Que ‘lambada’, hein Ponte Preta! Pra quem esperava que pudesse oferecer o mínimo de resistência neste confronto contra o Mirassol, na tarde/noite deste sábado, no interior paulista, o que se viu foi sofrer goleada por 3 a 0.
Como esperar resistência de um time proposto a se defender, mas sem o devido comprometimento de seus jogadores para não oferecer espaço ao adversário, quando ele se aproximava de sua área.
Essa desarrumação ficou clara logo aos dois minutos, quando em jogada de fundo de campo do Mirassol, o atacante Fernandinho ficou livre, dentro da área, e o chute rasteiro foi para fora.
Mesmo com toque de bola lento e previsível, o Mirassol continuou ameaçando, como aos 16 minutos, quando o meia Gabriel exigiu defesa do goleiro Luan, da Ponte Preta.
O centroavante Delatorre criou situações de embaraços em outras duas ocasiões, numa evidência que o gol do Mirassol estava maduro por deficiência de uma Ponte Preta que, quando conseguia o desarme não sabia valorizar a posse de bola, ora errando passes infantis, ora desfazendo-se dela através de chutões.
Assim, aos 39 minutos, quando o meio-campista Neto Moura pegou bem na bola, de fora da área, considere que um goleiro de melhor envergadura técnica praticaria a defesa, mas Luan, da Ponte Preta, não conseguiu e o Mirassol abriu o placar.
DODÔ CONTINUOU
Se de fato o volante Ramon Carvalho não conseguiu se encaixar na partida e coerentemente o treinador interino Nenê Santana, da Ponte Preta, o sacou para entrada de Everton Brito, na prática a substituição não significou ganho, pois quem entrou não acrescentou absolutamente nada.
Faltou para Nenê Santana determinação para ter sacado o meia Dodô ainda no intervalo, pois além de errar quase todas as jogadas, foi discreto na recomposição.
E mais: na única real chance da Ponte Preta chegar ao empate ainda no primeiro tempo, ao receber passe de Iago Dias e livre de marcação, ‘conseguiu’ chutar a bola sobre a meta do goleiro Alex Muralha.
SINAL DE MELHORA?
No segundo tempo, quem supunha que o fato de a Ponte Preta ter saído um pouco mais da ‘toca’ e assim pudesse dar perspectiva de se encorpar na partida, na prática faltou-lhe qualidade quando se aproximava da área adversária.
Como esperar melhoria se o atacante Matheus Régis, que substituiu Iago Dias, atravessa péssima fase, perdendo quase todas as jogadas?
E quando se presumia que o jogo fosse se arrastar com a vantagem mínima do Mirassol, falha do zagueiro pontepretano Mateus Silva deu origem ao segundo gol, aos 43 minutos.
Ele ‘conseguiu’ perder a disputa para o volante Rodrigo Andrade, na tentativa de desarmá-lo, e cometeu falta nas proximidades da área.
Foi quando se viu um goleiro ‘à moda antiga’, como Luan, se posicionar quase rente ao poste direito e oferecer todo canto esquerdo para o meia-atacante Chico Kim, encarregado da cobrança, que chutou sobre a barreira no canto esquerdo e foi comemorar o gol.
Aí, três minutos depois, em ‘lambança’ generalizada do setor defensivo pontepretano, o atacante Yuri Castilho aproveitou a jogada até para driblar o goleiro, com a ressalva que só não entrou de bola e tudo porque teve humildade.
Que triste sina de um time que faz por merecer essa posição de ameaça ao rebaixamento nesta Série B do Brasileiro, o que comprova erros & erros dos senhores cartolas na montagem do elenco.