A FPF (Federação Paulista de Futebol) disponibilizou imagens de jogos da última Copa Paulista, e quem bateu os olhos em alguns deles de certo chegou à lógica conclusão que vários atletas que lá ‘desfilaram’ não ficam devendo nada a alguns que durante esta temporada estiveram e ainda estão vinculados a Guarani e Ponte Preta.
Um exemplo? Frank, lateral-esquerdo do Votuporanguense.
Trata-se de um baita jogador? Não, mas não é pior do que Jefferson, do Guarani.
E olhem que a mídia goiana publicou manifestação de torcida organizada do Atlético Goianiense, para que cartolas de lá não admitissem a reintegração do atleta, quando do rompimento do contrato dele com o Juventude, e isso foi reproduzido neste espaço.
Ora, era o mínimo indício para que os incompetentes cartolas bugrinos ao menos refletissem, avaliassem vídeos do atleta antes da concretização do empréstimo.
Adiantou?
Nada. Taparam os olhos para aquela realidade, e se propuseram a acreditar cegamente em quem fez a indicação, sei lá se alguém da comissão técnica, superintendência de futebol ou empresário.
Pagaram pra ver e viram esse erro avisado.
RAYAN
Boa parte da mídia de Campinas havia se manifestado sobre as limitações do quarto-zagueiro Rayan, que foi reserva do Criciúma na temporada passada.
Adiantou?
Logo tem culpa sim membros diretivos do Conselho Administrativo do Guarani que viram esses e tantos outros erros do presidente André Marconatto e o homem forte do clube Ricardo Moisés, para apenas recentemente se pronunciarem pelo afastamento da dupla.
Tarde demais, pois era sobejamente sabido que ambos não são da bola, que indevidamente terceirizaram as decisões, desconsiderando que a enorme coletividade sofre desesperadamente com dias amargos do clube.
Vejam que na reformulação feita no futebol do Guarani, após a chegada do superintendente Rodrigo Pastana, outros tantos atletas foram desligados, num claro demonstrativo de erros de avaliação na montagem do elenco.
PONTE PRETA
Ainda sobre clubes da Copa Paulista, se o lateral-direito Igor Inocêncio, da Ponte Preta, estivesse inserido em um deles, de certo não seria notado pelas claras limitações.
Convenhamos que zagueiros como Mateus Silva, Sérgio Raphael e Joílson igualmente estão aquém das necessidades de uma Ponte Preta pujante, assim como o meia Dodô.
Então, a conclusão lógica que se chega é que apenas são atletas mais bem remunerados comparativamente a outros de nível técnico semelhante que jogam na Série A2 do Paulista.
MARCO EBERLIN
A esses erros crassos de avaliações nas escolhas de ‘peças’ geralmente se atribui a quem não é da bola.
Há que se reconhecer que Marco Eberlin, presidente da Ponte Preta, teve a oportunidade de aprender um pouco nas resenhas ocorridas no antigo Estacionamento Maratona, do ex-dirigente Pery Chaib, na área central de Campinas.
Logo, supõe-se que tenha relativo discernimento da capacidade técnica de jogadores. Problema é que ingenuamente terceirizou decisões a gananciosos empresários e treinadores incumbidos de indicações. Aí, deu no que deu.
NOVOS APRENDIZES
Seja qual for o destino dos clubes de Campinas nesta Série B do Brasileiro, ambos precisam ser rediscutidos urgentemente, a começar pela abertura de espaços para dirigentes que conheçam do riscado, como Peri Chaib e Beto Zini respectivamente, atrelados a Ponte Preta e Guarani, a fim de que possam dar aulas a aprendizes.
É preciso que se dê abertura para o surgimento de novas lideranças voltadas ao futebol, pois é inconcebível que no universo de pontepretanos e bugrinos não apareça meia dúzia de cada lado com capacidade para averiguar, via Internet, jogadores ‘promessas’ espalhados por aí, para a devida indicação.