Tem sido corriqueiro o treinador Matheus Costa, do Guarani, colocar em campo o atacante japonês Ryuta Takahashi, no último terço das partidas do clube.
Como o atleta tem o hábito de insistir em prender a bola demasiadamente, na maioria das vezes chamando por faltas, a torcida bugrina se diverte e aplaude.
Teoricamente esse comportamento tem validade com proposta de administrar vantagem no placar, mas é um tipo de comportamento que pode representar risco.
Por que?
Takahashi lembra os tempos em que a molecadinha brincava daquele joguinho chamado ‘gol a gol’, restrito a duas pessoas, nas ruas, com guias rebaixadas servindo de metas.
JOGO COLETIVO
Aí, Takahashi pega a bola como se fosse o saudoso Garrincha e gira pra cá, pisa na bola e gira pra lá.
Tudo isso pra chamar a falta, quando o recomendável seria buscar o jogo coletivo, ao se desvencilhar de um marcador.
Esse estilo, que parece brincadeira de driblinho provocativo, pode ser perigoso na hipótese de enfrentar adversários truculentos, que interpretem como zombaria.
Neste caso, o risco de levar uma ‘jantada’ daquelas não está descartada, que seria perigoso para quem é franzino como ele.
ZÉ DUARTE
Essa situação me remete ao saudoso treinador Zé Duarte, que sempre acrescentava algo mais ao estilo do jogador.
Se Takahashi tem agilidade para se desvencilhar do marcador, o indicativo seria jogadas progressivas, tabelando com parceiros de equipe e se infiltrando no vazio, em condições de terminar as jogadas, com finalizações.
No contexto de equipe isso teria mais validade e resultaria em proximidade à meta adversária.
Gastar o tempo com um driblinho aqui e outro acolá pode divertir a torcida, mas se for interpretado como ‘sarro’ por adversário pode custar caro.