A Ponte Preta se valeu de sua sólida consistência defensiva para aniquilar qualquer tentativa ofensiva do Água Santa e, de sobra, soube contar com erro do contestado zagueiro Fábio Sanches, da equipe adversária, que num carrinho perigoso cometeu pênalti sobre o atacante pontepretano Victor Andrade, aos 43 minutos do primeiro tempo.
A cobrança foi convertida quatro minutos depois, através de Danilo Barcelos, após revisão do lance através do VAR.
Com o resultado de 1 a 0, na partida disputada na tarde deste domingo, em Diadema, a Ponte Preta reencontrou o caminho da vitória após quatro partidas, neste Paulistão.
EQUÍVOCOS
Se é válido o argumento de falta de qualificação ofensiva do Água Santa, tem-se que reconhecer que a postura defensiva da equipe pontepretana – agora com dois zagueiros, Saimon e Vicente Concha – é mais recomendável do que a invenção de se recompor o volante Emerson como zagueiro.
Se cabe reconhecimento à postura tática da Ponte Preta para colheita do resultado, seguem-se equívocos por parte de seu treinador, que insiste em dobra de laterais pelo lado esquerdo, sendo que Artur e Danilo Barcelos não são jogadores para colocar velocidade na transição de bola da defesa ao ataque.
ÉLVIS
Igualmente não se explica a postura do treinador quando forçosamente teve que mudar a sua equipe aos 24 minutos do primeiro tempo, quando o discreto meia Élvis sofreu lesão muscular na coxa direita.
Quem projetava que a troca passasse pela entrada de outro jogador de meio-de-campo, preferencialmente para organização de jogadas e quebrar aquele ritmo de posse de bola do Água Santa, eis que inexplicavelmente Valentim fez opção pela entrada de um atacante, caso de Jean Dias.
VICTOR ANDRADE
Por sorte, apesar do predomínio territorial do Água Santa, duas participações do atacante pontepretano Victor Andrade determinaram os principais lances ofensivos do primeiro tempo de sua equipe.
Logo no primeiro minuto, ele apareceu na área e exigiu defesa no reflexo do goleiro Ygor Vinha, num aparente sinal que a Ponte Preta fosse praticar um futebol um pouco mais ofensivo, mas a segunda jogada aguda da equipe foi dele, que resultou no pênalti.
MESMA POSTURA
Como se previa que o Água Santa fosse persistir com bola no ataque, a Ponte Preta manteve a mesma postura de se resguardar durante o segundo tempo, e sem permitir espaço para que o mandante conseguisse penetração. Assim, o que se viu, ao longo daquele período, foi a insistência de bolas alçadas à área e sempre rechaçadas pelos marcadores pontepretanos, além de segurança do goleiro Diogo Silva pra praticar defesas em bolas finalizadas de média e longa distância.
E no apagar das luzes, aos 47 minutos do segundo tempo, o Água Santa ofereceu oportunidade de a Ponte Preta contra-atacar através de Jean Dias, que no passe rasteiro visava a chegada do atacante Bruno Lopes, que havia substituído o centroavante Danrlei. Entretanto, por questão de segundos, Lopes não conseguiu chegar na bola e a chance real foi desperdiçada;