Guarani vai enfrentar um Goiás, na tarde do próximo domingo, pressionado pela mídia goiana, principalmente através da Rádio Band News daquela capital.
As críticas se arrastaram nas últimas seis rodadas quando, dos 18 pontos em disputa, o clube conquistou apenas quatro.
Depois do empate em seus domínios por 1 a 1 com o Coritiba, ocorreram duas derrotas enquanto visitante, para Santos e Vila Nova, seguidas de reabilitação na vitória por 2 a 1 sobre o América Mineiro, em Goiânia, para registro de duas derrotas nas últimas partidas, tanto para Chapecoense por 2 a 1, em seus domínios, como Operário, 2 a 0, no campo do adversário, na noite de quarta-feira.
Logo, ao final da jornada esportiva contra o Operário, na última derrota, os comentaristas Marcelo Borges e Cléber Ferreira fizeram duras críticas ao treinador Márcio Zanardi, principalmente por transferir responsabilidade aos atletas, ao ressaltar que o time cria, mas as oportunidades não são convertidas.
“Criou o que e aonde?”. Assim rebateu Marcelo Borges, ex-meia que passou pela Ponte Preta na década de 90 do século passado. E com razão, porque o Goiás criou, de prático, apenas um lance de gol feito, porém perdido pelo centroavante Edu.
LANCES EXPLICATIVOS
Em vez de preleção prolongada ao elenco bugrino, sobre preparação para o jogo contra o Goiás, a partir das 16h do próximo domingo, é recomendável ao treinador Pintado selecionar 15 minutos de lances explicativos aos seus jogadores, da partida disputada pelo Operário.
A intensidade ofensiva que o Guarani colocou em prática no primeiro tempo do empate contra o Novorizontino foi repetida pelo Operário na quarta-feira, todavia durante os dois períodos da partida.
Embora reconheça-se que a equipe bugrina teve jogador expulso contra o Novorizontino, na prática essa queda de rendimento tem ocorrido na maioria das partidas disputadas nesta Série B.
Claro que Pintado deve selecionar trechos do jogo em que claramente o Goiás deixava buracos, na marcação, no meio de campo, que sabiamente o Operário soube explorá-los, colocando velocidade na transição ao ataque.
Resta saber se o Goiás vai oferecer o mesmo espaço no domingo, mas vale a insistência de se colocar velocidade para chegada da bola ao ataque.
Foi assim que o Operário criou as principais jogadas ofensivas, e contou com hesitação do goleiro Tadeu, justo ele com retrospecto de conceito aceitável.
No lance do primeiro gol, ele estava adiantado e foi traído pelo chute forte e no alto do atacante Rodrigo Rodrigues.
Também andou rebatendo bola para o interior de sua área, quando reiteradas vezes, em outras ocasiões, a bola foi espalmada para a linha de fundo.
WELLINGTON
Apesar de o lateral-direito Dieguinho, do Goiás, não ter apoiado o ataque como de costume, tem características de atleta que costuma avançar.
É necessário cuidado com o driblador Wellington, atacante de beirada, apesar dele ter se mostrado atrapalhado na sequência das jogadas, não dando a necessária fluência.
Vai que em uma ou outra investida ele seja bem-sucedido, principalmente diante do instável lateral-esquerdo Jefferson!
Se o treinador Zanardi mantiver o centroavante Edu, sem ritmo de jogo e desconectado dos companheiros, é possível a zaga bugrina absorvê-lo.
Como a lesão do volante Marcão é muscular, provavelmente não retorne à equipe contra o Guarani, o que representa bom sinal aos bugrinos, visto que o atleta tem se destacado no cabeceio, e está relacionado entre os artilheiros da competição com seis gols.
OSCILAÇÕES
Problema é que nunca se sabe o que esperar da produtividade do Guarani.
De repente surpreendeu até encurralando a Ponte Preta durante o primeiro tempo, naquele jogo empatado por 1 a 1, mas só voltou a repetir o desempenho – e em apenas um tempo de jogo – contra o Novorizontino.
Em circunstâncias normais e na projeção natural – até por ser mandante do jogo -, está aí a possibilidade de o Guarani se reencontrar com o caminho da vitória.
Resta saber como o Goiás vai reagir diante da pressão e com inevitável reflexo em seu elenco.
RÉGIS
Enfim, o meia Régis, que participou dos exatos 26 minutos finais do jogo com o Operário, concluiu a sexta partida durante esta temporada.
Acrescentou? Absolutamente nada. Quase levou o juizão da partida a cometer equívoco ao assinalar pênalti sobre ele, mas o VAR sinalizou corretamente que o jogador Diniz, do Operário, tocou na bola, e Régis se enroscou no pé dele.
Com a inoperância da organização e ataque do Goiás, Régis pode ganhar espaço maior no jogo contra o Guarani?
Nunca se sabe o que passa na cabeça de treinadores, um deles Márcio Zanardi.