Que conversa fiada é essa de modernização do Estádio Moisés Lucarelli?
Tantos desafios para a atual diretoria da Ponte Preta se debruçar, e fica dando bola para planejamento da empresa Quadra Capital, para modernização da estrutura do estádio, visando múltiplo uso: futebol e shows.
Já sonham com aquilo que ocorre no Allianz Parques, do Palmeiras, mas convenhamos que não é por aí.
Não fiquem com ambição do dinheiro que viria ao clube em percentual do empreendimento da citada empresa, até porque, senhores, não se esqueçam que o estádio está penhorado.
SÉRGIO CARNIELLI
A sentença já foi favorável ao ex-presidente Sérgio Carnielli em primeira instância, em novembro de 2022, após mover processo judicial com cobrança de dívida do clube no valor de R$ 85 milhões, sem que os valores fossem corrigidos.
Claro que o jurídico da Ponte Preta recorreu, mas o clima é de incerteza.
REFORMA DEMORADA
Caso seja firmado o acordo para a tal modernização do Estádio Moisés Lucarelli, saibam que haveria interdição do local no mínimo por um ano.
E aí: aonde a Ponte Preta mandaria os seus jogos?
Se as opções recaiam em cidades da região como Indaiatuba ou Pedreira, isso já desmotivaria parcela significativa de torcedores pontepretanos.
PREJUÍZOS AUMENTAM
Aí, os custos começam por aluguéis de outros estádios e altas despesas em cada mando de jogos.
Numa campanha aceitável do último Paulistão, por exemplo, o público em Campinas no jogo contra o Botafogo de Ribeirão Preto foi de 5.819 pagantes.
Da renda de R$ 124.580, as despesas totalizaram R$ 77.331,79, com total líquido de R$ 47.248,21 à Ponte Preta.
Imaginem com jogos fora de Campinas o tamanho do prejuízo?
Acordem senhores cartolas. Assim pode ser evitado o choro do leite derramado, depois.
Se por aí você fica apenas com o noticiário do que pretendem fazer para embelezar o campo da Ponte Preta, este é o espaço do contraditório, para mostrar as coisas como elas são.