi facilmente absorvido pelos zagueiros do Goiás, e providencialmente o treinador Nelsinho Baptista tratou de sacá-lo no intervalo, colocando Renato centralizado, o que implicou em mais bola rondando a meta adversária.
Outro complicador à ofensiva pontepretana foi a lesão de Gabriel Novaes, escalado para usar o lado esquerdo do ataque, que sequer conseguiu terminar o primeiro tempo, dando lugar para o então titular Matheus Régis, que mais uma vez ficou devendo.
GOL E UMA CHANCE REAL
Exceto o gol de falta de Dodô, feita uma análise racional de oportunidades de gols da Ponte Preta, tudo ficou restrito a uma bola cruzada pela direita, que se ofereceu para Gabriel Novaes, livre de marcação, aos 19 minutos do primeiro tempo, mas o chute foi para fora.
Cabeçadas fracas de Élvis, Renato e Matheus Régis não provocaram preocupação ao goleiro Tadeu, do Goiás.
A performance da Ponte Preta, inferior às partidas anteriores em seu Estádio Moisés Lucarelli, teve muito a ver com erros de passes, ligações diretas da defesa desnecessariamente e o meia Élvis, bem vigiado, apagado em campo.
MATHEUS GONÇALVES
O Goiás foi para o jogo determinado usar a velocidade de seus atacantes de beiradas Welliton e principalmente Matheus Gonçalves, pelo lado esquerdo, que levava nítida vantagem no duelo direto com o lateral-direito Igor Inocêncio, da Ponte Preta.
Foi dele a jogada em que Thiago Galhardo foi servido, com chute para fora, embora o árbitro interpretasse ter ocorrido impedimento, muito discutível.
No lance do gol, na disputa direta na corrida, ganhou de Igor Inocêncio e finalizou com chute rasteiro e preciso no canto esquerdo.
Aos 47 minutos, ainda no primeiro tempo, voltou a levar vantagem sobre Inocêncio, colocou Thiago Galhardo na cara do gol, na pequena área, mas o chute saiu à direita do goleiro Pedro Rocha.
E enquanto o Goiás tinha o controle do jogo, até 16 minutos do segundo tempo, o volante Marcão lançou Galhardo, que outra vez teve chance de definir, mas o goleiro Pedro Rocha chegou primeiro para dividir a bola e levou vantagem.
Depois disso, o Goiás desapareceu ofensivamente, possibilitando o maior volume dos pontepretanos.